Coluna do Nenê

OPINIÃO É extremamente raro ? se não inédito ? ver um político da situação reconhecer que o governo errou. Normalmente, tal acusação é feita, …

OPINIÃO
É extremamente raro - se não inédito - ver um político da situação reconhecer que o governo errou. Normalmente, tal acusação é feita, quando é feita, por políticos da oposição.
Sem dúvida, o simples fato de um político - independentemente de ser situação ou oposição - reconhecer que o governo falhou já é um avanço. Só que isso nem sequer deveria ser necessário.
No entanto, vale enfatizar que o aspecto mais relevante do "erro político" não é que ele exista, mas sim as consequências que ele acarreta. O mercado é um sinalizador impotente.
Quando um indivíduo qualquer se equivoca, os custos e os prejuízos vinculados ao seu erro são arcados por ele próprio. A responsabilidade individual consiste justamente em aceitar as consequências de nossas ações, em não culpar os outros por nossas falhas, e em não descarregar nem culpas nem ônus sobre terceiros inocentes.
Na teoria econômica, com efeito, criou-se o termo "externalidades negativas" para descrever custos que não são arcados pelo indivíduo que as produziu, mas sim por terceiros.
Os políticos, por sua vez, são inteiramente capazes de transferir o custo de seus erros para todo o conjunto da população. Afinal, quem são os grandes prejudicados pelos fiascos das políticas implantadas pelo governo.
Tendo arrogado para si próprios um poder quase absoluto para decidir sobre nossas vidas e economias, os políticos, ao cometerem erros, detêm o benefício de converter a sociedade em responsável solidária por seus erros. Aquilo que no livre mercado seria considerável inaceitável e motivo de acionamento judicial - as ações de um indivíduo repercutirem adversamente sobre um outro que não é obrigado a arcar com elas -, torna-se a regra quando o envolvido é o estado: os erros dos políticos se transformam estruturalmente em um fardo compartilhado por todo o conjunto da sociedade.
Porém, provavelmente ainda há aqueles que acreditam que essa caracterização predatória da política é injusta, pois, sendo os políticos "nossos representantes", eles acabam pagando por seus erros nas urnas. Só que essa argumentação não é satisfatória.
Adicionalmente, não existe nenhuma garantia de que os erros serão castigados (um político pode arruinar um país, corromper-se em benefício próprio, punir seus não-eleitores minoritários, e ainda assim ser reeleito). No máximo, afirma-se que seus erros acarretarão na não-renovação de seu cargo público.
Essa, aliás, é a demonstração mais clara de como os políticos são capazes de externalizar seus erros com impunidade: afinal, a responsabilidade de um governante que destrói as finanças públicas e o poder de compra da moeda deve se limitar à sua não-reeleição? O estrago gerado é totalmente desproporcional a essa eventual "punição".
Portanto, eis o fato: os governantes erram porque são seres humanos; porém, e à diferença de todo o resto dos seres humanos, eles não assumem a responsabilidade pelos erros gerados por suas próprias decisões. Ao contrário: eles conseguem transferir as consequências de seus erros para outras pessoas que não deveriam ser obrigadas a arcar com este ônus.
Isso, e nada mais do que isso, é a síntese da política: uma maciça socialização dos prejuízos imposta sobre o conjunto de cidadãos inocentes por um grupo de pessoas irresponsáveis que se arrogam a autoridade de governar a todos.
Não escutar. Não discutir com as partes interessadas. Tomar medidas arrogantes. Cercar-se de pequenas autoridades, donas das verdades. Convencer seus pares que a forma de administrar é conseguir entradas de recursos com licitações que terminam em desertas. Castigar pessoalmente e por motivos por si próprios inadequados, parceiros e empresas que fazem e fizeram o melhor.
É muito difícil e absurdamente inaceitável conviver com quem não admite e continua a errar.
EVENTO REVISTA VOTO
Com o tema "Tecnologia, mídia e a nova era do talento", o Brasil de Ideias desta sexta-feira, 23 de junho, trouxe como painelistas o presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, e o economista, professor da Columbia University Marcos Troyjo.  Realizado mensalmente pela Revista VOTO, o evento tem o patrocínio de Celulose Riograndense e Braskem, com o apoio do Sheraton Porto Alegre Hotel.
