Coluna do Nenê

OPINIÃO O homem nem sequer sonhava com eleições de massa, contabilização da miséria ou de abortos quando Santo Agostinho, no século VI, alertou os …

OPINIÃO
O homem nem sequer sonhava com eleições de massa, contabilização da miséria ou de abortos quando Santo Agostinho, no século VI, alertou os bons cidadãos contra "os matemáticos e todos aqueles que fazem profecias vazias". Segundo Agostinho, "o perigo é que eles tenham feito um pacto com o Diabo para obscurecer o espírito e manter o homem no cativeiro do Inferno".
Pactos demoníacos à parte, ainda hoje é com uma boa dose de ceticismo que o brasileiro encara as chamadas estatísticas. Não importa o que pretendam retratar - como vai a saúde ou a economia do país, o que pensa ou como se comporta a população - os grandes números calculados por órgãos oficiais ou institutos particulares são, senão diabólicos, pelo menos muito misteriosos.
A desconfiança tem seus motivos. O brasileiro está se acostumando a assistir a infindáveis bate-bocas sobre a validade dos números que lê. Até parece que atrás de uma pesquisa corre sempre uma polêmica. Quando dois especialistas falam, os que não são do ramo abaixam a orelha. Assim, quem não conhece a metodologia, não sabe o que é variável e nunca viu de perto a tal margem de erro, fica nadando num mar de dúvidas.
Afinal, pode-se ou não confiar no que os números dizem? A dúvida é tanta que o brasileiro já incorporou novas palavras ao seu vocabulário: "chutometria" e "achometria". O termo pode ser definido como "sistema de medir por meio de chutes, quer dizer, por palpites".
Mas nem tudo é tão obscuro ou vago no mundo das estatísticas. A verdade é que elas são fundamentais para a compreensão da realidade. O problema é interpretá-las corretamente. É preciso distinguir, primeiro, os dois tipos de estatísticas - as calculadas por amostragem, como as pesquisas sobre a intenção de voto, e as que envolvem a contagem pura e simples, como o censo da população, feito pelo IBGE.
A amostragem é um dos principais instrumentos da Estatística - a área da matemática que lida com os grandes números. Os estatísticos preocupam-se com o levantamento, a organização e a análise dos dados de um conjunto - a população de um país, as mulheres de uma cidade ou as moléculas do corpo humano. Isso pode ser feito de duas maneiras: contando todos os elementos do conjunto (quando isso é possível), ou contando uma pequena parte e calculando os resultados globais por generalização.
Amostra é uma "fatia" separada para estudo do universo. É como se alguém quisesse descobrir os ingredientes de um bolo de chocolate sem desmilinguir o bolo inteiro e cortasse, para análise, apenas um pedaço.
A base do método de análise de um todo por suas fatias é a teoria da probabilidade, criada por dois importantíssimos pensadores do século XVII - o filósofo, matemático e físico francês Blaise Pascal (1623-1662) e o matemático, também francês, Pierre de Fermat (1601-1665). Em 1654, eles foram desafiados por grandes apostadores a calcular quanto uma pessoa poderia ganhar ou perder em jogos de moedas, dados, cartas e roleta. Foi assim que surgiram as fórmulas matemáticas que definem as chances de um evento ocorrer.
Hoje, a Estatística é ferramenta indispensável em todas as ciências, biológicas, exatas e sociais. Mas não se pode dizer que seja, ela própria, uma ciência. Não se trata, tampouco, de adivinhação ou magia. É um método de "fotografar" o presente e fazer projeções para o futuro."
Para a foto sair com um bom foco, a parcela a ser estudada tem de ser bem escolhida. Voltando ao exemplo do bolo eleitoral brasileiro, para descobrir a quantidade de cada ingrediente que a receita leva, não basta analisar um naco qualquer. É necessário pegar pedaços diferentes e "montar" uma fatia que seja representativa do bolo inteiro.
Para começar, as pessoas não estão distribuídas igualmente pelo território da cidade. Algumas áreas têm uma população maior que outras. É preciso fazer entrevistas em proporção à densidade das regiões.
"Até esse ponto, os institutos de pesquisa empregam o mesmo sistema de definição da amostra - por sorteio e proporcionalidade", explica Örjan Olsén. Sueco, no Brasil há 41 anos, Olsén foi diretor do Ibope e hoje dirige sua própria empresa, a Companhia Brasileira de Pesquisa e Análise (CBPA), em São Paulo. "Daí para diante, podem-se seguir dois métodos diferentes: a amostragem probabilística ou por quotas."
Pelo método probabilístico, tudo tem de ser sorteado dentro de cada setor da cidade: primeiro, o quarteirão, depois, o domicílio e, dentro do domicílio, a pessoa a responder o questionário.
Para representar a totalidade dos eleitores, os entrevistados têm de se encaixar nos diferentes "tipos de pessoas" que existem . São as chamadas variáveis - características, como sexo, idade, ocupação, nível de instrução e situação socioeconômica, que influem na opinião e no voto de cada um.
Assim, como a população brasileira é composta 50% por homens e outros 50% por mulheres, aproximadamente, o número total de entrevistas tem sempre de ser feito dentro dessa proporção.
Qualquer distorção é corrigida por alguns cálculos matemáticos simples. Essas continhas de chegar são as chamadas ponderações.
