Lendo menos?

Recente dado dá conta de que houve uma ligeira queda na venda de livros, cuja responsabilidade é muito mais das compras governamentais do que das pessoas físicas. Em um primeiro momento, tendemos a achar que as pessoas estão lendo menos, a partir de um dado de queda na venda de livros. Mas não é bem assim. O livro segue firme e forte, pujante e vendedor. Porém, o grande comprador sempre foi o governo, informação que obtive tendo uma incursão nesta área (editorial). Assim, qualquer percalço (como uma crise econômica) ou mudança de diretrizes, assustam.

Porém, como frequentador de livrarias, o que vejo é um ótimo movimento. Alguns torcerão o nariz e dirão que o que vende mais são best sellers de baixa qualidade literária. Inicialmente, não concordo com generalizações, mas ainda que isto fosse verdade eu diria que vale muito mais a pena que as pessoas estejam lendo, mesmo que exemplares não tão qualificados assim, do que não lendo. Além disto, a porta de entrada para uma trajetória evolutiva na literatura podem ser os best sellers.

Há, ainda, um fator, este sim bastante impactante, que é o de que as pessoas estão consumindo em escala exponencial, vídeos e fotos. A sociedade abriu um grande espaço para vídeos e imagens, tornou-se muito mais imagética do que antes. Este processo vem ocorrendo ao longo de anos, tornando-se cada vez mais robusto e consolidado. Assim é que são sucessos contundentes Youtube, Instagram e - para uma faixa etária mais específica - Snapchat e assimilados. Além das tradicionais selfies, para, justamente, serem incluídas no Insta ou, ainda, em redes sociais (Facebook, Twitter (sim, o Twitter, apesar de ser uma rede de 280 caracteres tem muita imagem e os links para notícias, vídeos, etc.)).

Não estou falando nenhuma novidade ao citar nossa sociedade como imagética, isto é fato consumado há anos. Surgiram novos recursos, mas a imagem vale MUITO. Afora os influenciadores digitais, bombando.

Mas, ainda assim, há espaço (e um bom espaço) para os livros. São tanto pessoas como eu, que foram criadas em uma época em que não havia sequer Internet (portanto, a fonte de entretenimento e pesquisa eram os livros), lapidada e que não troca o cheiro de um livro novo por nada.

Apesar de nosso tempo ser finito, de a energia psíquica (segundo Freud) ser também finita, modificam-se um pouco os cenários e hábitos, mas o fato é que há uma convivência entre as inúmeras formas de conhecimento e entretenimento. Umas até roubam espaço das outras, mas não as extinguem. O que vejo são as pessoas dedicando mais tempo para diferentes atividades, há uma diversidade muito maior de possibilidades e isto definitivamente me parece enriquecedor. O que não pode nem deve ocorrer é que o indivíduo se torne monotemático, trabalhando em uma fase só. Abrir os olhos, ouvidos, a mente e o coração são a maior riqueza que o ser humano tem. Seja para a forma que for: livro, vídeo, teatro, cinema (que também é uma forma de vídeo, naturalmente), áudio, enfim, que as pessoas sejam porosas às novas formas(desde que estas mantenham um mínimo de qualidade, é claro).

Gokan - Apaixonados por Sushi

Aí, você fica pensando como homenagear a sua mãe, a sua esposa (mãe dos seus filhos (ou filho, pois os casais têm cada vez menos filhos)), sempre buscando uma alternativa. Pois bem, tenho a resposta: Gokan, seja em sua sede na Padre Chagas, seja em sua novíssima sede no Viva Open Mall, em dois pontos distintos e charmosos de Porto Alegre. Leve-a para almoçar ou jantar e dê-lhe o melhor: o melhor ambiente, o melhor atendimento e, principalmente, o melhor sushi da cidade. O Dia das Mães está aí, mas você não precisa esperar pelo segundo domingo para fazer esta confraternização. Vá antes, vá depois e vá no Dia das Mães. Ela sairá muito feliz por você ter proporcionado momentos não do bom, mas do melhor.

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