Crise de quê?

Por Felipe Leduíno Nas rodas de conversa com empreendedores, a atual fase da economia nacional já se tornou assunto obrigatório. No entanto, a famosa …

Por Felipe Leduíno
Nas rodas de conversa com empreendedores, a atual fase da economia nacional já se tornou assunto obrigatório. No entanto, a famosa "crise" não está sozinha. Parte deste atraso na manutenção e no desenvolvimento dos negócios gira em torno da falta de identificação de oportunidades no mercado. A tensão é compreensível, mas o excesso de medidas receosas pode contribuir bastante para a estagnação do cenário.
O mercado digital prova que ela é contraditória. O consumo da população reduziu e suas prioridades também mudaram de foco. A chamada crise acontece em um Brasil com mais de 280 milhões de telefones celulares e com uma demanda por conteúdo digital em crescimento constante, proporcional à variedade de produtos oferecidos neste nicho. O cenário nacional de e-commerce apresenta uma alta de 20% nas compras nos últimos anos.
O digital trouxe uma nova forma de consumir informações baseada na possibilidade de escolher o que, quando e como se quer ouvir, ler ou assistir conteúdos. O investimento se tornou mais inteligente. 2015, por exemplo, é o ano das famílias trocarem a custosa TV por assinatura pelo acessível serviço de filmes e séries on demand, uma economia de mais de 50%. A TV caminha para se tornar exclusivamente fonte de entretenimento, enquanto a notícia é transmitida pela internet, em tempo real, no trabalho, na rua, instantaneamente. Será a crise apenas financeira ou também de quebra de paradigmas em relação a antigos hábitos?
Com a facilidade de acesso à informação, é possível às marcas estar entre o cliente e o conteúdo e dialogando com ambos - um desejo antigo das mídias tradicionais. Mas, diante desta possibilidade, para alguns a crise ainda fala mais alto. O resultado oscila entre a recusa de investimentos no digital e o do it yourself sem estratégia. É claro que o digital oferece infinitas facilidades de análise e segmentação de dados, mas estas informações só se tornam úteis sob planejamento e penso. E cabe às marcas fazer a melhor escolha: buscar um caminho qualificado para explorar cada vez mais o potencial de seus negócios.
Felipe Leduíno é publicitário e social media na Bit Conteúdo
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