Na pesquisa por quotas, é diferente. Antes de começarem as entrevistas, é determinado quantas pessoas de cada tipo terá de haver no final. Então, o entrevistador já sai procurando um número definido de eleitores para compor a proporção representativa de cada variável.
O principal objetivo do planejamento rigoroso da amostra é garantir a menor margem de erro na pesquisa. Margem de erro significa exatamente o que o nome diz - um intervalo controlado dentro do qual podem variar os resultados finais. Ou seja, um estudo bem planejado não elimina o erro, apenas o limita.
O que pode parecer um preciosismo metodológico é muitas vezes o detalhe que faz a diferença. Imagine que o candidato "A" tem 34% das intenções de voto e o candidato "B", 30%, numa pesquisa com margem de erro de 3%, bastante comum no Brasil. Isso significa que o instituto só afirma que o candidato "A" está com algo entre 31% e 37% das intenções de voto, e o candidato "B", com 27% a 33% das preferências. Eles podem, portanto, estar empatados, com 33%, ou afastados em até dez pontos percentuais. Prestar atenção na margem de erro é o tipo de cuidado que ajuda a avaliar corretamente as porcentagens que bombardeiam o cidadão. Esses dados e essas aproximações, foram as causas dos grandes erros acontecidos nas cidades do Brasil, em Porto Alegre, prejudicou em muito o candidato Mauricio do PTB, por exemplo aqui na Capital, como errou em vários outros pelo país. O grande problema é que esses números acabam por fazer a cabeça do eleitor, que ao vê-los na sua maioria mudam de candidatos.
Este é um exemplo de "escorregão" metodológico, ou sacanológo. Mas os números podem enganar de outras maneiras. Um erro no sistema de levantamento de dados, na composição da amostra, na elaboração do questionário ou na interpretação dos resultados, sem falar na forma de divulgação, podem ser fontes de equívoco.
Mesmo tomadas todas as precauções, as estatísticas podem ser perigosas para quem as lê desavisadamente. Principalmente em assuntos que representem alguma ameaça à vida. Os hipocondríacos e pessimistas crônicos que o digam. Eles sabem o quanto é fácil se auto incluir em índices crescentes de mortalidade por doenças graves.
As pessoas se esquecem de que, quando se descobre a cura para uma moléstia, a porcentagem de mortes causadas por ela naturalmente cai. Mas, como o total de mortes representa sempre 100%, a porcentagem de óbitos por outras doenças tende a subir. Em se tratando de pesquisa, "o mais provável" é a única expressão que se pode utilizar. Em Estatística não existem certezas - pelo menos enquanto os especialistas não fizerem o pacto com o demônio, tão temido por Santo Agostinho. Ninguém é guru ou adivinho. A única verdade absoluta sobre Estatística é que, por mais próximo que os resultados estejam da realidade, a probabilidade de se acertar exatamente na "mosca" é remotíssima.
MUDANÇAS
A imprensa insiste em dizer que houve 41% de novas caras na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, ou 41% de renovação. Na realidade mais da metade dessas novas caras já eram figuras carimbadas da política, uns em suplência das eleições anteriores e outras que voltaram a concorrer, mas todos esses já faziam parte do mundinho político. Portanto os Porto-alegrenses não renovaram os vereadores, ficamos com a mesma politicagem de sempre.
E21 - DIA DA CRIANÇA
Uma tarde de brincadeiras e ainda um movimento de doações para a Casa de Acolhimento Lar do Menino, de Novo Hamburgo. Esse é o convite da e21 para seus profissionais e as crianças de suas famílias no dia 11 de outubro, em comemoração ao dia dedicado a elas.
A agência vai abrir suas portas para receber os pequenos com guloseimas, piscina de bolinhas, pintura de rosto e outras brincadeiras com recreacionistas.
Os brinquedos e valores em dinheiro recebidos pela equipe serão destinados à contribuição do projeto Meninoteca, um novo espaço de capacitação e estudo que será revitalizado pela JCI (Câmara Junior Internacional) para as crianças que moram no Lar do Menino, visando inseri-los no mercado de trabalho após completarem 18 anos.
Kaiana Adams, Financeiro na e21, participa do projeto e foi quem sugeriu o local para doação. "Essas ações são muito positivas. Esses meninos, como são exclusos da sociedade, ficam felizes com qualquer demonstração de atenção, sejam elas de presentes ou mesmo - e até mais - de atenção e carinho", afirma.
A e21 ainda vai marcar a data lançando no dia 11 o seu perfil no Snapchat. Quem seguir poderá acompanhar o dia da agência. Siga e21agencia.
ARP
A Associação Riograndense de Propaganda (ARP) recebe a partir desta segunda-feira, 10, as indicações para formar o trio de finalistas nas 15 categorias do Salão da Propaganda 2016. Assim como em 2015, além de profissionais do setor, empresas, formadores de opinião e grupos de comunicação, sócios da ARP também podem sugerir em algumas categorias.
As indicações podem ser feitas até o dia 24 deste mês. Já entre os dias 1º e 21 de novembro, sócios da entidade poderão votar em um dos três nomes mais citados em cada categoria. Os vencedores serão conhecidos durante o Jantar da Propaganda, que acontece na Casa NTX, no dia 24 de novembro. Também será realizado durante esta edição do jantar o Prêmio Origens, uma homenagem a empresas e profissionais que foram fundamentais para a história da propaganda gaúcha e contribuíram para o crescimento da ARP.