Marcos Troyjo lembrou que, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, falou-se muito que estamos vivendo a quarta revolução industrial, e o mantra no mundo dos negócios é de que todos somos empresas de tecnologia. Segundo o economista, essa nova revolução é sinônimo de revolução digital, de nova era dos talentos, e o diferencial competitivo das empresas será baseado nisso. "Talento significa tendência, inclinação e propensão. Talento no mundo empresarial significa o corebusiness de uma empresa, é onde ela tem que se aprofundar. Do ponto de vista industrial, aquele tradicional, tínhamos o conflito se o profissional deveria ser um especialista ou um generalista. Isso está sendo alterado. A pessoa precisa ser alguém numa posição mais estratégica. São profissionais que fazem conexões com a tecnologia, com multifuncionalidades. No mundo corporativo, é preciso mudar o paradigma. É em time que está ganhando que se mexe. A minha impressão é que vivemos uma nova era de inovação, a era do talentismo que passa a ser mais importante do que o capital. As noções tradicionais de talento, simplesmente, implodiram", afirmou o professor da Columbia University.
O presidente do Grupo RBS destacou que a sociedade atravessa um momento de alta complexidade, sem nenhum precedente. Para ele, a revolução que se desenha não é tecnológica apenas, mas sim social. "É mudança no comportamento, nas expectativas dos seres humanos. São outras formas de viver em família, nas empresas, em sociedade. Mas, sem dúvida, o grande impulsionador da revolução é a tecnologia". Eduardo Sirotsky Melzer ressaltou que fica cada vez mais evidente que o foco da atenção precisa ser nas pessoas, pois a resposta às empresas virá delas.  "E os profissionais precisam ter seus talentos reconhecidos. Nós sempre procuramos entender nossos negócios a partir do olhar do público. Afinal, as empresas de comunicação estão no centro desta transformação. E não é porque existe o Google e Facebook que uma empresa vai ser mais ou menos bem-sucedida". O executivo lembrou que o olhar do Grupo RBS está no seu público, em saber o que ele quer. "Enquanto nossos leitores tiverem interesse em ler jornal, por exemplo, em papel, teremos os produtos impressos. O que nos interessa entregar informações e produtos de qualidade no formato que o público quiser".  Sobre o papel do líder, Melzer afirmou que "a vontade de construir e realizar são características essenciais nas lideranças de hoje, e tem, sim, que se mexer em time que está ganhando. O líder tem que ter a paz de espírito da convicção. E, em um período de inquietação e turbulência como o que estamos vivendo, é necessário ter um processo de aperfeiçoamento permanente. Tem que acreditar, ter paixão e se cercar de pessoas boas"
GRUPO DE MIDIA
Em uma noite de vencedores em todos os sentidos, organização, confraternização, premiação, palestrante, presença maciça e coragem, a diretoria do Grupo de Mídia, inovou, sensibilizou e fez o que tinha que ser feito, em um ano de muitas incertezas e de muita procura de entendimento e procura para acertar.
Essa coluna sente-se na obrigação de colocar o discurso final do GM, lido e interpretado por sua presidente Renata Schenkel.
DISCURSO AO FINAL
Como eu prometi lá no começo, este Top Of Mídia está sendo realmente diferente, não é? Pois no caso do prêmio de mídia do ano, será mais inusitado ainda: decidimos não entregar este troféu. Isto mesmo, não teremos em 2016 o destaque de mídia do ano. Não porque não há merecedores, pelo contrário: porque consideramos injusto dar destaque a um único profissional. Nos últimos doze meses, muitos colegas ficaram sem trabalho. Os investimentos em mídia estão mais escassos, nossa área está desacreditada por alguns, e profissionais com grande experiência tem sido substituídos por iniciantes - com o devido reconhecimento aos jovens talentos, temos que ter em mente que eles precisam de colegas maduros em quem se inspirar e com quem aprender. Exatamente neste momento tão duro para nós mídias, entendemos que vitoriosos são os que seguem apaixonados por esta profissão, que não querem buscar outra atividade. Profissionais que seguem dedicados em suas agências entregando cada vez mais, ou que se adaptam ao modelo de freelancer para não ficarem afastados da profissão que amam. Que preferem encarar o grande desafio de se reinventar todos os dias (como o Marc colocou) a mudar o rumo de sua vida deixando para trás um grande amor.
São todos os profissionais de mídia que merecem destaque desta vez, e é por cada um destes apaixonados que o Grupo de Mídia luta todos os dias.
Nesta noite, por favor, saiam daqui sentindo-se vencedores!
MOBILIARIO URBANO
A polêmica licitação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre sobre o mobiliário urbano de Porto Alegre - marcada para o dia 17 de junho - foi suspensa devido a subjetividade na parte técnica e na interpretação da lei municipal (número 8279).  Mobiliário urbano define os diversos equipamentos instalados nas ruas como postes e placas de sinalização, relógios e bancas de jornal, entre outros.
