Coluna do Nenê

OPINIÃO O bem e o mal. O certo e o errado. O moral e o imoral. O justo e o injusto. Não se deve …

OPINIÃO
O bem e o mal. O certo e o errado. O moral e o imoral. O justo e o injusto. Não se deve confundir valorações com valores. A justiça, o direito, a moral, o bem, são valores absolutos, os quais deveriam reger a vida de qualquer ser humano desde que este se entendeu como tal, até que resista à extinção.
Quando, onde e porque é justo ou injusto, certo ou errado, bom ou mal, moral ou imoral fazer ou deixar de fazer algo, são elementos temporais e espaciais, portanto relativos, pertencentes aos momentos históricos.
Desde que o ser humano passou a raciocinar, ou seja, observar, apreender, comparar, experimentar, questionar e concluir, sempre disposto a mudar caso provado outra conclusão, os conceitos do bem e do mal não mais se limitaram aos escritos religiosos. Independentemente da crença religiosa, o sujeito passou a compreender o que era e é fazer o bem e fazer o mal, seja para si mesmo, seja para outrem ou ainda para a comunidade.
A velocidade com que a raça humana proliferou e se multiplicou foi tamanha e em condições tão diversas que o entendimento primordial de se fazer o bem pelo bem, acabou se perdendo diante da necessidade de alimento, abrigo e preservação. Na verdade, os mesmos elementos que ainda impedem a raça humana de evoluir como um todo, não ideal, mas unido em diferentes etapas.
Relações humanas, troca de bens, troca de interesses e a diferença entre as relações humanas e as equações químicas é que os átomos não são egoístas. Mesmo quando mais densos ou complexos, combinam-se para que o objetivo seja melhor conjuntamente.
Todos. Todos mesmo? Será? E o cara que não foi à escola? E o analfabeto? E os demais tidos como excluídos das possibilidades de crescimento pessoal? Sim, todos devem ser considerados. Não existe conceito de evolução da espécie enquanto alguém ficar de fora da escala de aprendizado, comunitário e individual. Isso só é utopia para quem não pretende colaborar com o próximo. No mais, é projeto de crescimento conjunto, cada um no seu tempo, mas todos crescendo.
A internet com suas redes sociais, blogs, mini blogs, comunicadores instantâneos, posts, vídeos online, gravações clandestinas e amadoras, denúncias e polêmicas está contribuindo para que os conceitos do bem e do mal não mais residam em cartilhas impostas pelo governo de um país ou de um grupo.
Na essência, todo ser humano sabe o que é bom ou mau. Sabe o que significam o bem e o mal. Seja para si mesmo seja para o semelhante. Na essência. Variáveis como meio familiar, cultural, socioeconômico e similares afetam tais conceitos um tanto.
De nada adianta expor o problema sem, no mínimo, apresentar uma sugestão viável de solução.
Logo, um conceito interessante de fazer o bem, é atentar que o ato em si repercuta o máximo possível além do sujeito imediato que o recebe. Por exemplo, dar esmola sem saber o que será dela é um desastre. Oferecer um recurso qualquer sabendo que aquilo passará além de quem recebe é um bom indício. Aulas, livros, orientação, paciência. O bem além do alguém.
É de se presumir que fazer o bem sem saber a quem não é propriamente uma boa ação, tratada assim. É preciso fazer o bem inicialmente sabendo a quem, imaginando que tal bem alcançará outros, esses sim, os que não se sabe a quem.
E para que não se possa falar de teorias inaplicáveis, é sugerido que se pare apenas com as críticas ao Estado, Governo e governantes por serem omissos ou distantes para com seus governados. Apenas falar, não leva a nada. Para cobrar o bem, faça o bem.
O eleitor que rendeu voto ao atual governo o fez por deseducação e necessidade. Como será possível mostrar o que está errado, senão pelo reconhecimento do sofrimento genuíno experimentado por ele? Isso é fazer o bem pelo bem comum.
Investindo tempo e recursos nos que estão à volta, propagam-se a educação e o conhecimento, elementos de uma nação forte e consciente.