Confira as categorias:
Empresário ou Dirigente de Comunicação do Ano, Agência do Ano, Anunciante do Ano, Veículo do Ano, Diretor de Criação do Ano, Profissional de Criação do Ano, Profissional de Atendimento do Ano, Profissional de Mídia do Ano, Profissional de Planejamento do Ano, Profissional de Produção de Agência do Ano, Profissional de Atendimento de Veículo do Ano, Profissional de Marketing de Cliente do Ano, Produção Publicitária Eletrônica ou Digital e Produção Publicitária de Imagem Gráfica.
ABA
Com a presença de grande parte do mercado de agências e veículos, mas com poucos clientes, o evento ABA Regional Porto Alegre foi muito bem produzido pela presidente Sandra Martinelli e teve dois bons painéis. O primeiro: "Cases de marcas que têm estratégias para o mercado local", com o André Svartman, diretor-geral de Marketing da Walmart, e Adriana Girão, gerente de Comunicação da Fiat, mediados por Flavio Steiner, diretor de Mercado Nacional do Grupo RBS. O segundo: "Marcas nacionais: desafios e oportunidades", com Luciane Fransiscone, diretora-geral de Marketing Corporativo da Renner, e Rosane Fantinelli, gerente de Marketing Corporativo da Tramontina, mediado por Andiara Petterle, vice-presidente de Mídias Digitais do Grupo RBS.
MOOVE
A nova campanha da Assembleia Gaúcha, assinada pela Moove Comunicação transmídia, partiu do pressuposto do momento político do País, uma política extremamente polarizada, com quase nenhum racional, apenas emocional. A mensagem é totalmente racional, direta e totalmente verdadeira, baseada em uma frase do filósofo grego Platão, transformada a mensagem para linguagem moderna de comunicação. As imagens são fortes e vão direto ao ponto da questão política, são incontestáveis e, sob qualquer ponto de vista, uma reflexão importante, assim como o "chamado" que o texto faz. A criação é de Alexandre Assumpção, Marcelo Billes e Edson Pacheco.
SPR
O paraíso das mulheres loucas por calçados vai começar. De 6 a 16 de outubro, a FENAC, em Novo Hamburgo, será palco da edição Verão 2016/2017 da Feira da Loucura por Sapatos. E quem assina mais uma vez a campanha do evento já consagrado e bastante aguardado pelo público feminino é a SPR.
Seguindo uma pegada forte na moda, com evidência nos produtos-tendência e nas cores que estarão em alta na próxima temporada, a campanha criada pela SPR vibra nas cores quentes da estação, no estilo náutico, que será tendência nos dias de calor, sem deixar de lado a sofisticação e o luxo do verão.
Nas peças, a imagem das pernas de uma mulher acompanhadas de sapato e bolsa já virou um verdadeiro ícone do evento, permitindo que o público feminino reconheça a Feira da Loucura por Sapatos de longe
Consolidado um sucesso desde a primeira edição, o evento é esperado por quem deseja aproveitar descontos de até 70%, além de conhecer em primeira mão as novidades da próxima temporada.
O horário de funcionamento é das 10h às 21h, nos pavilhões da FENAC.
Integram a campanha anúncios, mídia externa, flyers, cartazes, camisetas, spot e VT. Confira o vídeo em www.youtube.com/watch?v=r0oXzT5YERk.
VALE OU NÃO VALE?
Recentemente, uma nova polêmica envolvendo o WhatsApp tomou conta das redes sociais e veículos de notícias por todo o Brasil. Estamos falando do compartilhamento de dados entre WhatsApp e o Facebook. Essa atualização na política de privacidade do aplicativo de mensagens instantâneas gerou um questionamento: Afinal, as informações não eram criptografadas?
Há alguns dias o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor pediu à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça que abra um processo administrativo contra o WhatsApp para garantir o direito à proteção de dados pessoais dos quase 100 milhões de usuários. Isso tem gerado, segundo dados, uma debandada do aplicativo. Muita gente já usa o Telegram como alternativa.
A revisão da política de privacidade obriga o usuário a permitir que os dados de suas conversas sejam compartilhados com o Facebook. Entretanto, isso viola a proteção de dados pessoais garantida pelo Marco Civil da Internet. O curioso é que o aplicativo, diversas vezes se colocou como irredutível aos pedidos da Polícia Federal para divulgar dados de conversas, mesmo mediante a requisição legal, e agora, irá compartilhar essas informações com uma rede social. Isso traz à discussão o motivo de eles só compartilharem as informações quando lhes convém e também sobre a natureza da criptografia utilizada.
O GLOBO
A Agência O Globo apresenta um projeto sobre as conquistas e transformações na vida das mulheres nas últimas oito décadas. Batizado de "Mulheres - Um século de transformações", o trabalho é um projeto multiplataforma que inclui o lançamento de um livro, a realização de uma exposição e dois debates sobre empoderamento feminino. A iniciativa tem patrocínio de Microsoft e Renner e apoio do canal GNT e da ONU Mulheres.
TELETON
Uma pequena doação faz toda a diferença na vida dos pacientes da AACD. É essa a mensagem que a campanha criada pela agência Z+ para o Teleton 2016 quer passar para aumentar as arrecadações do evento, que hoje é uma das maiores fontes de receita da instituição.
