Que país é esse?

O noticiário de ontem me chamou mais atenção do que o usual.  Começou com a manchete de que o Supremo Tribunal Federal decidiu devolver …

O noticiário de ontem me chamou mais atenção do que o usual.  Começou com a manchete de que o Supremo Tribunal Federal decidiu devolver para o Collor seus carros de luxo que foram apreendidos na Casa da Dinda, entre eles uma Ferrari e um Lamborghini. A justificativa é de que manter esses "tesouros" seria muito caro para o país. Para Collor é baratinho, é isso? O senador é apontado como suposto beneficiário de propinas resultantes de desvio de dinheiro da Petrobras e investigado pela Lava Jato. Como permitimos isso? Mesmo ainda pequena, me recordo de todo o furdunço que deu na década de 90 e das milhares de caras pintadas expulsando esse mesmo cara da presidência. Alguém, por favor, me responde como ele ainda está governando algo?! Quando e de que maneira ele conquistou novamente a confiança de tantos eleitores?
A Itália mandou de volta prá cá o tal do Pizzolato. Inacreditavelmente ele conseguiu fugir do Brasil usando os documentos do irmão morto, mas felizmente foi pego em Maranello. Já iniciei as apostas para ver em quantos meses vai reduzir a pena de até então 12 anos.
Seria cômico, se não fosse trágico, o Eduardo Cunha dizendo que não conhece aquele monte de milhões em contas na Suíça. Que cara de pau! O que ele quer nos convencer? De que alguém mirabolou tudo isso e depositou aqueles R$ 9 milhões para derrubá-lo? Tenha paciência! E de quebra, ouvi o William Waack completar a informação dizendo que com parte deste dinheiro ele comprou ações da Petrobras e lucrou três vezes mais com a venda. Confere?
Esse mesmo Eduardo Cunha é um dos responsáveis por analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma, sendo que há uma rixa declarada entre eles. Como esperar uma imparcialidade de um político tão sincero e correto?
Tá tudo um deboche. A política brasileira está virando uma bagunça e fazendo com que muitos larguem de mão tudo isso. Pelo menos uma coisa "boa" no meio de tanto absurdo é que não falta pauta para os veículos de comunicação e que a cada dia uma nova barbaridade acontece e precisa ser noticiada.

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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