Eu não vou lhe enganar. Se você me pedir para colocar algo no jornal e eu achar que não é notícia, eu vou lhe dizer claramente. Me desculpe, não é por mal. Se me sugerir que chame algum jornalista para conversar, preciso que me diga claramente o real objetivo, senão eu não vou chamar. Se você achar que algo é relevante e eu tiver a percepção (e a experiência em comunicação) de que não tenha tanto valor assim para a sociedade, eu vou lhe falar. E não estou dizendo, de forma alguma, que não é importante para a instituição ou empresa, é apenas uma questão de público-alvo e de adequação de mensagem. O que é de casa sempre tem valor, mas para os vizinhos, talvez não seja tão significativo.
Preciso sempre levar comigo o lema de que como jornalista, não posso mentir. Nem para você, nem para os colegas que estão nas redações, muito menos para aqueles que dependem de informações verdadeiras e relevantes. Estar no jornal não é tudo na vida, mas compõe o todo, com certeza.
A comunicação é feita de tantas outras verdades, de diferentes ações e interações com a sociedade e de um montão de coisas legais que não necessariamente gerem mídia espontânea, mas conquistam antigos e novos clientes, criam empatia pela marca ou simplesmente apresentam o que era desconhecido para públicos potenciais. Por um lado, como assessora de imprensa, eu fico super feliz deste desejo constante de estar na mídia. Mas como especialista em comunicação, sei que há um universo de opções tão bacanas quanto uma notícia, que se complementam e só reforçam a imagem. Cada um tem o seu momento, a sua razão de exposição e o seu papel na comunicação.