Jornalista defende que profissionais pensem em produtos digitais

Diretora de Grupo Quem, Marie Claire e customizadas, Andréa Dantas participou de atividade do Open ESPM

Andréa Dantas | Divulgação/Coletiva.net
Em entrevista ao Coletiva.net sobre a transição das revistas impressas ao on-line, a diretora de Grupo Quem, Marie Claire e customizadas, Andréa Dantas, defendeu que os profissionais nas redações pensem em produtos digitais para suas marcas. "A gente ainda não sabe fazer isso direito, porque grande parte dos jornalistas e diretores foram criados no papel e projetam as publicações a partir dele", disse, antes de subir ao palco para participar de atividade do Open ESPM na noite desta quarta-feira, 24. Para ela, não somente os formatos devem se transformar, mas os jornalistas, que precisam ter habilidades com programação e análise de dados.
Na conversa, a jornalista também compartilhou suas experiências com a internet: "Nós somos marcas - revistas e jornais - e estamos em todas as plataformas. Esse é o norte do mundo e a gente demorou para entender isso."  Nesse sentido, completou que os editores não podem mais esperar para dar uma notícia, mas sim divulgá-las nas plataformas on-line - site, redes sociais e aplicativo - praticamente no momento em que um fato ocorreu. "A publicação, para se manter, tem que ser mais analítica, profunda e oferecer alguma outra análise. Ela não pode mais ser um acontecimento, que aponta quem e o que, mas evidenciar o porquê."
Para finalizar, sugeriu que os estudantes de Jornalismo não tenham medo, abracem o digital, entendam de métricas e de operação e edição de vídeos. "Eles terão que fazer tudo isso em uma tela. Como fazer isso de uma forma que o público se interesse? Esse é o maior desafio do momento", completou.

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