Não se trata de parar de protestar a respeito do assalto tributário exercido pelo Fisco Brasileiro em todas as esferas, mas, sim, de fazer o que os governantes não fazem com tais recursos: educar nossa gente. Educar para que se lembrem desde a infância, como reconhecer o que é o bem e o que é o mal.
Depender de qualquer pessoa ou órgão é bastante mau. O bem maior é ser independente para agir e pensar, sempre. Todos podem ajudar. Não basta ser consciente, é preciso se comprometer em fazer.
PRODUTO PARA IDOSOS
A geração dos millennials tem estado no centro das conversas sobre consumo e comportamento, e as marcas têm elaborado estratégias exclusivas para este público. Por outro lado, existe uma faixa etária ainda pouco observada pelas empresas: os idosos. Uma pesquisa divulgada esta semana pelo SPC (Serviço de proteção ao crédito) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 67% dos idosos são os únicos decisores sobre as compras que fazem, mas três em cada dez (34%) afirmam sentir falta de produtos para a terceira idade.
Para o levantamento, foram consultados 619 consumidores com idade acima de 60 anos de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras, entre agosto e setembro deste ano.
"Nas próximas quatro décadas a população da terceira idade deve triplicar, chegando a mais de 66 milhões de pessoas, quase 30% da população. O mercado, portanto, deve se preparar e conhecer cada vez melhor as especificidades deste consumidor a fim ampliar sua participação no mercado e sua lucratividade", disse Honório Pinheiro, presidente da CNDL, em comunicado à imprensa.
Embora a maioria dos idosos garanta ter autonomia para decidir como gastar o próprio dinheiro, boa parte se ressente da falta de produtos pensados para atender às suas necessidades. De acordo com 13% participantes, os produtos que mais fazem falta são celulares com teclados e telas maiores, seguidos de locais para diversão e roupas. Em relação às roupas, 17% acham que é difícil comprar, uma vez que encontram peças para pessoas muito idosas ou muito jovens.
"É um consumidor que nem todo mercado está preparado para tratar, e não existem lojas especializadas. As marcas se preocupam com a geração atual e esquecem uma grande massa de pessoas que detêm o capital e tomam as decisões", avalia Marcos Callegari, diretor de projetos da Escopo Geomarketing, especializada em pesquisa de mercado.
Para ele, o setor de tecnologia tem pecado em atender essa população, que já é grande, e assim perdido potencial de mercado. O setor automobilístico, por sua vez, tem aproveitado melhor esta possibilidade. "Neste setor, quando falamos de carros de alto custo como SUV"s, cerca de 60% dos decisores de compra têm mais de 60 anos. É um produto pensado para a melhor idade, desde o conforto, design e acessibilidade", conta Marcos.
Quando se trata de atendimento e pontos de venda, 70% dos idosos acreditam que é preciso haver melhorias. Três a cada dez idosos acreditam ainda que os rótulos devem ser mais fáceis de serem lidos.
A pesquisa mapeou também os desejos de consumo da terceira idade. Até o fim do ano, desconsiderando compras de produtos básicos para a residência, os entrevistados pretendem comprar roupas (29%), viagens (20%) e calçados (19%). Mais da metade dos entrevistados pretendem comprar produtos ou serviços que demandam uma quantia financeira maior nos próximos 12 meses, como viagens, eletrodomésticos e tratamentos dentários estéticos. Nos últimos 12 meses, 55% e 10% dos entrevistados fizeram viagens nacionais e internacionais, respectivamente.
"Os idosos querem comprar produtos desenvolvidos especialmente para eles, mas também desejam diversidade e qualidade. O momento é de oportunidade de grande potencial em segmentos como os de lazer, serviços, logística e saúde", concluiu Honório.
Já os meios de comunicação mais consumidos pela terceira idade são TV aberta (80%), rádio (50%), TV por assinatura (45%) e internet (43%). Ente os conteúdos que interessam este público estão novelas, filmes e saúde.
