Apple Time. É hora de inovação

Por Alberto Meneghett Há exatos três anos, o visionário Steve Jobs deixou a Apple numa sinuca de bico, ao morrer prematuramente e deixar, no …

Por Alberto Meneghett
Há exatos três anos, o visionário Steve Jobs deixou a Apple numa sinuca de bico, ao morrer prematuramente e deixar, no seu lugar, o sem-carisma Tim Cook. De lá pra cá, pouco coisa de relevante foi lançada. Nada que sinalizasse o mercado que o DNA de inovação da Apple continuaria, mesmo com a saída de cena de seu grande líder.
Mas, eis que no último dia 9 de setembro, um entusiástico Tim Cook assume o comando de uma memorável apresentação da Apple no Flint Center, em Cupertino, e recoloca tudo nos eixos novamente. Além de um bom upgrade no melhor smartphone do mercado, com dois novos modelos de telas grandes (com 4,7 e 5,5 polegadas), alinhados com a atual tendência do mercado, Tim finalmente apresentou uma novidade que, certamente, iria deixar orgulhoso seu antigo chefe. Nada mais, nada menos, do que o melhor relógio inteligente (smartwatch) já criado,o Apple Watch, que reinventa este segmento, da mesma forma que o iPod fez para a música, o iPhone para a telefonia móvel e o iPad para a categoria dos tablets.
Traço um paralelo com a empresa suíça Swatch, que revolucionou o mercado em 1983, ao lançar relógios de quartzo de qualidade, mas baratos, recuperando a tradição e qualidade suíça, perdida para as agressivas marcas japonesas, como a Seiko, nos anos 60 e 70. Venderam milhões de relógios e redefiniram o mercado. Já a Apple, ao posicionar o Apple Watch no segmento de preço intermediário, que vai da faixa de 300 a 500 dólares, deixa claro que está brigando na faixa de maior consumo. Ou seja, quem está disposto a pagar mais de 100 dólares por um relógio convencional e não se dispõe a gastar mais de 1.000 para ter um relógio de grife, é candidatíssimo a um Apple Watch. A ideia de lançar 3 linhas distintas, com dezenas de modelos de pulseiras, é vencedora também. E ponto para o design corretíssimo e elegante do relógio, mais uma obra do genial Jonathan Ive, designer-chefe da Apple.
Volto a dizer que a keynote da Apple neste dia 9 de setembro foi uma das mais empolgantes de toda história da empresa. Tudo funcionou, do começo ao emblemático final com a banda U2. Para quem trabalha em comunicação e marketing, este evento foi uma aula. Recomendo a todos vocês, applemaníacos ou não,a assistiram a estas 2 horas da mais pura técnica mercadológica: http://www.apple.com/live/2014-sept-event/

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