Os reis magos da propaganda

Por João Firme

Imaginemos que a Cruz e a Estrela de Belém representam a propaganda cristã.
Partindo deste pressuposto de que Cristo foi o maior marqueteiro no mundo, segundo sermão que ouvimos do Frei Irineu Costella, idealizamos este artigo.
Roberto Duailibi, no Festival de Gramado de 2007, deu esta joia de afirmação: "Dediquei meu passado para a construção do meu futuro". Para ele, a função da publicidade é "tirar as pessoas de seus invólucros, de suas amarras e levá-las a assumir atitudes com relação à vida".
Luiz Coronel: "Nós, os profissionais da propaganda do Rio Grande do Sul, sem que nosso Estado seja estrela de primeira grandeza na disponibilidade de recursos investidos em comunicação, realizamos um bom trabalho. Enquanto Rio de Janeiro e São Paulo administram catadupas de verbas, oriundas de contas de bebidas, celulares, automóveis, afora o manejo de verbas estatais, nós repartimos fatias menores do bolo. Temos, nós mesmos, de edificar nossos fatos, feitos e eventos. Aí está o Festival Mundial de Publicidade de Gramado realizado nos anos ímpares e para não ficar 'com as imensas mãos abanando', como disse o poeta Vinícius, edições extras no exterior desde 2004 quando começou em Paris: "Não será olhando, contemplando, que vamos alcançar os objetivos que justificam tão largo passo".
Renato Castelo Branco, grande conferencista do Festival de Gramado de 1981, declarou: "Mas por que não podemos fazer pela propaganda brasileira o que Villa Lobos fez pela música, Jorge Amado pela literatura, Di Cavalcanti pela pintura? Isto é: atingir o universal através do regional. As agências brasileiras terão que encontrar o caminho para se transformarem na ponta de lança da indústria e da economia nacional - como as grandes agências americanas o foram de seu país".
E entre os reis magos, me identifico com Artaban, o quarto deles; e ao Emaús, da ressurreição.
João Firme é publicitário e jornalista.

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