CANADA
Lu de Almeida, que foi Mídia muito tempo em Brasília, está de bagagens prontas para mudança para o Canadá.
FRILA
Uma das Mídias que mais entende de governo e Banrisul está fazendo "frila" na Moove. JamineTorma.
SAIDA
Depois de sair da Gobal e ir para a 3YZ desempenhar as funções de executiva de Mídia, Laura Silveira vai para um negócio próprio.
MARKETING
Falam e comentam que um grande e competente publicitário está indo para a área de Marketing de um anunciante.
OUTDOOR SOCIAL
É a nova representação da Armazém de Mídia para o Rio Grande do Sul e para o Paraná. Um produto de muita relevância para a classe C e com resultados para todos.
PRÊMIO PRESS 2016
Faltam poucos dias para a festa do maior e mais disputado prêmio do Jornalismo brasileiro e para conhecer os melhores profissionais de imprensa do ano.  A 17ª edição e premiação será na Assembleia Legislativa do Estado no próximo dia 22 de novembro de 2016.
OJO 2016
Essa é a opinião de Priscila Abreu, coordenadora de Mídia da agência e21, que participou do festival EL Ojo em Buenos Aires, na Argentina, junto com outros profissionais da agência, inclusive o diretor-presidente Luciano Vignoli.
O El Ojo 2016 foi bem surpreendente em questão de conteúdo. Menos pirotecnia, mas a "DR" (discutir a relação) refletiu, na verdade, o que estamos vivendo todos dos dias aqui no Brasil, na Argentina, na Colômbia, enfim, na nossa realidade latino-americana. Estamos esquecendo de fazer o bom, de contar verdadeiramente histórias das marcas para pensar primeiro na tecnologia que, diga-se de passagem, não é o nosso forte por aqui. Na palestra de Sérgio Gordilho, copresidente e diretor-geral de Criação da Agência África, ele relatou muito isso: "Lo nuevo te puede hacer parecer moderno. Lo bueno te puede hacer referencia."
Outro tema que me marcou bastante foi a palestra da Monica Moro, sobre como salvar a alma de um criativo. A diretora-geral de Criação da McCann Espanha, refletiu novamente que apenas 3% são mulheres estão nessa área, mas que são elas as principais consumidoras. Estranho, não? E que a publicidade muitas vezes é o preço que se paga por não ter produtos atraentes. Então? Imagina o nível de discussão a partir daí.
Alguns conselhos do El Ojo:
- Prioriza a criatividade antes da tecnologia - Integra marca e conteúdo - Evolua mídias próprias - Busque modelos financeiros sustentáveis- Histórias, histórias, histórias,?
CONTA NOVA
Vígnis é a nova conta da e21, uma empresa visionária e revolucionária. A agência irá trabalhar no processo integrado de comunicação de marca, on/off-line.
A e21 atuará em definições de branding desde seus princípios, seja através da geração de conteúdo que expresse seu posicionamento, seja esteticamente através da redefinição de sua nova identidade visual (muito mais moderna e expressiva) e de suas formas de apresentação ao mercado.
Além disso, a agência também será responsável pela visão estratégica da comunicação digital da marca, com a produção de conteúdo técnico aprofundado para o seu negócio, visando posicioná-la como uma referência tecnológica mundial em bioenergia.
"A Vígnis - pela sua visão de negócio e perspectivas - será um cliente especialíssimo que trabalharemos, buscando espalhar sua identidade de inovação em uma comunicação absolutamente diferenciada", comenta Luciano Vignoli, diretor-presidente e de Planejamento da e21.
BLACK FRIDAY
O varejo eletrônico se prepara para a Black Friday que, neste ano terá maior fiscalização da Câmara e-net e demais organizações de consumidores. Mas qual deverá ser o pulo do gato dos varejistas? Preço imbatível e condições especiais já são premissas obrigatórias, então estruturar conteúdo especial para influenciar e auxiliar o comprador a se localizar em meio a tantas ofertas e categorias, certamente será um dos possíveis caminhos para estabelecer relevância para surpreender positivamente.
