Breve história do tempo dos buscadores

Por Ed Coelho A Internet, a Web e os mecanismos de busca ? que atualmente são tratados quase como sinônimos ? tornaram o acesso à …

Por Ed Coelho

A Internet, a Web e os mecanismos de busca - que atualmente são tratados quase como sinônimos - tornaram o acesso à informação mais simples e próxima da vida das pessoas.


Antes da existência  de buscadores como o Google e antes mesmo do nascimento da World Wide Web (rede de alcance mundial), ferramentas para localização de informações já haviam sido desenvolvidas e hoje formam os alicerces dessas facilidades.


Em 1990, a grande dificuldade na busca e recuperação de dados motivou os estudantes canadenses Alan Emtage e Bill Heelan a criar a primeira ferramenta de busca. O Archie, como foi batizado, indexa nomes e descrições de arquivos e foi projetado para buscá-los em redes de acesso público em um servidor FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos).


Com a finalidade de efetuar a busca e a recuperação de documentos e serviços na Internet, em 1991, foi lançado o Gopher Internet Protocol, por Paul Lindner e Mark P. McCahill, da Universidade de Minnesotta. Esse novo protocolo tinha como principal inovação a procura de arquivos dispostos na forma de menus. Um ano depois foi desenvolvido o Veronica, sigla para Very Easy Rodent-Oriented Net-wide Index to Computerized Archives, ferramenta para vasculhar palavras-chave nos títulos dos documentos, em servidores Gopher, ao mesmo tempo.


Com o advento da Web, e em conseqüência de seu crescimento acelerado, começam a ser desenvolvidos os primeiros mecanismos de busca e, em 1993, surge a primeira ferramenta específica para pesquisa de suas páginas. Criada por Matthew Gray, ela foi chamada de
Wandex, um robô de computador que contava servidores ativos. No mesmo ano, apareceu o similar Aliweb, uma das primeiras tentativas de criar motores de busca por palavras-chave, mas que causou o retardamento do sistema devido aos inúmeros acessos.


Considerado a primeira ferramenta a permitir a busca por qualquer palavra, em qualquer página da WWW, o WebCrawler utilizou-se de robôs para localizar documentos na Web, indexar e extrair a informação dos documentos. Mas foi o Lycos que, no mesmo ano de 1994, se popularizou e se tornou uma das ferramentas de busca mais utilizadas naquela década.


Após o sucesso do Lycos, várias empresas passaram a seguir o preceito de oferecer serviços eficientes, de forma organizada e de acesso rápido. Entre elas, Northern Light, Infoseek, Excite e AltaVista competiam com o Yahoo!, um diretório que surgiu em 1994 e conquistou os usuários, no decorrer do tempo, ao fornecer uma indexação de páginas por meio da sua categorização e descrição de cara endereço.


Ironicamente, quatro anos depois, incentivados por David Filo, fundador do Yahoo!, dois jovens deram continuidade a um ousado projeto de criar uma ferramenta que possuísse a habilidade de rastrear os links na web, alcançando dados relevantes em grandes volumes de informações. Estava nascendo o Google, um buscador idealizado pelos fundadores Larry Page e Sergey Brin, que, com seus recursos e velocidade, tornou-se o maior portal de buscas da web e líder mundial do mercado. Utilizando de seu Page Rank (critérios para determinar a relevância dos assuntos dos sites, anexando as páginas mais procuradas em primeiro lugar na listagem), no ano de 2000, atingiu o número de um bilhão de sites em seu índice.


Em 2004, a Microsoft lança o seu novo MSN Search (hoje, Live Search) e se junta aos gigantes Google e Yahoo! no grupo dos mais utilizados mecanismos de busca que agora, além de páginas, também fazem a procura de imagens, notícias, grupos de discussão etc.


Desde então, o mercado de buscas on-line se tornou cada vez mais lucrativo e competitivo. Querendo inovar, outros tipos de ferramentas vêem sendo elaborados e colocados à prova. Alguns se destacam, como o A9, programa de busca da empresa de comércio eletrônico
Amazon.com, que junta vários tipos de arquivos diferentes em uma mesma busca -  simultaneamente na Web e dentro dos livros disponíveis em seu catálogo.


Já o ChaCha.com aposta em um serviço com suporte humano, em tempo real, por intermédio de um chat para auxiliar seus usuários a encontrar o que precisam.


O Brasil entra na disputa com dois portais. O Ontoweb é um buscador de informações governamentais de mídia eletrônica, primeiro no mundo a juntar engenharia de ontologias, semânticas, estruturas valorativas e técnicas de inteligência artificial para refinar os resultados. Já o Buscas.com.br, a ser lançado em 2007, aposta na regionalização da informação, permitindo uma melhor e maior apuração feita pelo próprio usuário,
aprimorando sua experiência com mecanismos de buscas. Além disso, reunirá, em um único endereço na Web, inúmeros sites de buscas agrupados por países, possibilitando a localização do que deseja em diversos idiomas.


Os atuais líderes, também apresentam seus experimentos. O Google com seu SearchMash oferece buscas personalizáveis com resultados do próprio mecanismo e de outros sites como o Wikipédia, por exemplo. Enquanto a Microsoft, por meio do Start, procura aperfeiçoar um serviço de página personalizada, bastante semelhante à que o líder do mercado já utiliza. Além disso, disponibilizou um curioso serviço protagonizado pela falastrona bibliotecária virtual Ms. Dewey, que faz de tudo para chamar a atenção do usuário.


A evolução dos mecanismos de busca tem sido bastante expressiva, transformando a Web cada vez mais em um serviço de informação de cobertura universal, gerando usuários ávidos por melhores e consistentes dados, e é isso que o futuro aponta, uma busca intuitiva e precisa.


 

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