O filme de lançamento, que reflete sobre o valor de um passo e de um abraço, mostra um pouco trabalho de recuperação dos pacientes nos hospitais da AACD. Em seguida, lembra o espectador que essas conquistas só acontecem com a ajuda das doações.
"A ideia é mostrar que toda doação, por menor que seja, gera um progresso enorme na vida dos pacientes e das suas famílias", acrescenta Caio Grafietti, um dos criativos responsáveis pela campanha.
A AACD é uma entidade sem fins lucrativos que trabalha na reabilitação e inserção social de crianças e adolescentes com dificuldades de locomoção. A associação conta com 13 unidades e atende mais de 1 milhão de pessoas todos os anos.
Apesar de sua importância, sobrevive por meio de doações que, em conjunturas difíceis, costumam cair drasticamente.
O filme está disponível nos canais on-line da AACD e será veiculado também na televisão.
O Teleton 2016 acontece nos dias 4 e 5 de novembro.
PLIN
Já pensou em alavancar suas ações de marketing e seus negócios usando o WhatsApp? Não?! Quem sabe este não é o momento ideal de pensar nisso?! O WhatsApp é a ferramenta da vez, a que mais cresce em número de usuários no mundo e vai muito além de um simples aplicativo de bate-papo com os amigos. No aplicativo é possível realizar não só vendas, mas também fidelizar clientes antigos e conquistar novos clientes através de planos de comunicação e marketing.
Em tempos de crise, pode ser uma arma simples e barata para você aumentar ou manter seus lucros.
Pensando em todas as vantagens da ferramenta, os publicitários Mariana Petek e Marcel Viero trazem a Porto Alegre o curso "WhatsApp Marketing - Como utilizar a ferramenta no seu plano de comunicação?".
O curso acontece no dia 20 de outubro, das 18h às 20h30, no Farol Coworking, Rua Coronel Bordini, 487, 3º andar. O valor da inscrição é R$ 165 e se dará também pelo WhatsApp (51) 9455.9255.
BUSCANDO O NOVO
Os problemas da economia brasileira dos últimos anos levaram ao aumento do número de demissões nas empresas. Já são mais de 12 milhões de desempregados em todo o país. E nem mesmo profissionais com muitos anos de casa, que poderiam se imaginar com alguma estabilidade, têm sido poupados.
Entretanto, há duas formas de ver uma crise: como obstáculo ou como oportunidade. Nas épocas de incerteza, as pessoas devem repensar o que estão fazendo, perceber seus pontos fortes e aptidões e se preparar para novas formas de ganhos.
Muitas profissões novas surgiram nos últimos anos e outras ainda estão sendo criadas, acompanhando um mundo que muda muito rápido. É provável que as futuras ocupações de nossos filhos e netos ainda nem existam.
Pensando "fora da caixa", pessoas estão criando formas diferentes de ganhar dinheiro e modelos inovadores de negócios. Aos poucos, o trabalho tradicional, com seus horários e locais definidos, começa a coexistir ao lado de startups, de empresas sem espaço físico formal, de profissionais atuando em home office e muitas outras possibilidades.
A boa notícia é que existe espaço para todos. A única exigência é não ficar parado esperando que as coisas aconteçam. Precisamos nos questionar e correr atrás de nossos sonhos. Cada um de nós possui um capital valioso: a experiência acumulada ao longo dos anos, que é uma ferramenta poderosa para começar um novo caminho. O conhecimento, a ética e a necessidade também são boas ferramentas para os iniciantes.
Segundo Célia, o primeiro passo é a pessoa enxergar a sua situação atual por uma nova ótica, identificando onde está e onde quer chegar, e quais são seus pontos fortes e a desenvolver. E, se necessário, deve buscar apoio especializado. "Com autoconhecimento, foco e um plano de ação definido, o caminho para a mudança e a realização dos objetivos.
IMPOSTOS
Oito em cada 10 brasileiros afirmam reconhecer o pagamento de impostos. A informação é de pesquisa realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos com 1,2 mil pessoas em 72 municípios do País. Neste ano, 78% informaram ter consciência de que pagam impostos, uma alta de 5 pontos percentuais em relação ao ano passado e o maior índice já registrado pela série histórica, iniciada em 2007. Na avaliação por classe econômica, as classes A e B demonstram maior conhecimento sobre o pagamento de impostos. Quase a totalidade (94%) afirmou que paga impostos, contra 76% dos brasileiros da classe C e 63% das classes D e E.
OUTUBRO ROSA
Uma sombrinha é sempre sinônimo de proteção. Seja contra a chuva ou contra o sol, representa um item fundamental para quem deseja se precaver. Neste ano, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre abraçou esse conceito para colocar em prática a campanha do movimento Outubro Rosa. Com uma iluminação especial, a instituição instalou mais de 100 sombrinhas "protegendo" o pórtico principal da Av. Independência e a entrada do Hospital Santa Rita (HSR), especializado em todos os tipos de tratamentos oncológicos.
Com o conceito "A melhor cura é a prevenção", a campanha também tem como destaque o ícone de uma sombrinha rosa estilizada, em que a base representa dois seios. Os anúncios de jornal, as peças utilizadas nas redes sociais, os spots de rádio, as mídias em cinema e out of home reverberam a partir disso a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de câncer de mama.
A campanha do Outubro Rosa da Santa Casa tem coordenação da gerente de Comunicação e Marketing da instituição, Andréa Schüür, e planejamento da CDN Sul.