Segundo Adriano Frauches, as entidades do setor gostaram da suspensão e têm a esperança de finalmente serem ouvidas pela Prefeitura para expor algumas sugestões que acham pertinentes.  O presidente da ARP - Associação Riograndense de Propaganda, Zeca Honorato, reitera a importância de se ouvir as entidades de publicidade a fim de estabelecer novas regras ou pelo menos de ampliar o debate sobre as licitações do segmento de comunicação. Segundo ele: "Nós não concordamos que o mercado enquanto entidades, entidades leia-se ARP e SINAPRO, que é um sindicato - fiquem de fora das discussões sobre formatação de licitação sobre publicidade, seja de qual for a área, de mobiliário urbano, eventualmente de outro tipo de licitação que seja do nosso segmento. Então, nós pleiteamos a participação das entidades nas discussões."
Entre as sugestões das empresas do setor estão a abertura de licitações separadas, de acordo com a expertise das empresas como relógios, abrigos e placas de esquina. Outra contestação é sobre a posição contrária do Prefeito José Fortunati sobre a publicidade nos equipamentos, uma maneira de garantir a manutenção dos equipamentos. A licitação suspensa não prevê a manutenção de placas de esquina pelo vencedor e compromete a Prefeitura na função. Segundo cálculos de especialistas o valor gasto mensal na manutenção oscila entre R$ 50.000 e 80.000. Cabe destacar também que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), via conselheiro Estilac Xavier, fez pedido de esclarecimentos sobre a Licitação.
MUDANÇAS
Laura lazzari, que por muito tempo esteve à frente como executiva de Mídia da Agência Global, a partir do dia 4 de julho passa a ser profissional de Mídia na 3YZ.
WINE
A www.wine.com.br, empresa de e-commerce de vinhos que controla a Wbeer.com.br, tem novo sócio. A Península participações, empresa de investimentos da família Diniz, vai se somar à eBricks. As duas empresas vão ampliar a atenção no mercado nacional e acelerar a internacionalização das operações.
- Esse novo investimento faz parte da estratégia de diversificação do portfólio da Península - disse Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da empresa.
- A chegada da Península reforça ainda mais o nosso entusiasmo com a Wine.com.br - afirmou Eduardo Sirotsky Melzer, presidente da eBricks Digital e do Grupo RBS.
THE WINNER ITS
Quem embarca para Londres nos próximos dias é a publicitária gaúcha Vitória Satt. A diretora de Arte irá estudar design na reconhecida e mundialmente consagrada universidade inglesa Central Saint Martins. Vitória também aproveitará para pesquisar novos modelos de negócios na área, que é uma das mais procuradas e vivenciadas hoje no mundo. Promete na sua volta, implantar e colocar no mercado gaúcho e brasileiro todo esse aprendizado e benchmark. Sem dúvida, pela sua vontade e aprimoramento do seu conhecimento, teremos grandes novidades.
THE BAKKERS
Com o objetivo de criar um novo formato de negócio está entrando no mercado a The Bakkers, uma operadora de comunicação que veio inovar o processo interno das agências.
"A ideia é usar o conhecimento que adquiri na minha agência, usando o que deu certo e o que aprendi com os erros para buscar um novo modelo. Percebi que o dia a dia das agências está cada vez mais cheio de atividades que desfocam do grande diferencial pelas quais foram criadas - estratégia, criação, planejamento e produção." Max Rathke
Com o propósito de ser parceiro das agências de comunicação, digitais, empresas de eventos e de design, a The Bakkers quer prestar o serviço de desdobramento de campanhas, de aplicação de conceitos nas mais diversas peças e formatos, deixando o tempo livre para que novas ideias e projetos sejam desenvolvidos nessas empresas.
Contato através do email [email protected], ou pelo fone (51) 9146.5114 saiba melhor como funciona e peça um orçamento.
E21
Considerando o atual momento do mercado, a Agência e21, está se posicionando como a grande investidora do mercado, na qualificação de seus profissionais. Está sempre fazendo workshops, participando de grandes encontros, participando de congressos e festivais nacionais e no mundo. A agência, também não passa um período sem estar de olho e oportunidades no mercado brasileiro e sempre enriquece seu portfólio com mais importantes clientes de peso.
APP
A PROMOBRACE é uma empresa com 12 anos, líder no mercado brasileiro de pulseiras promocionais, vendendo pulseiras de silicone, de led, bate-enrola, bastões e batecos de led, pulseiras com RFID, copos de acrílico com led que brilha quando o líquido é despejado

