Branding

      Uma corrente nova em marketing, que surgiu há não muito tempo, é o branding. Ela se propõe a ser uma espécie de sucessor do …

      Uma corrente nova em marketing, que surgiu há não muito tempo, é o branding. Ela se propõe a ser uma espécie de sucessor do marketing, como o conhecemos.
      Não é mais suficiente simplesmente seguirmos os ensinamentos de Kotler, de identificar e atender às necessidades dos clientes. Há inúmeros casos de produtos que foram lançados baseados em extensas pesquisas, e que terminaram sendo rotundos fracassos. Há autores mais catastrofistas falando no fim do marketing. Marketing continua sendo utilíssimo e muito eficiente em inúmeros casos. Em outros, temos que evoluir para o branding. Mas vejamos do que se trata.
      Branding é a gestão das marcas. Surgiu a partir do momento em que as marcas passaram a ter uma importância crescente no mundo dos negócios. Marcas podem valer mais do que empresas, não resta mais nenhuma dúvida.
      Isto está em consonância com o que Stalimir Vieira diz em seu novo livro (Marcas - O que o coração não sente os olhos não vêem), que diz que passamos, ao longo da história, da importância do ser, para a importância do ter. Agora, vivemos a época da importância do parecer ser. E o que pode representar mais isto do que uma marca? Ela concentra em si atributos reais e potenciais. Sempre é muito mais do que um símbolo. É uma associação de expectativas e realidades.
      Também está de acordo com o que diz Luiz Alberto Marinho, colunista do site de propaganda e marketing Blue Bus (www.bluebus.com.br). Ele diz: "As pessoas selecionam suas marcas preferidas da mesma forma como escolhem seus amigos. Por afinidade. Por isso, além de satisfazer necessidades e desejos dos consumidores, as marcas precisam descobrir quem elas são, comprometer-se de verdade com o que elas são e mostrar ao mundo quem elas são. "A marca não termina no que a empresa faz. É o que a empresa é", defendem Chris Lederer e Sam Hill, no livro Infinite Asset."
      Portanto, branding trabalha com personalidade da marca, emoção e relacionamento com os públicos (sejam eles consumidores ou não).
      Posso encerrar com o que nos diz José Roberto Martins, autor do livro "Branding". "Branding é um conjunto de ações ligadas à administração das marcas. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas."
      Posso dizer, sem medo de errar, que a maior parte do que busca o branding já está contida nas marcas dos clubes de futebol: lealdade, paixão, relacionamento supra-comercial, fidelidade absoluta. Mas, enquanto os nossos dirigentes não se derem conta do potencial que têm em mãos, vamos continuar assistindo todo o potencial ser desperdiçado. Se marketing nunca foi para amadores, branding então, muito menos.
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