Informação e digitalização: ir contra é crime contra a competitividade

Por Gláucia Civa Kirch

 

No Top 10 das tecnologias que mais irão impactar os negócios e receber investimentos de empresas de todo o mundo em 2018, segundo o Gartner, um item é onipresente: informação.

Inteligência Artificial (AI), Analytics, IoT, evoluções da nuvem (edge computing e outras), event driven... Para tudo, dados são e serão a essência, e o uso inteligente dos mesmos, a chave do sucesso.

Empresas que quiserem se sobressair - e em tempos de recessão prolongada e incertezas a perder de vista, por que não dizer 'sobreviver' - terão de aumentar a atenção ao que a maior consultoria global chama de' Malha Digital Inteligente'. Uma expressão dogmática para tecnologias que estão na base dos negócios prósperos do presente e do futuro próximo e que são o pilar dos ecossistemas de criação de produtos e serviços, formação de preços e ofertas, gestão de vendas e da cereja do bolo: relacionamento com o cliente.

Por óbvio, o cliente continuará sendo o foco dos investimentos em evolução dos processos de negócio. E a automatização, a digitalização, está no cerne deste caminho evolutivo em um nível jamais vivenciado anteriormente.

Ao contrário: se até agora era um tanto quanto possível empurrar com a barriga e deixar para mais tarde a tarefa de digitalizar processos, conteúdos e rotinas, este prazo terminou e, daqui para a frente, manter esta posição estagnada e retrógrada em relação à tendência disruptiva só levará empresas a perda de seus mercados.

Ao passo que até muito pouco tempo atrás se ouvia falar em investimentos na disrupção com um grau de risco a ser considerado, agora não inovar é assumir o risco de ser ultrapassado pela concorrência. É perda de competitividade dolosa.

Nenhum gestor pode se enquadrar nesse crime contra si próprio. Nenhum mercado irá esperar, não há consumidor para quem fica para trás.

Inovar, investir e crescer são sinônimos quando se trata de digitalização. Cercar-se de ferramentas que podem melhorar o grau de assertividade de processos, reduzir custos, economizar tempo e aumentar a produtividade e o poder de entrega satisfatória é vital. Tecnologia para otimizar os recursos humanos, utilizando seu potencial de forma estratégica e eliminando o dispendioso e caríssimo emprego deste ao operacional, é, além de básico e inovador, muito inteligente.

Inteligência, aprendizado, informação, comunicação: todos estes são termos que permeiam as tecnologias previstas pelo Gartner para imperar o mundo da inovação corporativa em 2018 e nos anos por vir. Trata-se de parar de ouvir o que é tendência global e passar a fazer parte, mas isso já é um papo velho: o que há de novo são tecnologias variadas e acessíveis, em diferentes níveis de abrangência e recursos, para inserir empresas de todo porte e segmento neste cenário.

Disrupção pode até ser um termo da moda. Mas é uma moda a que será imprescindível aderir. Do contrário, pode descer da passarela e assistir de baixo seus concorrentes desfilarem resultados, lucros e clientes - incluindo os seus.

Gláucia Civa Kirch, CEO da Aceká Marketing Digital. [email protected]

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