Conjeturas

Por Mario de Almeida* Recebi pela Internet uma curiosa relação que vai de encontro a tudo que é obsessão ou fanatismo, ou ambos, e …

Por Mario de Almeida*
Recebi pela Internet uma curiosa relação que vai de encontro a tudo que é obsessão ou fanatismo, ou ambos, e que termina com uma maneira relativamente saudável de se ver o mundo.
Cinco maneiras de ver o Mundo?
Moisés disse: A lei é tudo.
Jesus disse: O amor é tudo.
Marx disse: O dinheiro é tudo.
Freud disse: A sexualidade é tudo.
Finalmente,
Einsten disse: tudo é relativo.

Apesar da ausência das frases "O poder é tudo" ou "O trabalho é tudo" e da dificuldade para escolher-se seus melhores protagonistas, confesso que a relação acima, de autor anônimo, é - dentro do ponto de vista ocidental - de extrema felicidade.
Quanto às diversas formas de poder, elas vão das lideranças que escreveram a história da humanidade até o dono da bola de um time infantil de futebol. Qual seria a nossa melhor escolha para quem viveu e conquistou o supremo poder terrestre? Seria Alexandre, o Grande, que quando morreu, com 33 anos de idade, havia conquistado e unificado todo o mundo de seu tempo?
A idéia de poder é tão intrínseca à nossa condição humana que não escapa nem mesmo aos deuses, quando dialogam conosco. O exemplo mais claro está nas Sagradas Escrituras, quando Deus, ao ditar para Moisés, no Sinai, os 10 Mandamentos, começou cobrando sua liderança absoluta: "Amar a Deus sobre todas as coisas".
Se não é fácil colocar na boca de alguém a apologia do poder, é quase impossível achar no universo dos workcolics um nome que seja sua melhor expressão. Aqui no Brasil, entre os mortos menos antigos, tivemos o Amador Aguiar, criador do Bradesco. Entre os empresários muito vivos, temos um Antonio Ermírio de Morais, trabalhador que descansa, aos sábados, nas múltiplas atividades de um hospital beneficente.
Com essas mal costuradas conjeturas, dou um excelente exemplo anti-workcolic e me incluo em pleno exercício de um dos sete pecados capitais: a preguiça.
Se preferirem, hoje eu afirmo: A preguiça é tudo.
* Mario de Almeida é jornalista, publicitário, dramaturgo, autor de "Antonio?s, caleidoscópio de um bar" (Ed. Record), "História do Comércio do Brasil - Iluminando a memória" (Confederação Nacional do Comércio) e co-autor, com Rafael Guimaraens, de "Trem de Volta - Teatro de Equipe" (Libretos)
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