A Black Friday é um fenômeno fascinante do mercado em que uma promessa realmente atraente é feita ao consumidor não por um lojista, mas por todo o mercado, de tal forma que é quase irresistível ignorar esta oportunidade única. Em um ano com uma ressaca de crise econômica (política ou não), que basicamente implora por uma salvação no fim do segundo tempo, coloca a Black Friday numa posição delicada onde todos estão com todo o estoque mais carregado e com os bolsos mais vazios do que desejavam e inclusive necessitavam.
Todos estarão dando o seu melhor para tirarem este último "coelho da cartola", por esta razão que baixar preços, ampliar parcelas e fazer um discurso promocional pode, desta vez, ser mais do mesmo na hora de evitar desaparecer no imenso tsunami de ofertas que já está tomando forma. Tudo indica que a venda nesta edição, para a maioria dos lojistas, não virá de novos consumidores tradicionais caçadores de ofertas, mas da própria base que se manteve um tanto tímida nos últimos meses a espera de uma boa notícia nos jornais ou a espera de uma oferta que justificasse o risco de gastar as suas valiosas economias. Ou seja, ofertas melhores para quem são seus melhores clientes primeiro, depois ofertas maciças para "lavar o mercado".
Gosto de pensar que no final do dia somos pessoas lindando com pessoas e que um pouco de empatia e resiliência sempre são úteis para criar relacionamentos duradouros. Então, a pergunta é: o que gostaria que o estabelecimento que mais gosta fizesse ao criar oportunidades incríveis? Acredito que a resposta seja: não esquecer de você e da sua importância em momento algum. Isso implica em enxergá-lo em meio à multidão e atendê-lo com prioridade, paciência e garantir que você possa aproveitar ao máximo qualquer oportunidade única que a loja possa estar oferecendo. E se falhar por alguma razão, assumir a dificuldade com transparência, demonstrando real interesse em recompensá-lo agora e na próxima oportunidade. Segundo palavras de Fabrizzio Topper, professor e consultor.
A oportunidade aqui não é apenas vender muito, tão pouco queimar os estoques, mas sobreviver à crise sustentando o valor construído junto a base de clientes, que neste momento está em sua maioria assustada, mas com um enorme desejo de consumo reprimido. Desejo boas vendas, bom senso e boas práticas, pois temos um ano inteiro pela frente depois e não podemos desperdiçar nenhuma chance de construir valor para garantir a tão necessária recompra nos meses vindouros.
TOTVS
O faturamento do e-commerce no Brasil vem subindo ano a ano e, em 2015, chegou a R$ 41,3 bi, correspondentes a 106 milhões de pedidos, segundo o 33º estudo WebShoppers, da ebit. Os números mostram que o e-commerce reserva, portanto, muitas oportunidades para quem pretende vender. Ter uma loja online própria, no entanto, além de envolver investimento financeiro, traz consigo uma série de responsabilidades - como ter uma boa estratégia de mídia paga e de SEO (Search Engine Optimization) e um mecanismo que proteja de fraudes; o que, no final das contas, pode tornar a iniciativa pouco lucrativa e bastante trabalhosa. Além disso, mesmo aqueles lojistas que já possuem um e-commerce buscam, hoje, formas de otimizar a exposição de seus produtos.
A solução ideal para essas empresas são os marketplaces - ambientes de venda digitais compartilhados e gerenciados por grandes varejistas. Comprometida em ser uma ferramenta a favor do aumento de competitividade de seus clientes, a TOTVS disponibilizou ao mercado o TOTVS SalesHub, um módulo que integra o sistema de gestão da companhia aos maiores marketplaces do País, como B2W (Submarino, Americanas, Shoptime e Sou Barato), que teve mais de seis milhões de novos clientes em 2015; C-Nova (Extra, Casas Bahia e Pontofrio), que registrou uma média de 26 milhões de visitantes mensais no ano passado; e Walmart, que teve 250% de crescimento de usuários únicos no mesmo período.
