Crise de identidade

Por Mário Rocha Digitei Mario Rocha no Santo Google. Um milhão e 800 mil registros! À razão de 10 segundos para acesso e uma …

Por Mário Rocha
Digitei Mario Rocha no Santo Google. Um milhão e 800 mil registros! À razão de 10 segundos para acesso e uma olhada superficial, ou muito me engano - números nunca foram o meu forte - ou, mesmo sem parar um segundo sequer, levarei mais de 200 dias para acessá-los todos. Acredite, sinto uma mistureba de vaidade e decepção. No parágrafo logo abaixo explico o motivo.
Acessei um monte de páginas sem que eu mesmo aparecesse. Eu, o Mário Rocha, filho do seu Rubem e da dona Branquinha, irmão da Laura, que Deus os tenha. Em compensação, logo na primeira página descobri que também sou uma vítima do sistema judiciário estadunidense e fui libertado após dez anos de cana injusta. Ah! Nos EUA estou bem longe dos meus 60 anos e isto, em tese, é bom. Só não gostei de ter sido esfaqueado duas vezes lá no xilindró dos ianques.
Maravilhei-me com minha voz cantando "Ser fadista" em Portugal e apenas lamento que o vídeo postado no Youtube só teve 1.437 visualizações até agora. Pelo menos doze pessoas curtiram e 13 postaram comentários que a modéstia me impede de reproduzir.
Quem me conhece sabe que detesto ser chamado de "Mariozinho" e não adianta justificar que é em tom carinhoso. Só atendo quando a voz é feminina e amiga, muito amiga. De outra forma, parece deboche. Segundo o Google nosso de cada dia, pão informativo para corpos sedentos de novidades, produzo arranjos e direção musical para a Globo, com "zinho" e tudo singrando nos créditos da telinha. Faço gosto.
Acreditem, eu estava lá no México, em 1970, conquistando o tricampeonato mundial de futebol com a Seleção Canarinho classificada por João Saldanha e conduzida por Zagalo em jornada memorável de seis vitórias em seis jogos. Foram 19 golos marcados e só 7 sofridos, inclusive o estupendo 4×1 sobre a Itália na final. "Noventa milhões em ação / Prá Frente, Brasil / No meu coração / De repente é aquela corrente prá frente / salve a Seleção", compôs Miguel Gustavo.
Eu? Eu era cozinheiro e fazia o rango para Pelé, Tostão, Rivelino, o Everaldo (do Grêmio, sim!) e tantos outros craques. Por enquanto é isso. Com licença, que vou continuar me descobrindo na internéti?

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