O animal símbolo do gaúcho
O principal motivo de orgulho de um terço dos gaúchos é o tradicionalismo e os ícones que representam a cultura gaúcha. O tradicionalismo se …
O principal motivo de orgulho de um terço dos gaúchos é o tradicionalismo e os ícones que representam a cultura gaúcha. O tradicionalismo se acentua na Semana Farroupilha, onde se cultua a tradição gauchesca nos seus mais variados segmentos, usos e costumes.
O simbolismo da tradição gaúcha também encontra representação na fauna e na flora do Estado. O IPO - Instituto Pesquisas de Opinião realizou a seguinte pergunta a uma amostra de 1.500 entrevistados, distribuídos nas sete mesorregiões do IBGE: "Qual animal você escolheria como símbolo (para representar) do Rio Grande do Sul?".
Os resultados demonstraram que quando os gaúchos pensam em um animal que representa o Estado, a principal lembrança está associada ao cavalo/cavalo crioulo, representando quase metade do Estado.
- Cavalo/cavalo crioulo = 45,6%;
- Quero-quero = 14,6%;
- Cachorro/cachorro campeiro = 10,7%;
- João-de-barro = 4,6%;
- Ovelha = 3,9%;
- Vaca/boi = 2,5%;
- Outros animais/conforme a região = 11,3%;
- Nenhum animal representa = 0,9%;
- Não soube citar = 5,9%.
A análise por região do Estado demonstra que quanto mais urbanizada a cidade, maior o percentual de representação do cavalo e do cavalo crioulo como animal símbolo do gaúcho, correspondendo a 52,3% do imaginário do porto-alegrense.
No interior, o imaginário da relação do cavalo como símbolo do gaúcho se mantém com um terço das lembranças. O cavalo dá espaço para animais típicos de cada região e que mantêm uma relação próxima com a população, por ter feito parte de seu cotidiano, de sua educação ou das histórias contadas de geração em geração.
O principal concorrente do cavalo é o quero-quero, que é citado como animal símbolo por 14,6% dos gaúchos e com representação de um terço da população da região centro/sul. Há muitas histórias em relação ao simbolismo do quero-quero, sendo que a população do interior o considera como o "sentinela dos pampas", por estar sempre alerta quando alguém se aproxima.
E em terceiro lugar, o cachorro/cachorro campeiro é citado por 10,7% dos entrevistados por sua importância na história do Rio Grande do Sul. Os entrevistados que lembram do cachorro afirmam que este animal foi importante no trabalho de campo, na proteção e convivência com o gaúcho, destacando o princípio de que "o cachorro é o melhor amigo do gaúcho".