"Nossos clientes ganham com a credibilidade desses varejistas, aumentam a exposição do seu produto e têm mais tempo para focar no seu negócio. Com isso, o resultado natural é um aumento de vendas e de faturamento. Além disso, por ser 100% integrado ao ERP, a ferramenta faz a gestão de estoque e, caso um produto se esgote, ele é retirado automaticamente de todas as lojas online onde estava anunciado", explica Mauricio Trezub, diretor de E-commerce da TOTVS.
Com a adoção do TOTVS SalesHub, o lojista ou indústria fica responsável por definir preço, controlar estoque, emitir nota fiscal e entregar o produto. Já o marketplace responde por mídia e publicidade, vendas, recebimento do pagamento e análise antifraude, custos que podem representar até 25% das despesas de um comércio virtual, além do repasse das transações para o lojista. O balanço final é que a solução torna os clientes até três vezes mais lucrativos, mesmo diante do pagamento médio de 15% de comissão das vendas realizadas.
PUBLICIDADE
Cada R$ 1 gasto em publicidade gera, em média, R$ 10,69 para o conjunto da economia. Esse é o resultado de um estudo desenvolvido pela Deloitte que a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) divulga esta semana no país. Segundo cálculos da consultoria, cada variação de 1% no investimento publicitário leva a uma variação de 0,07% no PIB brasileiro.
MIT
Anualmente, o MIT - Massachusetts Institute of Technology, um dos maiores institutos de pesquisas científicas avançadas do mundo, sai com sua aguardada lista das 50 empresas mais inteligentes do mundo (50 Smartest Companies. Dá um Google que você acha. Saiu faz uns meses já, mas vale a pena ler e analisar.
Bom, o que talvez seja mais interessante do que a lista em si, que traz blockbusters como Facebook, Amazon, Alphabet (a área de pesquisa e desenvolvimento do Google), IBM, Baidú, Microsoft, entre outras, além de startups que não conhecemos por aqui, é o texto introdutório do estudo. Nele, os organizadores da pesquisa defendem a tese de que todos os avanços tecnológicos disruptivos de todas essas empresas listadas em 2016, bem como todas as listadas nos últimos anos, não tem conseguido entregar de fato nenhum grande ganho econômico para os Estados Unidos e para o mundo em geral.
Apontam que a chegada da internet teve alto impacto econômico de 1994 a 2004, mas que a partir daí as dezenas ou centenas de novas companhias e suas descobertas inovadoras renderam muitos resultados e dividendos para elas mesmas, mas muito pouco para a economia mundial.
Para afirmar isso, o MIT se utiliza de indicadores de produtividade e esses ponteiros mostram declínio e não incremento.
A análise do instituto pondera que tal refluxo da produtividade internacional, mesmo diante de tantos avanços tecnológicos socialmente transformadores, se deve possivelmente ao fato de que eles ocorrem numa camada da economia que não responde por altos índices de produtividade. Ou melhor, impactaram pouco em setores de alto impacto produtivo, como a indústria de manufaturados, o setor de saúde ou o de transportes.
Esses setores respondem nos EUA, por exemplo, por 80% da economia nacional, mas foram responsáveis por apenas 35% dos investimentos em tecnologia da informação. Como resumo, registraram apenas pífios 0,9% de incremento de produtividade.
A análise do MIT conclui a partir de indicadores como esses, que a maior parte das novidades e inovações que vemos ser noticiadas mundo afora estão enfrentando alta dificuldade para serem de fato e na prática adotadas pelas companhias. As empresas e seus líderes conhecem os avanços, reconhecem seus benefícios, admitem que precisam incorporá-los, mas simplesmente não conseguem. Ou demoram muito para conseguir.
Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Realidade Virtual, Robótica Avançada, 3D Printing e tantas outras novas tecnologias que representam impressionantes avanços em relação ao que antes existia, não chegaram ainda a ser provar mainstream. E, portanto, não conseguem gerar grande impacto econômico real.
