Quem não tem um amigo empreendedor ou conhece um negócio de sucesso que surgiu de forma independente?
Empreendedorismo está na moda, é verdade. Largar tudo e/ou aproveitar o momento de crise para abrir o seu próprio negócio tem acontecido cada vez mais e gerado cases inspiradores.
O fato é que o empreendedorismo está em alta e ao observar todas as movimentações dos últimos anos, acredito que o tema ficará em pauta por mais algum tempo. Mas também é fato que ter o seu próprio negócio não é a única forma de ser empreendedor. Como assim?
Alguns especialistas já discutem e apresentam o conceito intraempreendedor. A minha ideia nesse artigo é trazer essa reflexão e contar como essa mudança de percepção aconteceu e se concretizou para mim.
"Intraempreendedores são aqueles que assumem a responsabilidade pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização" (Gifford Pinchot)
Há uns anos comecei a amadurecer a ideia e formatar o conceito de ser empreendedora sem ter o meu próprio negócio. Depois de 3 anos morando fora do Brasil, voltei para cá com um mestrado em Branding e a experiência de posicionar e ativar marcas nos mercados europeu e angolano. Sim, trabalhei numa agência em Portugal que fazia parte de um grupo em Angola. Voltei com sede de implementar meus aprendizados de uma forma diferente aqui. De inovar, crescer e expandir. Há um ano, quando chegava dessa minha temporada na Europa, estava considerando muitas possibilidades, vivenciando alguns processos seletivos, retomando alguns contatos e com o plano de negócio de uma marca própria estruturado. Foi quando conheci a Jüssi e comecei a revisitar os meus pré-conceitos sobre empreender.
Quando o Marcos Del Valle (sócio e diretor de comunicação e consulting da Jüssi), comentou comigo que procurava colaboradores com espírito empreendedor, ele me conquistou. A Jüssi realmente é movida por esse espírito. É contagiante. Vibra em cada tomada de decisão dos gestores que sabem aproveitar a oportunidade de viver isso, todos os dias.
Senti na pele e, hoje, um ano depois de atuar como responsável da área de Research Planning, consigo observar as minhas "pequenas-grandes" conquistas. Pessoais e, consequentemente, de toda a equipe e da Jüssi.
Para mim, em termos práticos, nesse meu primeiro ano de Jüssi consigo olhar para traz e enxergar algumas conquistas. Formação e gestão de uma equipe multidisciplinar com profissionais de perfis complementares que confio (e admiro) muito, implementação de metodologias como Design Thinking, realização de pesquisas de comportamento de consumidor em diferentes formatos (etnografia, netnografia, focus group, observação, entre tantas outras), estudos de jornadas e decisões estratégicas com base em dados. Realizar projetos que eu (particularmente) acredito, em conjunto com profissionais brilhantes (não só da equipe de planejamento, como é óbvio) tem sido recompensador. Tenho conseguido trazer a minha inquietude de procurar os porquês e não ficar apenas na execução de tarefas para o nosso dia a dia. Falo nosso dia a dia porque acredito que nada se constrói sozinho e porque procuro contagiar todos a minha volta, além de me manter aberta para aprender com aqueles que me inspiram, sempre. São essas pequenas conquistas que comprovam que estamos no caminho certo. O crescimento e o profissionalismo de cada um, os resultados alcançados, o espaço que temos para continuar crescendo e a perspectiva de continuar a construir o sucesso, a nossa maneira.
Claro que algumas pessoas já nascem com o espírito empreendedor, mas acredito que isso também pode ser apreendido. O conceito de empreendedorismo tem sido difundido nas organizações para que os seus colaboradores desenvolvam comportamentos empreendedores e passe a atuar como um agente de mudança, melhorando processos, criando novas oportunidades de negócios e acelerando as inovações dentro das grandes empresas. Na minha concepção, todas as empresas deveriam motivar e encorajar esse comportamento em seus funcionários. De poder construir junto. De enxergar que o sucesso da empresa (e dos clientes, no caso de quem trabalha em agência como nós) pode ser também o seu próprio sucesso.
Se é possível deixar algumas dicas para quem quer se fortalecer empreendedor dentro das organizações? Acredito que sim:
- Estruturar objetivos e criar metas pessoais;
- Ter autoconfiança;
- Buscar autonomia;
- Explorar a sua capacidade criativa;
- Postura de liderança;
- Ter iniciativa;
- Ter a capacidade de correr riscos calculados;
- Ter atitude;
- Saber ouvir e aprender com os outros.
É importante salientar que a liderança das empresas deve estar aberta aos novos valores, comportamentos, inovações, entre outros, pois somente desta maneira as mudanças organizacionais serão realmente eficazes e trarão melhorias. No caso da Jüssi, os sócios são os que mais incentivam esse movimento. Sorte dos "jusselitos" (termo carinhoso que usamos internamente para identificar os nossos colaboradores)! Mas se você quer ser um intraempreendedor, deixo aqui uma mensagem de incentivo: participe ativamente na mudança de sua empresa. Crie, inove, persista, lidere, enfim, contribua para o crescimento e desenvolvimento de sua empresa e das pessoas, fazendo com que o seu ambiente de trabalho seja propicio ao implemento de seus projetos pessoais e profissionais. E, sucesso!
Juliana Lima é research & strategic planning manager da Jüssi.