"É duplamente mais difícil para repórteres mulheres", destaca Amanda Munhoz

Parte inicial do primeiro painel foi sobre machismo presente na área

Amanda Munhoz, da RBS - Divulgação/Coletiva.net

No primeiro momento do painel conduzido por Fabio Berti, com as convidadas Amanda Munhoz, da RBS; Ana Aguiar, da rádio Grenal; Débora de Oliveira, do SBT; Laura Gross, da rádio Guaíba; e Nathália Ely, do Travinha Esportes, as debatedoras se apresentaram e falaram a respeito do machismo presente na cobertura esportiva. Com a abertura do debate, Amanda destacou a dificuldade de conseguir fontes quando se trata de esporte.

A jornalista, que é setorista do Internacional em FGaúchaZH, lembrou da cobertura que realizou da contratação do jogador Anderson pelo Colorado, em 2015, quando um entrevistado disse que só daria a informação se ela aceitasse um convite para um encontro íntimo. "É duplamente mais difícil para repórteres mulheres, principalmente pelas fontes serem, em sua maioria, homens", lamentou, concluindo que o problema estrutural é menor que este.  

A jornalista da rádio Grenal Ana Aguiar apontou outra perspectiva, relacionada ao ambiente da empresa na qual atua: "Não tenho problemas com meus colegas de trabalho. Até nos estádios, embora ainda haja ofensas, estamos sendo mais aceitas porque tem se tornado natural estarmos nestes espaços".  

Débora de Oliveira, que foi uma das pioneiras no segmento, disse que sempre adotou uma postura de não aceitar o machismo, em virtude de não compreender como este tipo de atitude pode ainda ocorrer. "Eu enfrento a situação para que a pessoa não repita tratamentos depreciativos comigo. Não deixo que essas atitudes se tornem banais e, muito menos, que isso atrapalhe minha profissão".

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