Viajar também é um direito

Por Wilson Müller* Entre os prazeres da vida, viajar ocupa um dos primeiros lugares. É difícil encontrar alguém que não tenha entre seus projetos …

Por Wilson Müller*
Entre os prazeres da vida, viajar ocupa um dos primeiros lugares. É difícil encontrar alguém que não tenha entre seus projetos fazer uma viagem, pelo simples prazer de conhecer outros lugares, outras paisagens, ambientes e modos de vida. Se tanta gente deixa de fazer turismo atualmente, no Brasil, é pelo elementar motivo de que o padrão de vida dos brasileiros ainda é baixo e assim, em sua lista de projetos viajar não está entre as prioridades, como acontece, por exemplo, com europeus e norte-americanos, cujo poder de consumo é mais alto. Levando em conta essa realidade, a Carta do Rio de Janeiro, aprovada no 31º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens, realizado em outubro no Rio, inclui a seguinte declaração entre as dez propostas elaboradas em defesa da atividade turística: "Apoiar o Plano Nacional de Turismo, cobrando do governo federal o compromisso com o desenvolvimento social, geração de empregos e distribuição de renda".
Outros pontos do documento seguem na mesma linha, reafirmando a necessidade de manter a luta pela justa remuneração dos serviços prestados pelas agências de viagens, inclusive no âmbito da Iata/BSP, e incentivar ações voltadas para o fortalecimento e reconhecimento do setor como elemento de fundamental importância para o desenvolvimento do mercado de turismo. A Carta do Rio de Janeiro propõe igualmente que sejam fortalecidas as iniciativas ao turismo receptivo, promovendo fóruns regionais e firmando convênios de cooperação, conforme compromisso assumido no evento com o Ministério do Turismo; mobilizar as Abavs estaduais e do Distrito Federal no sentido de sensibilizar os senadores pela aprovação do projeto de lei que regulamenta as atividades das agências de viagens; incentivar o entrosamento do meio acadêmico com as empresas do setor, visando a melhoria da mão-de-obra qualificada para o mercado; apoiar os estudos para a implementação da normalização profissional e conseqüente certificação no segmento; ressaltar na Feira das Américas, seu caráter internacional e de fomento ao turismo receptivo nacional e internacional; e defender a livre concorrência no transporte aéreo, repudiando a fusão da Varig e TAM, o que levará à dominação do mercado, com prejuízos irreversíveis para o país.
São questões que merecem reflexão e o apoio de todo o setor, não apenas porque significam a defesa da atividade turística, como reforçam o legítimo direito que cada cidadão tem de proporcionar mais emoção e alegria à sua vida, através das viagens de turismo.
* Wilson Müller é jornalista, presidente da Câmara de Turismo do RS.
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