Vinte anos de uma referência para o mercado e a academia

Por Laura Glüer, para Coletiva.net

Como jornalista, que atua há muitos anos na área da comunicação corporativa, e como professora universitária, que já ajudou a formar muitos comunicadores, também fui uma das pessoas que vi nascer o Coletiva. Lembro que suas primeiras edições chegavam via fax - na época, eu trabalhava na assessoria de imprensa do Governo, nos históricos porões do Palácio Piratini, no final dos anos 90.

Nos últimos anos, vi também a transição desta plataforma para o digital e a mudança de gestão do Vieira para a Márcia. Interessante que essa transição foi muito natural e a Márcia, ex-estagiária do Coletiva, tornou-se bem sucedida gestora da empresa, com olhar atento ao século XXI, mas sem perder os valores fundamentais da qualidade da informação e da credibilidade, plantados por Vieira.

Tenho um forte vínculo com os dois jornalistas que moldaram o Coletiva nestes 20 anos. Vieira foi meu primeiro chefe e editor, acreditou em mim quando eu era uma repórter sem experiência e me conduziu nas primeiras pautas, na Plural Comunicação e Revista Amanhã. De uma forma ou de outra, sempre estive em contato com ele, em diferentes projetos de comunicação corporativa.

Com a Márcia, o vínculo começou alguns anos depois, como professora. Ela foi minha aluna e orientanda no curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA e depois na pós-graduação, na UniRitter. Especialmente neste último, tive a oportunidade de ajudar a construir um TCC sobre o Coletiva. O desafio era investigar como reposicionar o canal e fortalecer o relacionamento com os estudantes de Comunicação, futuros profissionais da área. Minha orientanda nota dez da graduação não me decepcionou também na pós e realizamos, pela segunda vez, um belo trabalho juntas.

Ao longo destes 20 anos de Coletiva, perdi as contas de quantas vezes este canal foi referência na minha vida profissional. Como entrevistada e autora de artigos, participando de eventos, construindo pesquisas em parceria - como a que realizamos sobre os aplicativos na disciplina de Opinião Pública da pós do Senac. Chamei a Márcia para uma palestra na turma e a ideia vingou. Publicamos a pesquisa e a turma se sentiu super valorizada.

Até quando resolvi virar Publisher de Café lá estava o Coletiva (e olha que a Márcia nem toma café). Agora, atuando no Marketing do Hospital Moinhos de Vento, sigo estreitando ainda mais essa parceria e divulgando as boas práticas de comunicação no segmento hospitalar.

Teias de aranha e saudosismos à parte, quero muito ressaltar a importância deste canal de comunicação feito por comunicadores e sobre a Comunicação para o mercado e para o meio acadêmico. Tendências, bastidores, saber por onde estão e o que pensam os profissionais que atuam na área, tudo isso se lê em Coletiva.

Este é um texto opinativo. Tem lado, o lado de quem defende a Comunicação. Por isso, acredito tanto no papel do Coletiva para a construção de um debate qualificado sobre a importância estratégica da nossa área no contexto atual, para as marcas e para a sociedade como um todo.

Somente com a legitimação da Comunicação, avançaremos como sociedade. E que bom que iniciativas como o Coletiva estão aí para nos ajudar nesta missão desafiadora. Parabéns e vida longa a este canal tão importante.

Laura Glüer é jornalista, doutora em Comunicação, palestrante e professora universitária.

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