Nas guerras, greves, etc

O ser humano atua paradoxalmente em guerras, crises e situações em que se veja submetido a uma condição extrema: se por um lado vale a lei do cada um por si e Deus por todos (como tivemos uma mostra disto na recente greve de caminhoneiros, em que cada um buscava produtos no supermercado a todo custo (a correria foi grande), valendo quem chegasse primeiro e pegasse o produto primeiro (azar o do outro cidadão)), também é verdade que são inúmeros exemplos de solidariedade e correntes positivas.

Nas grandes guerras mundiais, por exemplo, não foram poucos nem raros os casos de cidadãos 'comuns' (não compactuo com este termo) que dedicaram seus esforços e até recursos, mesmo ainda pondo-se em risco (relembrem da Lista de Schindler, para citar somente um caso) no sentido de amenizar, colaborar e fazer com que os outros seres humanos submetidos a situações de sofrimento tenham uma condição melhorada ou até resolvida.

Este é o ser humano: bom e mau, paradoxal e capaz de feitos quase inacreditáveis de bondade, mas também igualmente capaz de outros feitos absolutamente inconcebíveis de maldade ou indiferença.

Citemos neste exemplo recente que tivemos (e como já aconteceu tantas vezes na história do Brasil) detentores de produtos que teoricamente escasseavam (a grande maioria): os preços iam às alturas, pouco se lixando para os seus irmãos de dificuldade, importando-se menos ainda se eram pessoas de baixo ou quase nenhum poder aquisitivo, com a desculpa de oferta x demanda. Engraçado que isto não se aplica a países desenvolvidos, em que nestas situações, comerciantes e empresários mantêm os preços inalterados.

Mas voltemos: o escopo da coluna de hoje é o de que encontramos capacidades paradoxais nos seres humanos (em todos), seja migrando para o bem, seja migrando para o mal. E o que explica isto? Muitas coisas, dentre elas a falta de educação ou a educação integral, conceitos traduzidos ao longo dos anos no dia a dia, exercício de cidadania, com uma sociedade que tenha por objetivo(e não falo apenas de políticos, mas dos cidadãos em geral) o bem comum, com vistas a construir um futuro realmente melhor.

Não importa o que entrou, entra ou entrará em discussão: o que realmente importa é um conceito internalizado de justiça social, coletiva, respirado, praticado e exercitado diariamente por todos os habitantes da Terra. Tomemos por exemplo esta recente paralisação de caminhoneiros e empresários. Pensemos aonde realmente queremos chegar e que tipo de pessoas queremos ter ao nosso lado, ao lado dos nossos filhos, dos nossos. Estas pessoas compõem o coletivo de uma sociedade.

Fala-se agora em uma nova possibilidade de greve, em função da tabela de fretes, que o governo (para encerrar a greve) teria se apressado em aumentar valores, tornando incompatível aos contratantes. É o que se diz, carente de confirmação. Agora, o governo estaria voltando atrás, pressionado por empresários. Cenas dos próximos capítulos nos próximos dias.

Mas se lamentavelmente estourar uma nova paralisação, que possa ser exercida uma condição mínima de cidadania. É o que eu realmente espero.

Sandro Moscoloni

A Sandro Moscoloni, fabricante de calçados de altíssima qualidade e estilo, como se não bastasse produzir utilizando as melhores matérias primas, técnicas, design e conforto, também está engajada e preocupada com os demais. Assim é que investe em iniciativas sociais(como o fez no recente Dia da Ecologia(suas práticas têm o cuidado ambiental com resíduos, fornecedores e toda a cadeia produtiva), dando sua parte ao Mundo. Mas, como se não fosse suficiente, através do projeto Caminhando Juntos, a Sandro Moscoloni investe em projetos sociais de grande relevância, nos mais variados segmentos: lares de idosos, de deficientes físicos, hospitais, sociedades espíritas, paróquias, dentre muitos outros. Porque Ecologia no sentido mais amplo é isto: o bom funcionamento de uma coletividade, de seu ambiente, de forma colaborativa. Conheça algumas instituições contempladas no projeto em: https://bit.ly/2JnnWst.

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