O sonho que eu nunca sonhei (parte 2)

Por Márcia Christofoli, para Coletiva.net

Faz tempo que não escrevo textão, mas já passa das 21h e eu ainda estou trabalhando. E não, isso não é pra dizer "olhem como eu trabalho muito". Não faço nada mais do que a minha obrigação e responsabilidade na condução de tantos desafios.
Acontece que, desde que eu voltei pro Coletiva.net, não tinha vivido dias tão intensos na redação. A semana foi cheia de movimentações? Até foi, mas sempre é. O diferente dessa vez é que estive mais envolvida no hard news, algo que não acontecia há meses, já que essa parte tem sido conduzida, com muita competência e responsabilidade, pela Gabriela Boesel. Com ela de férias, não resisti em auxiliar full time a equipe.
Uma equipe, aliás, relativamente nova, mas com um potencial incrível. A Cinthia Dias, minha periquita, se mostrou gigante na condição interina de editora. Venceu medos, ouviu críticas, buscou furos, conduziu a equipe, criou novas relações. E me encheu ainda mais de orgulho. Nossa, como ela cresceu. Ainda ontem era minha estagiária na FR Press?
A Patrícia Barbosa chegou para animar, para "ser estudada", para nos mostrar que a simplicidade no gesto, no aprendizado e até no café podem ser grandes aliados para um convívio leve e extremamente rico. Já o Erik Pastoris "chegou chegando", sempre ligado, sempre disponível e com muita, mas muita vontade de aprender e contribuir (e olha que acompanhar meu ritmo frenético e atrapalhado talvez não seja para qualquer um). Sem falar no cara que é meu sócio, meu colega, meu pai, meu vizinho, meu amigo, meu fiel companheiro.
Os últimos 15 dias foram intensos, teve notícia exclusiva, teve anúncio de expansão (com a chegada da Fernanda Rosito, para ser, novamente, parte da minha rotina), teve chiliques com o fechamento de mais uma nova revista. Teve ainda cobertura em tempo real ao lado de quem é mais do que parceiro, se tornou amigo. Sem esquecer que teve a companhia (virtual ou não) do meu braço direito em tantos, mas tantos desafios: Karen Vidaleti, tu não existe. Ainda me impressiono com a nossa sintonia!
Os dias intensos também foram regados a sentimentos diferentes. Senti exaustão quando percebi a quantidade de horas dedicadas, mas nunca arrependimento ou dúvida. Senti raiva com acusações infundadas e até irracionais - mas tudo bem, como diz meu pai: "enquanto o governo achar que somos de esquerda, e a esquerda achar que somos pró-governo, é sinal de fazemos um bom trabalho, pois temos a tranquilidade de não querer agradar mais a um ou a outro". Senti um orgulho inexplicável ao receber elogios como "nossa, os números estão impressionantes", "vocês estão no caminho certo", "como é legal ver o crescimento de vocês".
Enfim, foram dias puxados, intensos, exaustivos. E os próximos não mudarão muito. E eu? Vou continuar coma cabeça fervendo de tantas ideias para esta empresa. Vou continuar dividindo meus dias entre trabalhos, amigos - esses que tanto me cobram presença - , igreja, família, futebol e marido (esse, possivelmente, está garantindo seu lugar no céu <3). Enquanto isso, a equipe vai crescendo, os números também. E os sonhos? Nossa, esses só se tornam realidade a cada dia.

Comentários