Lenine já cantava: "Eu quero é botar meu bloco na rua. Gingar, pra dar e vender". Penso que quando alguém opta por contratar um profissional especialista em Comunicação tem, entre outras coisas, o objetivo principal de "botar a marca na rua". Sim, somos mesmo bons nisso. Porém, somos bons também em arrumar a casa, em cuidar de diferentes meios e mensagens, em levar verdades (trago verdades e cometo sincericídios).

Temos o poder de impressionar, é de se admitir. Podemos te colocar no destaque da editoria pretendida, com poucas semanas de contrato e uma boa pauta. E depois? Ah é, o amanhã chega e a comunicação é uma continuidade. Não adianta lançar uma marca e nunca mais conversar com o público.

A comunicação deve fazer parte do negócio, de preferência desde o princípio. Não é custo, é investimento. E pra ajudar a provar isso, ainda é difícil de mensurar. Uma das formas - que não é a minha predileta - é o valor do centímetro/coluna, utilizada para calcular o valor do anúncio. Mostra quanto custaria se o espaço fosse pago. Mas como são propostas diferentes, não concordo totalmente, mas é prática de mercado para mostrar o retorno ao cliente.

Notícia é credibilidade, está lá por uma razão de ser, para ser útil de alguma forma. Mas não é tudo, é parte do todo. Queremos que a nossa marca seja citada no perfil de alguém? E o nosso, como está? Vamos procurar referências na hora de fazer escolhas, normal. E quando alguém nos busca, encontra o que precisa? É surpreendido de alguma forma?

Meu conselho é comunicar sem pressa. Botar o bloco na rua quando os ensaios estiverem na mesma levada, quando a banda toda souber o percurso do trio e o público pronto para acompanhar. Tem que ser empolgante para quem está no camarote e na pipoca. Tem que atender todos os públicos alvos, assim como uma boa e simples comunicação.