Para recuperar a imagem do Brasil

Demorará um bom tempo. Antes, o processo politico desgastante no que envolveu o impeachment e que rendeu manchetes e matérias mundo afora. Agora, a …

Demorará um bom tempo. Antes, o processo politico desgastante no que envolveu o impeachment e que rendeu manchetes e matérias mundo afora. Agora, a não entrega dos apartamentos para os atletas olímpicos a tempo, a poluição e o lixo na Lagoa Rodrigo de Freitas e no mar do Rio de Janeiro, só para iniciar a relação de problemas e/ou escândalos que abalam a imagem de nosso país no exterior.
E uma imagem leva anos, décadas, séculos (no caso de um país) para ser construída. E bem pouco tempo para ser destruída. Na verdade, basta um escândalo contundente e está feito um estrago de proporções gigantescas na imagem de um país.
O problema não é somente a vergonha que toma conta dos cidadãos brasileiros quando estes fatos emergem, o que não seria pouco. O problema é que um dano de imagem vem acompanhado de um tsunami financeiro: os investimentos no país caem, reduz o número de turistas, o investimento da comunidade científica mundial cai, nossos dados passam a ser levados não tão a sério e o futuro previsto do Brasil tornam-se uma interrogação.
Quando vai participar de uma festa ou evento, o indivíduo tem um capricho a mais: se produz, como se diz. Uma roupa que não aquela do cotidiano, cabelos penteados, postura altaneira, sapatos limpos e lustrados. E o que estão fazendo as autoridades, em especial as do Rio de Janeiro em todo este processo dos Jogos Olímpicos: usando uma roupa rota, deixando que fatos desabonadores ocorram e ganhem visibilidade mundial. E o que é pior, designando-lhes um tratamento absurdamente lamentável.
Porque em termos de gerenciamento de imagem, não importa só o que se faz antes e durante. Importa o que se faz depois. Ou seja, numa crise, fundamental que haja pronunciamento rápido por parte da pessoa, empresa ou governo. Porém, afirmar que colocará cangurus nos quartos da delegação da Austrália? Sinceramente, denota uma maneira terrível de gerenciar as coisas de uma cidade ou país. Brincalhona (com o que não pode se brincar), desleixada, não tendo a postura de um verdadeiro anfitrião, que prima por receber em sua casa os hóspedes com respeito e cortesia, dando-lhes o seu verdadeiro valor. E dando valor a si mesmo, a sua imagem e à relação entre ambos.

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