Quantos influenciam e quantos são influenciáveis?

Com a ampliação do relacionamento da população nas redes sociais, onde a opinião é instantânea e sem "réplica presencial" as pessoas se manifestam sobre …

Com a ampliação do relacionamento da população nas redes sociais, onde a opinião é instantânea e sem "réplica presencial" as pessoas se manifestam sobre "qualquer tema, o tempo todo", externando sua posição, seu apoio, descontentamento ou até mesmo receio.
Para o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião será vital observar a reação social em um ano histórico, onde se conjugam diferentes fenômenos que irão afetar a população e pautar o noticiário, tais como:


  1. Processo de impeachment;

  2. Olimpíada no Brasil;

  3. Desdobramentos da Operação Lava Jato, sendo a maior operação anticorrupção de nossa história;

  4. Crise econômica;

  5. Eleições municipais.


O RS tem, em média, 1/3 de sua população que pode ser considerada como formadora de opinião pelo indicador: pessoas que declaram se interessar sobre política + conversar sobre política.
Estes formadores de opinião concentram-se, principalmente, na população economicamente ativa, com idade entre 16 e 40 anos, curso superior e renda acima de 5 salários mínimos nacionais.
A tendência é que 33,3% dos gaúchos debatam os acontecimentos e tencionem a reflexão com sua rede de relação, para o bem ou para o mal. A pauta deve variar, relacionando os temas que estarão na agenda do país com a tendência de continuidade ou mudança de cada município. Os formadores de opinião são agentes importantes que influenciam e "dão o passo" para a tendência das eleições em cada uma das cidades.
Analisando os formadores de opinião, dentre os 60% que estão nas redes sociais, verifica-se uma tendência de 20% dos gaúchos se manifestarem nas redes sociais sobre questões políticas e seus acontecimentos correlatos, com influência na intenção de voto de sua rede de contatos.
Registra-se que estes formadores de opinião não estão associados diretamente a um partido político, se mostram céticos e descrentes em relação a atual situação política do país. São formadores de opinião por se interessarem por política e gostarem de conversar com outras pessoas sobre o tema. São cidadãos ativos que estarão acionando as redes sociais e exigindo que os candidatos e partidos revisitem suas proposições.

Autor
Elis Radmann é cientista social e política. Fundou o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião em 1996 e tem a ciência como vocação e formação. Socióloga (MTB 721), obteve o Bacharel em Ciências Sociais na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e tem especialização em Ciência Política pela mesma instituição. Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Elis é conselheira da Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia (ASBPM) e Conselheira de Desburocratização e Empreendedorismo no Governo do Rio Grande do Sul. Coordenou a execução da pesquisa EPICOVID-19 no Estado. Tem coluna publicada semanalmente em vários portais de notícias e jornais do RS. E-mail para contato: [email protected]

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