Cabeça fervilhando

Por Cris De Luca

Temperaturas cada dia mais baixas do lado de fora, chegando quase a zero, no Serra Park, em Gramado, e a cabeça fervilhando com tanta informação, com tanta provocação, com tanta coisa que fez a mim e a alguns milhares de pessoas estarem no Gramado Summit na última semana. É incrível como participar de eventos deste tipo, conhecer e reencontrar pessoas com conhecimento e histórias de vida tão diferentes e ricas faz a gente voltar para a casa e para a rotina com outra perspectiva do mercado e do mundo.

Eu fiz uma pequena maratona de idas e vindas para a Serra nesses dias para conseguir estar lá e atender a eventos de clientes e reuniões em Porto Alegre. E, mesmo não estando dedicada ao evento 100%, foi uma rica experiência. Eu já tinha ido no ano passado, mas num contexto completamente diferente. Sem contar que o Gramado Summit estava muito mais rico de conteúdo e de compartilhamento. E, claro que estar acompanhada de amigas que têm linhas de pensamento muito próximas da minha, fez uma baita diferença também. Para quem ainda não conhece o evento, é um celeiro de startups com apresentação de projetos, pitchs para busca de investimento para as iniciativas e muito relacionamento, muito mesmo. 

Consegui assistir à palestra do case do Vivino, com o Heini Zachariassen, um dos criadores do aplicativo, que apresentou alguns pontos interessantes para fazer pensar um dos mercados que é tão caro para mim, como o mundo do vinho. O comportamento das pessoas pode mostrar grandes e boas oportunidades de novos negócios e a tecnologia serve para nos ajudar a ampliar o alcance deles. O importante é aprender rápido, saber que é importante ter paciência e persistência porque sempre demora mais do que a gente acha e quer que demore.

Tiveram muitas palestras focadas na área de comunicação e marketing digital para as startups, na verdade, um palco totalmente dedicado a isso, e foi interessante ver a abordagem usada com esse público. Muitas vezes, os profissionais que estão dedicados a essas empresas pensam tanto na tecnologia e na forma de escalar os resultados, em crescer e dar retorno, que esquecem como é importante ter uma identidade de marca bem definida para entrar no mercado, que é necessário olhar com carinho também para o que e como irão comunicá-las.

Se falou mais sobre pessoas do que sobre máquinas, se falou sobre o poder de ser de verdade, de ser autêntico, se falou sobre a necessidade de ser vulnerável, se falou sobre a importância do relacionamento e de atendimento de clientes de forma humanizada, se falou de empatia, se falou sobre fortalecimento de comunidades, de crescer juntos e, é claro, se falou de transformação e presença digital, mas muito mais como uma forma de pensar do que em ferramentas e afins. Tudo bem que pode ter sido o meu recorte das palestras, já que tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Valeu muito a pena ter tirado esses dias para renovar as ideias. Agora é tentar organizar tudo para aplicar no dia a dia dos clientes, do coletivo Gengibre, no Shopping de Ideias, em Criciúma, na sala de aula, na vida. Que venham os próximos eventos. Agosto está especial neste sentido porque ainda tem BS Festival e Gump aqui em Porto Alegre. Eu vou. Quem vem comigo?

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

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