MERCOPAR
A 25ª edição da Mercopar, reconhecida como a mais importante feira de subcontratação e inovação industrial da América Latina, que começou dia 4, e seguiu até hoje em Caxias do Sul, contou com novas tecnologias e soluções em manufatura aditiva. Entre as inovações, destaque para as impressoras 3D desktop e o robô de telepresença utilizados para prototipagem e o acompanhamento remoto da execução dos trabalhos dentro das indústrias. Os equipamentos, cada vez mais procurados no exterior, têm feito sucesso também no Brasil em diversas áreas.
Seguindo o tema do evento deste ano que é a superação econômica, foram apresentados equipamentos capazes de dar mais vantagem competitiva às empresas como é o caso das impressoras 3D. Recentemente, a MakerBot - líder na fabricação mundial de impressoras 3D desktop e que representamos no Brasil - anunciou uma nova geração de equipamentos capazes de criar protótipos ou materializar peças em um período menor de tempo, com menos material e muito mais fiel ao projeto original. O uso de matérias primas mais resistentes também é mais um fator decisivo na hora de incorporar esses equipamentos aos processos industriais.
Outra novidade que a Wishbox Technologies trará a Mercopar é o robô de telepresença Double. Ele tem se tornado uma ferramenta útil dentro dos escritórios e linhas de produção das fábricas por aproximar executivos e diretores de suas equipes.
Durante o evento foram realizadas mais de mil reuniões nas rodadas de negócios.
PROPEG
A Polícia Federal deflagrou na terça-feira, 4, uma nova operação para investigar supostos financiamentos ilegais em campanhas políticas na Bahia e em contratos do Ministério das Cidades. Entre os alvos dos 16 mandados de busca e apreensão, está a agência Propeg.
De acordo com informações da Agência Brasil, a suspeita da Polícia Federal é que as partes investigadas realizassem triangulações com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais. A Polícia ainda suspeita que os ex-ministros Mario Negromonte e Márcio Fortes teriam recebido propina para beneficiar a Propeg na licitação que a definiu como uma das detentoras da conta publicitária do Ministério das Cidades. Atualmente, na lista oficial da Secom, a conta do Ministério das Cidades não aparece vinculada a nenhuma agência.
MÍDIDA PROGRAMÁTICA
Ao incentivar os quatro atores da área de publicidade - anunciantes, criativos, mídias e publishers - a compartilharem seus dados para melhorar a personalização das campanhas, a mídia programática apresenta-se ainda com um grande desafio para o mercado. Por mais que não tenhamos dúvidas sobre seu potencial, a programática vem sendo pouco utilizada por grande parte dos criativos, em particular das agências menores, e deixa muitos profissionais impressionados com os recursos possíveis e resultados alcançados.
Um estudo recente realizado pela Turn no Reino Unido analisa as dificuldades que os criativos enfrentam para dominar o conceito de publicidade programática. Todos concordam que a mídia programática oferece diversos dados essenciais, como comportamento do usuário, perfil demográfico, tipo de conteúdo consumido, centros de interesse, entre outros. Porém, avaliam também que, apesar de essenciais, esses dados ainda não são usados pelos pensadores criativos no momento de concepção da campanha.
O estudo mostra também que a divisão de trabalho desempenhado entre as marcas, mídias e agências impede o uso completo e otimizado desses dados essenciais pelos criativos. Analisando mais especificamente, o estudo mostra que 35% dos criativos ingleses têm a sensação de que as marcas têm dificuldade para compartilhar seus dados, 29% deles seguem com esse mesmo receio entre agências de mídia e agências de criação. No entanto, 88% dos respondentes afirmaram ter uma necessidade de dados úteis para conseguir anúncios verdadeiramente personalizados. Dois terços dos participantes admitiram que, pelo menos, metade ou a totalidade dos seus trabalhos requer o uso desses dados sofisticados para enriquecer a concepção da mensagem publicitária. Isso ocorre desde a primeira fase, na criação do conceito da campanha.
Além da falta de compartilhamento de dados, a pesquisa aponta que apenas 11% dos criativos de pequenas agências do Reino Unido estimam ter noção de publicidade programática. Enquanto isso, nas agências maiores, esse número sobe para 59% dos criativos.
Quando trazemos esse conceito para o mercado brasileiro, vemos que a divisão e falta de compartilhamento de dados também ocorre por aqui, apesar de não haver um estudo nacional que já comprove os dados locais.
É preciso considerar também que os anunciantes brasileiros não estão inseridos 100% no digital. Em parte, isso se deve ao fato do formato off-line ser ainda muito forte no País, em especial no consumo de conteúdo televisivo. Contudo, esse é o momento determinante para inovar e buscar novas formas de rentabilizar o investimento publicitário. Os grandes anunciantes de TV, por exemplo, podem agora maximizar o impacto de suas campanhas por meio da criação de um relacionamento real com os usuários de internet.
Isso é possível com o uso de formatos interativos que já integram a parte criativa do projeto. Essas soluções que fornecem um benefício real para as marcas existem e são muito simples de instalar. No entanto, até o momento, são pouco exploradas pelos anunciantes, pelo simples fato de estarem fora dos seus escopos e também por necessitarem integrar rápida e simultaneamente uma diversidade de novos parâmetros.
