O furo pela Internet

Por Marcos Linhares Em recente artigo, discorri sobre o assunto que tomaria as redações nos próximos meses ? e como não poderia deixar de …

Por Marcos Linhares
Em recente artigo, discorri sobre o assunto que tomaria as redações nos próximos meses - e como não poderia deixar de ser, o tal Big Brother entrou no ar e na pauta. Só que há novidades. Parece que o tiro tem errado o alvo. A internet tem trazido surpresas.
O jornalismo com a internet tem assumido feições novas e conseguido agilizar as informações que trafegam pela via virtual. A jornalista Rosana Hermann tem mostrado como "bisbilhotar" e incomodar a poderosa Globo, numa espécie de voyeurismo internético do programa Big Brother Brasil.
Em matéria publicada no site no.com.br, Karla Monteiro mostra as peripécias de Rosana que, fã dos reality shows, chegou até a tentar comprar os direitos de produção do programa no Brasil. Faltou grana, mas não faltou curiosidade.
Hermann acompanhou todo o processo de seleção de candidatos e incomodou o plim-plim ao revelar que alguns dos participantes não passaram por nenhum teste de seleção. Foi hora da Globo sair no encalço dela. A Internet virando fonte, não só de boato, mas de denúncias apuradas na própria rede. Que reviravolta no processo!
A Globo tem levado boas pancadas ultimamente. No Domingão do Faustão, exibido no domingo, dia 03 de fevereiro, levaram o polêmico Clodovil para integrar uma trupe de comentaristas que iriam discutir o Big Brother, sempre suscitando discussões que pendiam para a sexualidade. Clodovil não titubeou e mandou ver, falando mal do programa, questionando os valores ali postos (ou a falta deles), deixando Faustão e Denis Carvalho numa situação de saia justa daquelas dignas de serem gravadas e apreciadas várias vezes. Clodovil não discutiu mas discurtiu o programa do Faustão, costurando momentos de tensão e notável arrependimento da produção por tê-lo convidado para aquele quadro.
No Vídeo Show, do dia anterior, o garotão André Marques conseguiu passar o programa inteiro insinuando que iria rolar uma tal "tchaka na mutchaka" e que tudo poderia acontecer ali. E nós somos alçados ao posto de imbecis televisivos que só iremos assistir ao programa se os órgãos genitais forem esfregados em nossa cara.
Nem mesmo a libertação do publicitário Washington Olivetto ganhou tanto espaço na pauta do dia? Por isso, o trabalho de Rosana Hermann tem sido um bastião de vigília com seus correspondentes na rede e suas 12 horas de atenta busca e sentinela dos percalços das produções televisivas.
Desde a época de sua ancoragem no Fala, Brasil, Rosana vinha mostrando o quanto ainda teremos a sorver de bom, dos contatos via teclado.
Nada melhor que o bom e velho furo - como sempre, de onde menos se espera.
* Marcos Linhares é jornalista e âncora do programa televisivo brasiliense Educa, Brasil
( [email protected])

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