Independente da sua escolha, domingo é dia de votar

Nada de dormir até mais tarde. No próximo domingo, dois de outubro, é dia de acordar cedo. Antes de qualquer outra atitude do cotidiano, …

Nada de dormir até mais tarde. No próximo domingo, dois de outubro, é dia de acordar cedo. Antes de qualquer outra atitude do cotidiano, até mesmo as de higiene, ligar o rádio e acompanhar todos os noticiários no rádio e na televisão. Ouvir as entrevistas dos principais candidatos ao cargo de prefeito e uma candidata ao cargo de prefeita de Porto Alegre. Conhecer a rotina deles. Saber onde é o local de votação de cada um deles e dela, hora em que votarão. Quem está acompanhando os (a) prefeituráveis neste dia tão importante. Afinal, dois de outubro é a data do primeiro turno das votações em Porto Alegre para eleger quem administrará a cidade pelos próximos quatro anos.
Não me escondo. Não nego as minhas origens. Não tenho porque mentir. Todos sabem que eu tenho lado. Todos sabem que eu tenho convicção. Todos sabem que eu tenho uma ideologia classificada como de esquerda. Todos que alguma vez nestes anos em que escrevo aqui para o portal já dispensaram alguns minutos para uma leitura das minhas colunas, devem ter identificado a minha total ligação com o Partido dos Trabalhadores (PT). Pego bandeira. Voto nas plenárias do partido. Sou orgânica.
Portanto, não é minha intenção aqui tentar reverter algum voto. Embora, como uma formadora de opinião (sim, se tiver um único leitor ou leitora, já posso me considerar uma), pode ser que eu consiga influenciar alguém (mas juro, não ser meu propósito). Mas não posso deixar de dizer que no domingo, dois de outubro, vou sim votar no 13, no Raul Pont. É o único que já foi prefeito de Porto Alegre, e um dos melhores que esta cidade já teve e para o qual trabalhei durante quase três anos como assessora de imprensa na Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), num dos períodos mais promissores que a capital gaúcha já teve de obras para melhorar a circulação viária.
E fico por aqui na minha indicação de voto. Poderia elencar tantos motivos para você votar no avô do Sebastião e do Matias. Poderia citar tantos títulos que Porto Alegre acumulou na gestão deste homem de 72 anos que já deveria estar em casa descansando, curtindo a aposentadoria (antes que o presidente golpista altere as regras), lendo o Quarto Poder, do Paulo Henrique Amorim, que também ocupa, neste momento, o meu criado mudo. Mas que optou, mais uma vez, em trabalhar pelo partido. Poderia falar que a cidade teve o melhor atendimento do SUS do Brasil na sua administração, falar na qualidade da educação, do transporte público de excelência e tantas outras indicações que só orgulham quem viveu aquele período de Raul na prefeitura.
Mas não tentarei influenciar ninguém aqui nesta coluna. Vou aproveitar os últimos dias antes de dois de outubro para fazer militância, agitar a bandeira vermelha com a estrela do PT, buscar o voto do indeciso, explicar o que Raul já fez pela cidade, reforçar o que ele ainda poderá fazer para que se tenha de novo orgulho e vontade de se viver em Porto Alegre. Uma cidade que seja democrática, participativa, inclusiva, educadora, com segurança, iluminada, com ruas limpas. Uma cidade que encanta, que abriga, que abraça, que recebe e que merece voltar a ser alegre.
Por isso, dois de outubro é um dia especial. Dia de depositar meu voto na urna eletrônica e ouvir aquela campainha que me dá a certeza do dever cumprido. É dia de enfatizar que tenho sim a esperança numa cidade melhor. E para encerrar, pego uma estrofe de uma música usada pelo PT nas suas campanhas no final da década de 90: "uma cidade parece pequena se comparada com um país, mas é na sua, na minha cidade que se começa a ser feliz. Olho no olho quem fala a verdade? Presto atenção e o coração me diz: se a vida ensina, eu sou aprendiz".

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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