Dentre os outros pontos de reflexão do estudo está um interessante: o Silicon Valley, berço das mais disruptivas inovações de que temos notícia nos últimos anos, não é mais um centro de produção de suas próprias ideias. HP e APPLE seguem produzindo ali as novas ideias que gera ou que incorpora do que é gerado no Vale. Mas fica quase por aí.
Para o MIT, esse rompimento da cadeia entre o que se pensa e o que se faz, pode explicar parte da dificuldade que os avanços tecnológicos gerados enfrentam para que sejam de fato incorporados pelos sistemas produtivos de alto peso na produtividade econômica.
Se formos considerar as economias periféricas e os países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento, esse gap é ainda substancialmente maior.
Por enquanto, muito possivelmente, esse quadro não deverá mudar de forma relevante.
Inovação será sempre bem-vinda. Aparentemente está quebrado o elo que a transforma em uma conquista efetivamente transformadora para a sociedade como um todo.
 
COCA-COLA
Em sua palestra "Reavivando o amor", Rodolfo Echeverria, global VP da Coca-Cola, falou sobre as oportunidades e desafios de reposicionar "a mais global das marcas globais". O executivo iniciou a sua apresentação mostrando a potência do brand love da empresa e revelando as primeiras aspirações da companhia quando nasceu: ter apenas uma atividade local "assim como os Beatles, que queriam tocar apenas para as pessoas de Liverpool". Como curiosidade, ele apresentou ao público presente em sua palestra no El Ojo uma informação curiosa: Coca-Cola é a segunda palavra mais reconhecida do planeta, perdendo apenas para a expressão Ok.
Mostrados os números do incrível alcance mundial, Echeverria mencionou as questões que motivaram as mudanças de rumo estratégico na comunicação da empresa nos últimos meses: o receio que a marca se torne maior que o produto. "A pessoa é capaz de vestir uma camisa da Coca-Cola e tem sinergia com a maneira como a gente se comunica, mas não bebe nosso refrigerante? É isso que não queremos". Além disso, o executivo admitiu um esgotamento da fórmula da "felicidade", conceito que movia há anos as campanhas do anunciante. "Ficamos muito tempo abrindo a tampa da felicidade, ficou grande demais o conceito. Sem contar que a palavra happy é uma das mais ouvidas em todo o mundo, principalmente depois da canção de Pharrel Willians".
A partir deste diagnóstico, o marketing resolveu equilibrar a comunicação em dois pilares: os valores da marca e os benefícios do produto. Após todas as análises e estudos, chegou-se à conclusão que a felicidade que realmente vale a pena é aquela do cotidiano, das pequenas coisas e prazeres simples. "E é exatamente assim que os jovens vivem atualmente, compartilhando suas experiências", afirmou Echeverria.
Com esses conceitos em mente e a ideia central de que "O simples prazer de tomar uma Coca-Cola faz com que seus momentos sejam ainda mais felizes", a empresa lançou o seu mais recente posicionamento: "Sinta o sabor". Com "Taste the Feeling", a companhia voltou a colocar o produto no centro de seus comerciais, sem deixar de lado a sua abordagem humana e emocional.
Segundo o executivo, do ponto vista de direção de arte, esse realinhamento conta com quatro princípios básicos: o produto precisa estar no centro, a proposta precisa ser visualmente sexy, as iniciativas precisam ser autênticas e reais e a identidade visual (sobretudo o vermelho) precisa estar sempre presente. Para exemplificar todo o discurso, Echeverria exibiu cinco filmes da nova campanha da Coca-Cola nos telões do salão principal de conferências do Hilton Hotel.

Autor
Publicitário,há mais de 35 anos atua no mercado da Comunicação. Acumula passagens por agência e veículos de comunicação, no Rio Grande do Sul, Brasília e Santa Catarina. Hoje, atua como gestor da Inovação,empresa com foco em representação de veículos e produtos próprios. Foi responsável pela Coluna do Nenê, que era publicada no jornal ABC, do Grupo Sinos, e nas redes sociais.

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