Ao efetuar essa integração, os anunciantes podem inserir a abordagem programática no processo de criação das campanhas, utilizando tecnologias que ainda não dominam. Esse processo possui uma implementação muito complexa, especialmente para quem não tem domínio do assunto.
Esses desafios permanecem também do lado das agências. São elas que refletem a oferta e, principalmente, as necessidades e exigências dos anunciantes. Se os anunciantes não as desafiarem a inovar, poucas irão trazer de maneira espontânea essas novas ofertas. Isso ocorre geralmente por questão de tempo e recursos limitados. Por que, então, gastar muito tempo para educar o cliente sobre novos conceitos, considerando que o tempo é precioso e tem impactos significativos em termos de margem de lucro?
Apesar dos grandes desafios em relação ao manuseio e complexidade da tecnologia, a publicidade programática é um Eldorado que oferece possibilidades ilimitadas aos anunciantes. Embora eles já tenham noções dos principais conceitos (como data, DMP, SSP, DSP, private marketplace e outros), ainda estão longe de ter um controle completo da técnica. E não sabem, por exemplo, quando e como usá-la ou, até mesmo, como integrá-la ao processo de criatividade. Porém, precisam considerar que, ao adicionar os custos de tecnologia à estratégia da campanha, é possível ter um impacto maior no volume final de compra.
Para concluir, não podemos prever o futuro, mas já observamos que existem dois perfis de marcas: os testadores, que gostam do "test & learn" e não têm medo de assumir alguns riscos, e os seguidores. Os primeiros são avant-garde e não vão hesitar em incorporar o programático na criação, empurrando as agências a seguir esse caminho. Já os seguidores são mais cautelosos e, eventualmente, seguirão a evolução dos testadores para fazer como todo mundo, mas ainda com um atraso de tempo. A longo prazo, o tempo vai permitir que as agências sejam melhores treinadas e repassem esse potencial também para os anunciantes.
E-COMMERCE
A ComSchool, escola de cursos em negócios digitais, anuncia a primeira turma do Programa Avançado em Gestão de E-commerce, Pagec, voltado exclusivamente para profissionais que já tenham experiência mínima comprovada de dois anos à frente da gestão de lojas virtuais.
De acordo com Fabrizzio Topper, sócio da consultoria Topper Minds e coordenador do curso, "o amadurecimento do e-commerce brasileiro possibilita que já tenhamos um número significativo de executivos aptos a fazer o curso. Serão aulas para troca de experiências que valerá mais que tudo".
O conteúdo programático foi dividido em trilhas do conhecimento, que incluem táticas avançadas e gerenciamento com performance de operações online.
As aulas acontecerão às segundas-feiras das 19h às 23h, durante sete semanas, mais dois sábados. A data de início da próxima turma é dia 17 de outubro.
O Pagec pode ser feito presencialmente em São Paulo ou à distância pela modalidade online ao vivo.
Mais informações em http://socia.is/pagec ou pelo e-mail: [email protected]. Telefones: SP: (11) 4766.9000 / RJ: (21) 3513.0632 / RS: (51) 3103.0019 / SC: (48) 3771.0239
TIME DE OURO
Porto Alegre recebe nos dias 22, 23, 29 e 30 de outubro e 5 e 6 de novembro o curso "Formação em Coaching". Desenvolvido pelo Instituto Companhia de Vida, é indicado para pessoas que querem se formar e atuar na área, coaches que ainda não trabalham ou não se sentem seguros e gestores que pretendem aprimorar o relacionamento com suas equipes.
O instituto preparou um time de ouro para ministrar o curso:
Formado em Ciências Jurídicas pela Uniritter, Marcio de Oliveira atua desde 2012 como coach de alta performance com qualidade de vida. Possui formação em Programação Neurolinguística (PNL), pelo INEXH - Instituto Nacional de Excelência Humana, formação em Life Coaching com PNL, pelo Instituto Humanize, além de ser Trainer em Dinâmicas de grupo e diretor do Instituto Companhia de Vida.
Paulo André Jukoski, mais conhecido como Paulão do Vôlei, integrou a seleção de vôlei que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona (1992), participou também dos jogos de Seul (1988) e de Atlanta (1996). Depois de se aposentar das quadras, Paulão assumiu a carreira política, com contribuições ao Ministério dos Esportes, e apoiando projetos esportivos voltados para a educação e a inclusão social. Também é técnico do Bento Vôlei, coach e palestrante. Paulão traz a vivência das táticas e técnicas do coaching esportivo e a experiência de quem teve uma carreira longa e vitoriosa como atleta de alto nível.
Formada em Administração de Empresas pela Unisinos e pós-graduada em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, Cristina Berenguer Dantas possui formação em Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching. Atua como coach e executiva na empresa Cristina Dantas Educação Corporativa Coaching e na Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental, além de ser professora de Gerenciamento de Recursos Humanos na FSG - Faculdade da Serra Gaúcha.
O curso será realizado no Hotel Mercure Manhattan (Av. Miguel Tostes, 30) e oferece entrega de certificado e benefícios que incluem: conhecimento e confiança para usar as ferramentas de coaching, ótima oportunidade no mercado de trabalho, capacidade de trabalhar com eficácia e ter uma formação abrangente e focada em Coaching. Mais informações pelo e-mail [email protected].
