"A Conscientização Ecológica pela Mídia Eletrônica e Impressa" foi tema de debate

Painel previsto para as 17h iniciou com quinze minutos de antecedência

O painel "A Conscientização Ecológica pelo Mídia Eletrônica e Impressa", previsto para iniciar às 17h, começou com quinze minutos de antecedência. Os conferencistas foram Cláudio Savaget, idealizador do Globo Ecologia, do Rio de Janeiro, e o publicitário mexicano, Gary Bermúdez. O jornalista José Antonio Vieira da Cunha, editor de Coletiva.net, presidiu a mesa de debates. 


Savaget relatou os inúmeros projetos desenvolvidos pelo programa, desde a conservação de espécies animais até pequenas comunidades  que produzem produtos naturais. Savaget destacou que o programa já está no ar há 18 anos, "cobrindo todas as grandes urgências ambientais e antecipando debates, como a questão do aquecimento global". 


"Não importa como mandamos uma mensagem, todos são capazes de entendê-la de formas diferentes", acredita o diretor de Relações Internacionais da Alap no México, Gary Bermúdez. Ele acrescentou que a criatividade é uma característica de todos, mas que deve ser usada pela publicidade para tornar a sociedade mais consciente de suas ações. Bermúdez ainda chamou a atenção para o fato de que o tema sustentabilidade permeia todas as editorias de um noticiário, desde cidade e economia até política.


O diretor do Grupo Sinos, Nelson Ferrão, apontou que a mídia "joga" a definição de sustentabilidade "para lá e para cá", esquecendo que o conceito tem a ver com compromisso e comportamento, e não com investimento. "Sustentabilidade se constrói com a mobilização da sociedade, com solidariedade. A mídia precisa, de uma vez por todas, comprometer-se com esta visão abrangente de sustentabilidade", ressaltou o debatedor.


A educadora Maria Cecília Hopper, da Fundação Irmão José Otão, avalia que a educação deve ser uma aliada dos meios de comunicação para conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação do meio ambiente. "Estamos em um País onde impera a cultura paternalista, que se preocupa só em tirar da natureza e não em repor", criticou a debatedora. "Podemos amenizar os efeitos das agressões ambientais, mas dificilmente vamos conseguir equilibrar. Por isso, devemos repensar o que queremos para o nosso planeta e o que deixaremos para nossos filhos e netos", refletiu Savaget.

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