Marketing de exportação

Por Vera Carpes Com a aproximação da Copa do Mundo de 2010, as missões comerciais brasileiras na África austral estão se tornando cada vez …

Por Vera Carpes
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2010, as missões comerciais brasileiras na África austral estão se tornando cada vez mais freqüentes. Na ultima semana foi a vez da Missão Sul da África, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, iniciativa envolvendo 86 empresas, aterrissar em Maputo, capital de Moçambique. A conferência do ministro Miguel Jorge (MDIC), seguida de concorrida rodada de negócios, teve presença expressiva do empresariado local, e, apesar da semana ter sido de anúncio e festa da vitória do Partido Frelimo e do presidente Guebuza (que venceu as eleições com 76% dos votos), gente importante da política moçambicana prestigiou evento.

Sensação geral na platéia. O governo Lula e o setor exportador brasileiro mostram cada vez maior interesse nas vantagens de pertencer à CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Afinal, em português nos entendemos melhor. Moçambique, enquanto primeira maior economia africana do bloco, com um crescimento previsto da ordem de 9% para 2010, é a estrela do momento.

O que ainda não está oficialmente na pauta das exportações brasileiras, mas já faz um tremendo sucesso em Moçambique, é o marketing político televisivo. As campanhas de televisão do Tempo de Antena - como é chamado o horário eleitoral por lá - ganham cada vez mais os contornos das campanhas brasileiras. A crescente aceitação deste genuíno "Made in Brasil" por parte dos moçambicanos se deve ao trabalho do jornalista Valério Azevedo, um profissional que cada vez mais se notabiliza pelos resultados que obtém com programas de TV nas campanhas da Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique, o partido do Presidente Guebuza.

Em 2004, o jornalista já havia colaborado na direção dos programas da Frelimo e na vitória de Guebuza, eleito com confortável margem de votos. Retornou em 2008 para dirigir a programação de TV da Frelimo nas eleições Autárquicas - equivalente no Brasil às prefeituras -, ocasião em que o partido conquistou 42 das 43 Autarquias do país, numa campanha de fôlego que durou 25 dias. Este ano foi as vez das Eleições Gerais - provinciais, legislativas e presidenciais - receberem o tempero do marketing político brasileiro, "um elemento que cada vez mais aproxima as culturas eleitorais dos dois paises", comenta o jornalista, enfatizando que "assim como no Brasil, as campanhas moçambicanas também se caracterizam por mensagens positivas, contendo propostas de governação emolduradas por vídeos emocionais e jingles alegres".

Quem quiser conhecer um produto brasileiro que esta em alta na África austral, basta ir ao Youtube e procurar pela campanha da Frelimo deste ano. Ou visitar o website da campanha http://www.frelimoonline.org
 

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