CRIS DUCLOS
A cláusula de sigilo que impedia a divulgação da forma da rescisão do contrato entre a Telefônica Vivo e sua ex-diretora de imagem e comunicação Cris Duclos foi quebrada na primeira audiência na justiça sobre o "caso Vivo", realizada na quinta-feira, 29, na 33ª Vara Trabalhista de São Paulo. A demissão da executiva, em junho, foi feita sem justa causa e com indenização. Para Cris Duclos, trata-se de uma primeira vitória no que ela chama de "luta pela reputação". "Como alguém é demitido por irregularidades e não é demitido por justo motivo? Isso prova que nada fiz de errado", declarou através de sua assessoria de imprensa.
Os demais pleitos de Cris Duclos nesta ação judicial serão discutidos em uma próxima audiência. No mês passado, ela acionou na justiça a Telefônica Vivo, pedindo reintegração de seu emprego e instalação de uma sindicância interna pela empresa.
Entenda o "Caso Vivo"
Desde o dia 21 de julho, a ex-diretora de Imagem e Comunicação da Vivo, Cris Duclos, e seu marido, o publicitário Ricardo Chester, atual diretor de Criação na AlmapBBDO, estão envolvidos publicamente em um suposto caso de corrupção privada contra a empresa de telefonia, que teria sido praticado em conluio com agências de publicidade e outros fornecedores de marketing. Naquela data foi publicada pelo Valor PRO - serviço de notícias em tempo real por assinatura do jornal Valor Econômico -, a primeira reportagem sobre o caso, que, nas semanas anteriores, era um tema bastante comentado nos bastidores do mercado. Diversos blogs e outros veículos de mídia, inclusive do exterior, passaram a noticiar o assunto. Em geral, baseados em informações de fontes informais, publicaram que Cris Duclos foi demitida após o CEO da Telefônica Vivo, Amos Genish - egresso da GVT e no cargo desde maio do ano passado -, ter determinado investigação interna que teria comprovado desvios financeiros em contratos da área de Marketing. Algumas reportagens, como as da rádio Jovem Pan e da TV Bandeirantes, disseram que o caso havia gerado rombo de R$ 27 milhões. Chester foi envolvido na polêmica acusado de receber propina através de seu contrato com a Africa, uma das agências que atende a conta da Vivo e onde ele atuou entre 2012 e 2014.
Apesar da repercussão, com exceção de comunicados oficiais lacônicos, nenhum diretor da Telefônica ou de qualquer outra empresa que trabalha com o anunciante falou publicamente sobre o assunto. A única manifestação pública da Telefônica foi uma resposta formal à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que, baseada em reportagem do Valor Econômico, questionou a empresa sobre a auditoria interna. Na resposta, do dia 26 de julho, a área de relações com investidores da Telefônica disse que auditorias e revisões em procedimentos e contratos são "atividades rotineiras", mas negou qualquer procedimento em curso "com as características referidas" na reportagem do Valor. Sobre a demissão de Cris Duclos, reiterou a "prática de não comentar questões dessa natureza". Embora o caso tenha continuado na pauta de alguns veículos da mídia, a Telefônica se restringiu ao comunicado à CVM e não quis se pronunciar mais sobre o caso. O mesmo fizeram as três agências de publicidade que atendem a conta da Vivo. Africa, DPZ&T e Y&R assinaram comunicado conjunto, distribuído no dia 29 de julho, que se limitou a repetir a declaração da Telefônica à CVM.
No dia 13 de setembro, Cris Duclos entrou com ação judicial na 33ª Vara do Trabalho de São Paulo contra a Telefônica, pedindo reintegração de seu emprego e instalação de uma sindicância interna pela empresa. No dia seguinte, ela e o marido receberam a reportagem de Meio & Mensagem - no mesmo dia também falaram a outros veículos -, se disseram vítimas de boatos que ferem a reputação de ambos e até impedem a recolocação profissional de Cris Duclos e anunciaram as medidas práticas que tomaram para tentar resolver o caso. Até então, além da executiva ter atendido a reportagem do Valor antes da publicação inicial e de um post conjunto com o marido no Facebook no dia 29 de julho, eles também não haviam falado com a imprensa sobre o caso, que, segundo eles, trata-se de uma "luta pela reputação" do casal.
"Antes de entrar na justiça, nós tentamos negociar amigavelmente com a Vivo. Os advogados ficaram semanas conversando, para que a Vivo se pronunciasse. Pedimos simplesmente uma declaração da empresa. Como não conseguimos, entramos com um pedido de liminar. Não se trata de uma briga com a Vivo, é um pedido formal, através da justiça, para que haja uma sindicância que eu, ou alguém que o juiz determinar, possa acompanhar. Meu objetivo é que sejam abertos os documentos, para provar que eu não fiz nada errado. Se existe alguma denúncia, alguma irregularidade, eu tenho o direito de saber para o contraditório. Se não houve nada, quero que a empresa se pronuncie. Essa história não foi encerrada, fica parecendo que foi abafada. Eu quero buscar a prova da minha inocência", explicou Cris.
