Por Maurício Castro Pinzkoski
Twitter, TV, Web, Jornal, Rádio. Nada disso tem validade no mundo que é tornado real por uma mini-saia "mal usada". Em tempos de Semana da Comunicação (onde todos se comunicam e não apenas um grupo seleto de empresas premiadas) vale questionar as estratégias da estudante Geise Arruda. A criatividade do brasileiro já é reconhecida aqui e no exterior- as agências premiadas que o digam - agora uma estudante de 20 anos de uma universidade do interior de São Paulo chamar a atenção da mídia nacional, é admirável.

Os oportunistas de plantão ( e, por favor, não me confunda com um e sim com um simples questionador) que aproveitem. Celebridades participam de protestos, mídia impressa vende mais jornais, blogs discutem e não chegam a ponto algum na internet, a TV só fala da Geise, revista masculina vai expor sua nudez. Grupo de 250 estudantes ficam nus em universidade de Brasília. É no oportunismo que todos querem seu lugar ao sol.

Por outro lado fica a lição de humildade (não que o ato da moça tenha um resquício de, mas a lição em sua visão geral deve proporcionar humildade). Esse ato descrito pelo Aurélio, como: s.f. Ausência completa de orgulho. / Rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou respeito: praticar a humildade. / Modéstia, pobreza: apresentou-se na humildade de seu trajo. // Com toda a humildade, tão humildemente quanto possível. Nos faz pensar em que tipo de humildade me refiro? Aos "Deuses" da comunicação talvez? Sim porque Arruda não portou - em momento algum - um mililitro ( e nem me refiro ao ml do silicone) do termo.

Sem questionamentos teóricos filosófico, mas vale lembrar que não foi a medida do vestido da moça que gerou tudo isso. O motivo foi o seu posicionamento. Isso gerou comportamentos espontâneos na sociedade. "Se ela tivesse se portado como todas as outras colegas usando uma roupa curta simplesmente, não teria causado esse efeito", comentou - ontem - uma das universitárias testemunhas da UNIBAN, em programa de TV.

Então questionamentos sobre Oportunismo, Humildade e Admiração povoam minha mente: teria Geise previsto tudo isso? Houve planejamento para que esta "campanha de marketing de guerrilha" causasse tento efeito? Pode ter sido uma estratégica de marketing da instituição? São tantas as questões que só fica a lição de que os pensadores de marketing ( e todo o povo da mídia) devem aprender a usar e trabalhar melhor as palavras Oportunismo, Humildade e Admiração e sim, admirar a Geise Arruda.