Personalização: a chave do marketing digital

Por Daniel Galvão

Sabe a máxima que diz que "cada caso é um caso"? Quando falamos do universo de marketing digital, isso não poderia ser mais verdadeiro. Toda campanha de marketing, para ser bem sucedida, precisa estar em harmonia absoluta com quem a empresa verdadeiramente é, e isso invariavelmente a torna única.
Mesmo concorrentes de produtos quase idênticos possuem características ímpares que dialogam diretamente com seus clientes, e que, inclusive, os mantêm leais a uma marca em detrimento da outra. Isso faz com quem haja pontos de atratividade que são preferências entre os clientes, e que refletem especificamente aquela marca. Nada mais lógico do que aproveitar isso em favor das campanhas de marketing.
Outro aspecto é o do advento do relacionamento digital a que todas as marcas e consumidores estão atrelados. Quando uma campanha diz algo e a empresa mostra outra coisa totalmente diferente, isso tem consequências desastrosas para a marca, logo o marketing busca sempre ser um reflexo da mais pura realidade e ideal de serviço.
Com isso podemos identificar dois pontos chave que compõe a realidade do marketing digital, o tornando chave para aquisição de novos negócios. Essa realidade é a da personalização. A ideia não é apenas dizer que se é personalizado para parecer único e diferente. Isso todo mundo faz. O proposito é realmente ter algo que só sua empresa possa ofertar ao mercado e se utilizar disso como vantagem.
A personalização permite que cada campanha de marketing digital criada por uma empresa seja específica, atende àquela empresa, àquela necessidade e acima de tudo, sirva àquele cliente. Os clientes de uma marca se alinham a ela por características em comum, e é nelas que se foca a personalização.
Claro que nesse ponto ainda estamos falando do macro. O grupo maior de pessoas que compõe a segmentação daquela empresa. Inclusive nesse momento da estratégia de marketing digital, é possível se aproveitar do conhecimento disponível sobre seu mercado.
Muito provavelmente uma empresa mais antiga, um concorrente ou até mesmo uma startup já investiu na compreensão do seu mercado segmentado. Isso é ruim pelo lado de que eles estão na frente da sua marca, mas é bom, porque se pode contar com dados, muitas vezes disponíveis na internet, que já refletem o mercado.
Essa esfera maior, a segmentação, ainda não chegou à personalização, mas caminha para ela. Além disso, em um cenário de investimento maior, é possível fazer o ideal e realmente investir em pesquisas de dados primários, sendo a sua empresa a fornecedora dos dados de mercado.
Além disso, é possível aprender com os erros dos concorrentes, e ai partir para uma esfera mais interna da personalização, a análise das características da empresa. Conhecendo bem sua empresa é possível estabelecer o que ela tem a ofertar com relação a conteúdo que irá atrair novos clientes.
Tendo em mãos essa informação, conhecer bem o cliente irá te ajudar a posicionar sua marca nos pontos de impacto mais certeiros para se fechar vendas e chamar a atenção. É preciso estabelecer metas atingíveis e ter um orçamento em constante análise de melhoria. Realocar investimentos deve ser feito com cuidado, pois a jornada do consumidor até o fechamento passa por vários pontos de impacto.
É preciso lembrar que o cliente quer se sentir especial, que está sendo atendido de forma única para ele, e por mais que se utilize de informações que abrangem um grupo de pessoas, a experiência criada, com o conteúdo original, deve refletir a atenção que faz o cliente se sentir único.
O marketing deve convencer, mas a verdade é que um produto sempre vem atender a uma necessidade, mesmo que ela seja de prazer, e mesmo que seja adquirida com o tempo. A chave é mostrar a vantagem, como aquilo faz um bem para o cliente.
O fim último pode ser vender, ampliar o faturamento da empresa, mas o segredo está em fazer isso enquanto realmente se serve ao cliente.
Daniel Galvão é especialista em marketing digital e Diretor da CRP Mango.

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