e agora com realidade aumentada pelo APP.

Atendemos clientes como Rock in Rio, Tomorrowland, Banco Itaú, Ambev, Coca Cola, SporTV, Rede Globo, etc.

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- Ativar objetos 3D, vídeos, imagens, games, realidade aumentada, realidade virtual, gravar vídeo, play vídeo, play áudio, contar histórias em capítulos, sortear, pesquisa Google , Interação com rede social, Interação com outro aplicativo,editar imagens, fotos, ou outras ações que os criativos imaginarem.

Nossas pulseiras serão os gatilhos destes APPs ativando as ações instaladas.

Este APP também poderá utilizar outros produtos como gatilhos, podem ser aceitos projetos com cartões, chaveiros, bastões, copos, porta copos, crachás, etc, como projetos especiais.

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ARTIGO
Há oito anos, em junho de 2008, Steve Jobs encantava o público com o anúncio do outrora icônico iPhone 3G, o qual além da conexão homônima, trazia como grande novidade o acesso a Apple Store. O novo Gadget, apresentado como uma obra de arte nas mãos de um Applemaníaco. O aparelho tinha um design surpreendente, sua tela inteiriça e a maneira intrigante de acessá-lo através dos indicadores, numa época em que o dinossauro BlackBerry era o queridinho dos executivos.
De lá para cá a Apple tornou-se a empresa mais valiosa do mundo, Steve Jobs o grande oráculo da tecnologia, e os smartphones, uma nova categoria de produto, criaram um bilionário mercado de aplicativos e novos modelos de negócios, tais como Uber e Waze. Não obstante o sucesso retumbante da empresa de Palo Alto, pela primeira vez em muitos trimestres a empresa viu seus resultados diminuírem de um trimestre para outro, cuja explicação de seu CEO baseou-se na situação econômica mundial.
Outro olhar interessante pode ser feito utilizando-se a matriz BCG, criada pela consultoria Boston Consulting Group, cujo objetivo é analisar a atratividade do portfólio de uma empresa através de quatro quadrantes: vaca leiteira, estrela, interrogação e abacaxi, conforme o crescimento do segmento e sua participação de mercado. Correlacionemos também ao ciclo de vida do produto: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Segundo o executivo sênior, Marcos Morita.
Apesar da posição confortável com seu caixa recheado e sua marca forte, seu portfólio de produtos demonstra algumas preocupações. O imbatível iPhone, há tempos traz mudanças apenas incrementais, diminuindo o volume de trocas a cada geração. Tablets e PCs veem suas vendas e utilidade caírem a cada dia face a mobilidade e migração aos smartphones, assim como o Apple Watch ainda não disse para o que veio. Enfim, sem produtos que nos deixem boquiabertos como há oito anos, a empresa de Palo Alto corre o risco de ver sua legião de fãs escorrer pelas mãos, tal qual um artista que vive do passado. O ídolo, diga-se de passagem, já nos deixou há 5 anos.

Autor
Publicitário,há mais de 35 anos atua no mercado da Comunicação. Acumula passagens por agência e veículos de comunicação, no Rio Grande do Sul, Brasília e Santa Catarina. Hoje, atua como gestor da Inovação,empresa com foco em representação de veículos e produtos próprios. Foi responsável pela Coluna do Nenê, que era publicada no jornal ABC, do Grupo Sinos, e nas redes sociais.

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