A Comunicação sempre foi a única certeza que eu tive quando adolescente. Este era o caminho a seguir. Fui parar no Jornalismo por acaso. Mas não por acaso, durante a faculdade, fui encontrando uma maneira de usar todo o conhecimento para me colocar numa área que muita gente não dava muita bola lá no final da década de 90: a Comunicação Institucional. E há 15 anos venho me dedicando a ela.
Depois da faculdade, estudei Marketing e Comunicação com o Mercado. Pesquisei sobre Publicidade, Marca e Imagem, mas parecia que ainda faltava algo. Produzir conteúdo e fazer assessoria de imprensa não me bastava mais. Eu precisava de mais. Eu entendia que os clientes precisavam de mais.  E resolvi me aventurar em outra área da Comunicação: as Relações Públicas. Sim, voltei para graduação para conseguir alcançar alguns conteúdos e ter um entendimento do todo que eu ainda não tinha.
Sim, o todo. As Relações Públicas partem do todo, do conhecimento da essência do negócio, para então, em conjunto com as outras áreas da Comunicação, fazer a gestão contínua de imagem e reputação das organizações. O próprio mercado já observa a necessidade de conhecer mais esta área de conhecimento e ter relações-públicas em suas equipes. Um dos meus gurus há um bom tempo já fala sobre isso.
"O cliente que quer cuidar da imagem e construir a reputação de sua marca precisa de uma comunicação ampla e integrada. Restringir seus recursos e energia apenas a um ou a outro serviço é começar o jogo perdendo. O monólogo das marcas com seus públicos foi substituído pelo diálogo permanente e intermediado pelas Relações Públicas", já disse Nizan Guanaes em um de seus artigos. E se ele, para mim um dos visionários da Comunicação, já afirma isso há um bom tempo, é bom as empresas, agências e profissionais ficarem de olho.
Muita gente ainda acredita que Relações Públicas se resumem em relacionamento. Sim, RP também é relacionamento. Relacionamento com a mídia. Relacionamento institucional. Mas também é comunicação pública e comunicação interna. É gestão de marca e gestão de crise! RP é pesquisa e mensuração de resultados. É media training e produção de conteúdo. Big data e social media também são RP. Não é porque está mais digital que deixou de ser RP. Inclusive, por este motivo e porque cada vez mais surgem novos pontos de contatos com os públicos que a presença dos relações-públicas nas organizações tem tido mais importância.
Ser RP implica em conhecer cada vez mais diferentes áreas e trabalhar em equipes multidisciplinares. É preciso saber reconhecer, assim como fazemos nas organizações, quais são as nossas forças e, principalmente, as nossas fraquezas. E reconhecer as ameaças, mas também o leque de oportunidades que se abrem para a profissão. Eu continuo a trilhar o meu caminho na Comunicação. E com alguns muitos passos a mais em direção às Relações Públicas. Convido vocês a se aventurarem por este novo mundo também.
Cris De Luca é jornalista e estudante de Relações Públicas.