2018: o ano do cão no horóscopo chinês

Depois de buscar informações esotéricas em páginas especializadas no Tio Google sobre 2018, fiquei um pouco mais aliviada com o período de 12 meses que se iniciou na segunda-feira, 1º, e se encontra, no seu terceiro dia, nesta quarta-feira, 3 de janeiro. Aviso desde logo que sou apenas uma metida e enxerida nestes assuntos, mas confesso minha total curiosidade sobre os temas cabalísticos e enigmáticos. Mas, ao vasculhar sobre 2018, descobri que se trata do ano do cão, no horóscopo chinês e, por isso mesmo, seus meses deverão ser regidos pela lealdade, fidelidade, tolerância e empatia, caraterísticas essenciais nos amigos peludos caninos de quatro patas.

Só que o ano de 2018, pelo calendário chinês, não começou ainda. Ele só terá início em 16 de fevereiro e seu término será em 5 de fevereiro de 2019. A contagem é diferente porque a sua data é determinada pelo calendário lunissolar, isto é, leva em consideração tanto as fases da lua quanto a posição do sol e, geralmente, é comemorada no final de janeiro ou de fevereiro. Os chineses relacionam cada novo ano a um dos 12 animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião e que, em agradecimento, foram transformados em signos da astrologia chinesa. São eles: rato, búfalo/boi, tigre, coelho, dragão, serpente/cobra, cavalo, carneiro/cabra, macaco, galo, cachorro/cão e javali/porco.

E porque me interessei tanto pelo ano do cão? Em primeiro lugar, porque se o ano ainda não começou, nem que seja pelas regras do horóscopo chinês, é possível se realizar as pendências que não foram efetuadas em 2017. Existem então, mais de 30 dias para correr e cumprir as metas importantes traçadas para o ano que passou no calendário ocidental e que representam muito na lista de pretensões de cada um e, com isso, levar menos responsabilidades para 2018 no horóscopo chinês. Claro que não é viável emagrecer, neste período, todos os quilos pretendidos, nem sarar o corpo na academia e nem zerar tarefas muito complicadas. Mas gentilezas, agradecimentos, encontros e gestos humanos cabem perfeitamente neste final de ano chinês.

Em segundo lugar, fiquei encantada porque os cachorros são sim os melhores amigos dos humanos e eu sou uma pessoa que valoriza demais as amizades. E, se 2018 é o ano do cão na cultura oriental, é provável que todos sejam mais tolerantes, mais empáticos e que exerçam a fidelidade no grau máximo, assim como os caninos. Pois tolerância, empatia e fidelidade são qualidades que permeiam as verdadeiras e sólidas amizades. Como no ano que terminou no calendário ocidental fiquei em dívida com amigos e amigas de vários endereços, profissões e fases da minha vida, aproveitarei a harmonia que o horóscopo chinês promoverá para reduzir esta pendência. Logo, para resgatar meu equilíbrio cármico, amigos e amigas preparem-se: vou ser mais intensa e propositiva em 2018 e os encontros serão mais frequentes. Sem desculpas que adiam a troca de afetos e carinhos.

E o ano do cão, repetido a cada 60 anos no calendário chinês, com certeza, será poderoso para eu aplacar um pouco a saudade exaustiva que sinto do meu amado neto canino Dalai, o shih tzu mais amado deste planeta e que me deixou em 8 de novembro, após dois meses doente e depois de 10 anos de convivência harmônica e feliz. Tenho uma fé enorme de que, em algum destes meses de 2018, regidos pelo cachorro, Dalai me iluminará e me mostrará o momento certo para eu adotar um novo peludo e me indicará o cachorro mais apropriado para voltar a me trazer alegria e companhia.

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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