Para a ex-diretora, o fato da Vivo não negar de forma mais enfática as acusações contribui para o "alastramento do boato", prejudicando sua reputação profissional e sua recolocação no mercado - segundo ela, pelo menos dois processos seletivos nos quais estava incluída foram interrompidos após o caso. Cris disse que fez diversos contatos com diretores da Telefônica e enviou e-mails inclusive para o CEO Amos Genish, pedindo que eles se pronunciassem publicamente, o que não aconteceu. "O Valor me disse ter ouvido a informação de fontes do alto escalão da empresa", frisa ela. "Não houve descredenciamento de nenhum fornecedor, de nenhuma agência, não só de publicidade, mas de qualquer disciplina, e não houve nenhum código de ética feito. Se tinha uma irregularidade, um desvio, teria de ter mais alguém envolvido. Só sobrou eu nessa história? Onde está a irregularidade? Com qual fornecedor? Quem da equipe participava? Eu nunca negociava valores, o que era feito pela área de compras. Qualquer contrato da empresa era assinado por dois diretores e autorizado pelo jurídico. É um processo bastante rígido", disse Cris.
Sobre a acusação de ter sido contratado pela Africa após a agência vencer uma concorrência da Vivo, por salário acima do mercado, Chester diz que quando chegou à agência a conta já estava lá há anos. "Não tive salário milionário e coloquei duas condições para ir para a Africa: que a Vivo fosse consultada para saber se havia alguma restrição, porque a última coisa que quero na vida é atrapalhar a carreira da Cris, e que eu, em hipótese alguma, trabalhasse em campanhas para a empresa".
Além do processo judicial, Cris e Chester contrataram a auditoria financeira Grant Thornton, para analisar os seus ganhos e movimentações financeiras nos últimos cinco anos. "É uma iniciativa nossa para deixar claro que não temos absolutamente nada a esconder. Que o nosso patrimônio é compatível com o de um casal que guarda dinheiro há vinte anos. Contratamos a quinta maior auditoria do País, a fim de provar que não temos o produto desse absurdo dos R$ 27 milhões. Eu e minha mulher somos vítimas de uma coisa muito cruel. Temos provas de que somos vítimas de uma armação, cujos interesses nós desconhecemos. E, mais ainda, é uma coisa absurda que tudo isso seja comentado e até hoje não exista uma denúncia oficial, não há a cara de quem está falando isso, as três agências que atendem a Vivo continuam trabalhando para o cliente, que não reclama nada. Mesmo assim, as pessoas acreditam na boataria. O veneno circula, e nós não fizemos nada. Ter que falar da própria inocência é muito doloroso. A calúnia é muito danosa, nossa vida está de ponta cabeça e nós temos medo da perspectiva de futuro", disse Chester. "Com a auditoria, que leva 15 dias, queremos provar que não houve recebimento de nenhum dinheiro ilícito. Nem R$ 1 mil, nem R$ 27 milhões", acrescentou Cris. O casal está sendo assessorado pela Peixoto & Cury Advogados e pela Giusti Comunicação.
RADAR JOVEM
A quinta edição do estudo Radar Jovem, realizado pela B2, mostrou que os maiores anunciantes do mercado não são, necessariamente, os mais lembrados pelos jovens. Os cinco maiores segmentos com o investimento do mercado mais significativo são: personnal care (21,2%), varejo (16,1%), bancos (12,9%), bebidas (8,4%) e bens de consumo (8,3%). Em contrapartida, o TOP 5 dos mais lembrados entre os jovens foram: bebidas alcoólicas / não alcoólicas (20%), alimentos: (8%), campanha Social (7%), moda (6,7%) e beleza (6%). A mesma tendência foi notada com os próprios anunciantes.
O maior anunciante de 2016, de acordo com dados do Kantar Ibope Media, foi a Genomma, seguido por Via Varejo, Unilever, Hypermarcas e Caixa. Porém, as marcas mais lembradas pelos jovens foram: Coca-Cola (8,2%), Heineken (4,6%), Boticário (3,0%), Bradesco (2,7%) e Habib"s (1,6%).
Já no digital, as marcas mais lembradas pelos jovens foram: Heineken (4,04%), Coca-Cola (2,85%), Dafiti (2,81%), McDonald"s (1,88%) Boticário e Nike (1,65%). Um ranking elaborado pela Pontomobi, que leva em consideração presença, ferramenta e experiência, apontou que as cinco marcas mais presentes no digital foram Oi, Porto Seguro, Itaú, Bradesco e Vivo.
De acordo com o estudo, 35% dos jovens brasileiros citaram o Facebook como veículo em suas campanhas mais lembradas. A plataforma digital das redes sociais também está entre as acessadas, sendo que 58% tem lembranças de propaganda pelo Facebook, 20% pelo Youtube, 18% Instagram e 10% sites. Com esse foco, é possível notar que o investimento em publicidade digital no Brasil teve uma expansão de 12% de 2014 a 2015, alcançando R$9,3 bilhões, conforme levantamento do InteractiveAdvertising Bureau (IAB) em parceria com a ComScore.
Para 2016, a expectativa do IAB é chegar a R$ 10,4 bilhões - aproximadamente 30% do valor total investido pelos maiores anunciantes. Nesse panorama, o mobile surge como o canal mais assertivo para que as marcas se comuniquem de forma eficaz com o público hiperconectado.

Autor
Publicitário,há mais de 35 anos atua no mercado da Comunicação. Acumula passagens por agência e veículos de comunicação, no Rio Grande do Sul, Brasília e Santa Catarina. Hoje, atua como gestor da Inovação,empresa com foco em representação de veículos e produtos próprios. Foi responsável pela Coluna do Nenê, que era publicada no jornal ABC, do Grupo Sinos, e nas redes sociais.

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