Os desafios para a Mídia Exterior

Por Amauri Monge Fernandes Os últimos dez anos representaram, para a Mídia Exterior, os anos de ouro. A participação do meio nos investimentos em …

Por Amauri Monge Fernandes
Os últimos dez anos representaram, para a Mídia Exterior, os anos de ouro. A participação do meio nos investimentos em mídia cresceu, chegando ao patamar de quase 6% do mercado.
No final da década de 80 e início da de 90, os pioneiros no lançamento dos painéis do tipo Back-Light, Pintex e Espaço, foram muito felizes na

definição das dimensões dos luminosos, todos em 7,00 x 3,60m, respeitando o visual da cidade e atingindo os objetivos dos anunciantes, que era dar exposição às suas marcas e campanhas publicitárias de forma diferente dos tradicionais cartazes murais, conhecidos pelo trade como outdoors (que continuam com sua importância fundamental no mix de veículos de comunicação usados pelo mercado).
Não há dúvida que os painéis acabaram arrebatando a maior parte da verba destinada à mídia exterior, fato devido ao grande impacto causado por este meio de comunicação. Mas o boom da mídia exterior trouxe, também, alguns reveses, como a excessiva instalação de novos painéis, a falta de

critério técnico na escolha dos locais e, principalmente, a falta de postura ética das novas exibidoras.
O resultado foi uma drástica inversão da situação, de demanda maior que a oferta para a extrema falta de demanda com oferta superior. Talvez não sirva como justificativa, mas tanto as exibidoras quanto o mercado anunciante (agências e clientes) são responsáveis pela situação

complicada em que a mídia exterior acabou envolvendo-se nos últimos três anos. A construção e instalação de painéis com dimensões que desrespeitam a legislação atual fizeram com que a opinião pública, em especial a mídia eletrônica, tomasse posição contra a chamada "poluição visual".
Cumpre esclarecer, neste caso, que os anúncios publicitários são minoria na cidade, mas por sua importância visual (dimensões e localização)

acabaram tornando-se alvo preferido não só dos críticos da atividade, mas também do poder público.
O quadro atual, embora estejamos passando por uma das maiores crises do mercado publicitário, reflexo da situação econômica do País, nos remete à necessidade de buscar soluções para a atividade, verdadeiros desafios para todos nós, sejamos exibidores, agências ou anunciantes.
Estes desafios transitam na busca pela criatividade, tentando utilizar os equipamentos, ou seja, os painéis cujas dimensões estejam dentro dos limites da Lei, com peças criativas e de grande impacto visual. Inúmeros são os recursos disponíveis para tal fim.
Desafio também que se encontra na necessidade das exibidoras em fornecerem ao mercado pesquisas de aferição de cobertura e resultado das campanhas veiculadas na mídia exterior. Entre as exibidoras, outro desafio aparece claramente: estruturar um código de auto-regulamentação, no qual a ética e o critério técnico de instalação de painéis sejam os paradigmas de suas ações. Neste ponto os mídias poderão ajudar muito, selecionando melhor as exibidoras para suas campanhas.
E o principal desafio: profissionais de mídia e anunciantes terem sempre claro que os conceitos de cobertura e frequência devem ser verificados

nas programações da mídia exterior. Na verdade, o desafio é uma volta ao passado, quando os Irmãos Barsanti (Pintex), o Carlos Alberto Nanô

(Espaço), o Luis Casali e o Álvaro Almeida (L &C), o Rubens Damato (Painel) , o Marcos Tótoli (Atlanta) e o Luiz Kallas (Kallas) mostraram

que a mídia exterior poderia ocupar a cidade com disciplina, ética e, acima de tudo, eficiência para o anunciante. Basta agora aceitar estes

desafios e construirmos um novo mercado para a Mídia Exterior.
* Diretor Comercial da OutNet Solução em mídia

Exterior

( [email protected])

Comentários