A segunda via das marcas

Por Janaína Rolim Díaz Há poucos dias tive uma experiência incrível. Vivenciei a segunda vida e para meu espanto lá encontrei  diversas marcas famosas, …

Por Janaína Rolim Díaz

Há poucos dias tive uma experiência incrível. Vivenciei a segunda vida e para meu espanto lá encontrei  diversas marcas famosas, como Volkswagen, Adidas, BBC, Dell, Nissan, Warner Bros Music, Wired Magazine, Reebok, Ogilvy, entre outros. Para quem não tem a menor noção do que é a segunda vida, explico.


A segunda vida, ou melhor, o Second Life é um dos mais badalados assuntos de grande jornais, revistas e websites de negócios ultimamente. BBC, USA Today, Fortune, Business Week, Estadão, New York Times, Entrepreneur.com, Wired News, PC Magazine, Revenue, entre outros veículos, já abordaram o tema.


O Second Life é um simulador online da vida real ou um Jogo Multiplayer Social em Massa - MMOSG (sigla em inglês), totalmente desenvolvido em 3D. Cadastrando-se no www.secondlife.com, o participante ganha uma vida virtual, passando a ser residente deste mundo. Cada jogador pode escolher nome e sobrenome, fisionomia, roupas e profissão. Também pode trabalhar, se divertir, fazer amigos, iniciar relacionamentos, até mesmo beijar, manter relações sexuais, casar e ter filhos, tudo virtualmente. Pode ainda ganhar dinheiro, tanto Linden Dólar (que é a moeda do jogo) quanto dólar americano.


Hoje, no mundo virtual do Second Life, a cotação do dólar americano fechou em 267 Lindens Dólares. O valor do câmbio é provido diariamente no website do Second Life, onde residentes deste mundo podem comprar e/ou vender Lindens Dólares.  Até o momento da finalização deste artigo, o mundo virtual contava com 2.811.768 residentes. Somente nas últimas 24 horas tinham sido gastos $1,156,487 dólares americanos no jogo. Pode ter certeza que agora, enquanto você está lendo, estes números já são bem maiores.


Nesta nova forma de "vida", marketing também tem custo, mas o valor ainda é bem menor do que na vida real. Há quem diga que no futuro será diferente, pois cada vez mais pessoas estão passando dessa para uma melhor, ou pior, depende de gosto e opinião. Eu, por exemplo, prefiro as diversões da vida real, mas admito que conhecer pessoas na segunda vida é bem mais fácil. Já quem curte o entretenimento do Second Life, pode se divertir, por exemplo, numa danceteria do mundo virtual, ou numa das muitas do mundo real que já adquiriram propriedades cibernéticas no Second Life. Muitos outros negócios também passaram para a segunda vida. Lojas, por exemplo, vendem suas mercadorias para os residentes virtuais e ao mesmo tempo ampliam clientes e reforçam a marca fora do espaço virtual.


Já pensou em criar um brand virtual ou levar a sua já existente marca para a segunda vida? Algumas pessoas já deixaram de ser funcionários para abrir o próprio  negócio no Second Life. Como no mercado real, para ter lucro é preciso antes investir, comprando ou alugando uma propriedade em uma das ilhas do mundo virtual, ou mesmo adquirindo a ilha inteira. Atualmente, uma ilha de 65.536 metros quadrados (por volta de 16 acres) custa 1,675 dólares americanos, além de uma mensalidade de 295 dólares americanos.


Empresas garantem ter sucesso com o investimento. A IBM anunciou que investirá 10 milhões de dólares em "mundos virtuais" no próximo ano. A General Motors e a agência de notícias Reuters também já fazem parte do lucrativo mundo do Second Life. A primeira recentemente comprou uma ilha, e a segunda designou jornalistas para realizar reportagens dentro do mundo cibernético, com direito a sucursal virtual e chefe de redação.

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