O fim dos tempos(ainda bem!)

Quem viveu o futebol por dentro nos últimos anos sabe por que ele está agonizante. O neofiasco da seleção brasileira de futebol (que agora …

Quem viveu o futebol por dentro nos últimos anos sabe por que ele está agonizante. O neofiasco da seleção brasileira de futebol (que agora está se habituando a eles) é a comprovação do fim dos tempos. Foi para o Paraguai, mas peço ao leitor que retire esta segunda parte do primeiro parágrafo e que o releia daqui a alguns meses e veja se ela ainda não está atual. E depois conversamos.
Uma investigação como a que está em curso na Fifa é algo inédito na história do futebol mundial. A prisão de vários cartolas de uma vez só na cidade-sede da entidade máxima então, nem se fala. Sinceramente, pensei que não veria. Fim dos tempos.
Os ciclos históricos esgotam-se, inevitavelmente. Inesgotáveis na vida, poucas coisas o são. E trilhar um caminho de extração e dilaceração das generosas tetas da vaca profana é no mínimo uma burrice inigualável. Porque então a vaca morre ou fica tão fraca que mal consegue parar em pé.
Isto sem falar naquela máxima de que tudo na vida é uma questão de dose, veneno e remédio inclusive. Compartilho desta visão com minha observação da vida e dos acontecimentos com o passar dos anos. A ganância foi tão alucinada que virou o fio, revirou tudo e então deu-se o fim dos tempos.
E veio a desordem. Amparados que estavam pelos velhos modelos de fazer e desfazer, os players desta área batem cabeça sem saber o que fazer e dizer, pensando que reexecutar o velho modus operandi como um eterno repetir interminável vai funcionar indefinidamente. Mas não vai. O modelo foi que se esgotou, extenuado e finalizado.
Agora será preciso um novo modelo, um refazer, um renascer. A partir de outras pessoas e fundamentalmente de outros valores. Pois o fim dos tempos traz o fim dos valores apodrecidos como caixas de alimentos cheias de mofo em um porão de um navio. Os ratos serão obrigados a deixar o navio.
Mas será o início de um novo tempo, um sol se avizinha no horizonte e uma abertura para outras pessoas fazerem de outro modo, ainda não feito. Ainda bem.

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