60% dos gaúchos estão nas redes sociais

A maior parte dos consumidores gaúchos está conectada nas redes sociais e, em grande parte, esta conexão se dá na forma de multitelas, com …

A maior parte dos consumidores gaúchos está conectada nas redes sociais e, em grande parte, esta conexão se dá na forma de multitelas, com o acesso em diferentes dispositivos (smartphone, tablets, notebook, desktop?).
A conexão nas redes sociais ocorre em todas as faixas etárias, de escolaridade e de renda, mas é mais acentuada entre os mais jovens e entre os consumidores com maior renda.
A faixa entre 16 e 24 anos alcança 92,8% de utilização e entre a população de 25 a 34 anos, há um índice de 83,5%. A análise por renda demonstra que entre a classe C a utilização das redes sociais é de 50,9% e entre as classes A e B, de 76,6%.
Entre a população acima dos 50 anos (e em especial a inativa economicamente), as redes sociais são, principalmente, acessadas pelos computadores ou notebooks. Já entre os jovens e a população economicamente ativa, as redes são mais acessadas pelos smartphones e tablets. A população com maior renda começa a utilizar as redes sociais em smart TVs, seja para acessar Youtube ou assinar canais de TV por demanda, como o Netflix.
O mundo virtual ampliou a interação social e motiva a adesão às redes sociais, "uma forma moderna de relacionamento social", "o local onde todo mundo está". Na percepção dos jovens, estar nas redes sociais é tão necessário quanto as suas necessidades fisiológicas básicas: para muitos, não é possível se desligar do celular e do "que está acontecendo".
A população com mais de 40 anos, além de utilizar as redes sociais para o entretenimento, vê nesta tecnologia uma forma de manter o contato com amigos e família e de se informar sobre os acontecimentos do país. Este grupo etário avança na lógica de ampliar sua rede de contato através da rede e de desenvolver relações comerciais que visem à ampliação de negócios.
Neste cenário, o smartphone se torna mais do que um instrumento de comunicação. É um "companheiro de entretenimento e de interação social", onde o usuário "se desconecta" do mundo real e se conecta em um "mundo virtual", a tal ponto em que é possível encontrar um casal de namorados jantando em um restaurante, tendo cada um deles sua atenção voltada ao dispositivo móvel que os desconecta do jantar a dois.

Autor
Elis Radmann é cientista social e política. Fundou o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião em 1996 e tem a ciência como vocação e formação. Socióloga (MTB 721), obteve o Bacharel em Ciências Sociais na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e tem especialização em Ciência Política pela mesma instituição. Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Elis é conselheira da Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia (ASBPM) e Conselheira de Desburocratização e Empreendedorismo no Governo do Rio Grande do Sul. Coordenou a execução da pesquisa EPICOVID-19 no Estado. Tem coluna publicada semanalmente em vários portais de notícias e jornais do RS. E-mail para contato: [email protected]

Comentários