365 dias 'assim'

Chega esta época do ano, as pessoas ficam mais solidárias, contribuindo com ações sociais e enxergando o próximo. Também se lembram de pessoas com as quais não falaram durante o ano. Ou mesmo, fazem um agrado especial àquelas com as quais falaram, mas parece que este momento é muito especial. E não estou falando que não seja. Estou só traçando um cenário de como se configura, de como as coisas acontecem nesta época há anos, anos, décadas.

Já o meu pedido ao Papai Noel é o de que os 365 (ou 366) dias de todos os anos aconteçam assim: que lembremos o próximo, os próximos e os não tão próximos. Que este ímpeto solidário esteja presente em cada dia, cada hora que vivermos em 2018. Claro, sei que é uma fantasia. Mas precisamos também fantasiar um pouco, para que a realidade não nos esmague.

Esta breve época (que inclui uma, talvez duas semanas antes do Natal e a semana que antecede ao Ano Novo) é muito pequena. Isto, somado, dá uns 21 dias, quando muito. Depois, vai cada um pro seu lado, arranjar-se e desarranjar o tecido social pela falta de empatia. Travestimo-nos de um personagem (ainda que as manifestações sejam em grande parte sinceras) que vai para o fundo do armário depois destes dias. Ora, se temos grandiosidade nestes dias, é porque ela está (pode ser lá no fundo, mas está) latente dentro de nós. Basta cutucá-la, explorá-la, chamá-la à razão.

Combatemos no ambiente corporativo que os dias sejam iguais. O que se quer é cada dia com inovação, conquistas, realizações. Mas o cotidiano (como o próprio termo já diz) traz uma inescapável repetição, a quem quer que seja. Mesmo que você seja o Richard Branson, que pensa coisas doidas e faz viagens interplanetárias, a sua rotina acabará por ser esta. E, se for para termos a rotina, que ela seja a da solidariedade, do amor e da entrega, ao trabalho e ao próximo (aqui, atenção: não dê somente atenção ao próximo (através de ações em instituições sociais, por exemplo) e jamais esqueça aquele próximo que está ao seu lado: marido, esposa, filho, colega de trabalho, chefe, amigos, entre muitos outros). Não é concebível auxiliarmos unicamente o próximo que está longe. Claro que é dever que os ajudemos, uma coisa não exclui a outra. Que sejamos generosos e atentos o suficiente para entregar o que temos de melhor a estes.

Portanto, se Papai Noel quiser considerar esta a minha carta a ele, ficarei feliz. Que ele nos traga 365 dias de atenção, solidariedade, amparo, amor e tantas outras coisas boas que temos potencial para entregar não apenas nesta época do ano.

Se você, caro leitor, chegou até aqui é porque não achou meu papo piegas. Se não chegou, paciência. Torço para que no próximo ano eu consiga envolvê-lo por meio da coluna, ou você de alguma forma e por algum motivo tenha se sensibilizado para coisas que deveriam ser tão comuns, mas que são tão raras. Então, meu pedido é: 365 dias 'assim'. Vamos nessa?

Coluna da semana que vem

Semana que vem NÃO tem coluna, pois sempre, entre o Natal e o Ano Novo, Coletiva.net faz um pequeno recesso para recarregar as baterias. Então, estarei de volta em 4 de janeiro de 2018, com tudo! Gostaria de desejar aos caros leitores boas festas, paz, harmonia e 2018 bombando de energia e sucesso! Até 2018!

Sandro Moscoloni

Entrando no clima da solidariedade, a Sandro Moscoloni (internacionalmente conhecida pela alta qualidade de seus calçados e acessórios), está inserida neste espírito de Natal: através da promoção #caminhandojuntos, entrando no site e fazendo suas compras (o que, vamos combinar, é um prazer), você estará auxiliando instituições sociais. Mas não é só isto: no site, nos produtos em que você encontrar o selo 'Comprou, Ganhou', você será presenteado com uma surpresa. Qualidade, estilo e preocupação com a sociedade e com o seu bolso. Não poderia querer mais, não é? Mais informações sobre a promoção podem ser obtidas aqui. Não perca tempo!

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