Tang tingindo sua história

A fabricante de refresco em pó Tang, da Mondelez (antiga Kraft Foods) acaba de ser multada em R$ 1 mi por propaganda enganosa pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. Como a sentença foi divulgada no Diário Oficial da União, não cabe mais recurso.

Tudo se deu porque a Tang incluiu em sem rótulo a expressão "sem corantes artificiais" quando, na realidade, o refresco em pó tem outros corantes (como inorgânico e caramelo) em sua composição. Além de tudo, a empresa utilizou no rótulo do produto expressões proibidas pela Anvisa. Ou seja, pisou na bola e vai pagar por tanto.

Naturalmente que uma multa de R$ 1 mi não vai balançar as estruturas da Mondelez, mas também não é tão pouco. Serve de exemplo e modelo não apenas para a própria empresa (óbvio), mas para outras empresas, em especial do ramo alimentício.

Porque este é um ramo que vem, ao longo dos anos, dando uma patifada em alguns aspectos (obviamente que falo de algumas empresas, não na totalidade das mesmas). Embalagens diminuindo de tamanho quase mês a mês (mas mantendo o preço original), produtos como iogurte passando a ser em sua composição bebida láctea (que é outro produto, mas a comunicação remete a iogurte), a confusão gerada entre suco e néctar que, igualmente, são produtos completamente diferentes e com efeitos, inclusive, diferentes para a saúde.

E por que as empresas mantêm esta prática? Por dois motivos? Talvez três. Pegam um consumidor desatento (mas que está evoluindo em termos de atenção e cuidado com sua alimentação, ainda que esta evolução se dê de forma lenta), com pressa para realizar suas compras (o que gera esta desatenção ou até um efeito "tanto faz") e, por fim, punições e fiscalização brandas por parte dos órgãos governamentais.

Isto tudo, em marketing, é crime lesa pátria. Porque, a um só tempo, fere de morte a relação de confiança que tanto as empresas lutam para criar com este consumidor; violenta sua marca e/ou marca do produto; é enganoso, antiético, contribuindo com os dois primeiros itens negativos listados.

Portanto, esta multa (como eu disse no começo), pode ser o primeiro passo para que as empresas comecem a repensar definitivamente estas práticas ilícitas e prejudiciais ao seu principal aliado e target: o consumidor. O consumidor está mais atento, espera-se do governo posição igualmente rigorosa a estas situações. Porém, faço uma última ressalva: que não sejam multas brandas nem pagáveis em dezenas de anos (suavizando seu efeito, portanto). Que, para aquelas empresas que infringirem a ética e cometerem crime, a mão pesada do Estado e do consumidor (migrando para  outros produtos, de outras empresas), seja sentida.

E que igualmente sejam valorizadas pelo consumidor as empresas que mantiverem práticas tanto comerciais quanto de gestão (outro item que entra cada vez mais na pauta das pessoas em suas compras, ainda que aos poucos) fundamentadas no que há de melhor e mais honesto, tal como uma relação pessoal deve se dar, de forma limpa, clara e honesta.

Concluindo, só tenho aplausos para o governo nesta questão, pois esta decisão indica um movimento no sentido da melhoria. Palmas.

Gokan - para quem é apaixonado por sushi

Ainda há quem ache (por incrível que pareça!) que sushi é algo para ser consumido quando o clima está mais quente. Pois bem: a temperatura lá fora está aumentando (embora dentro do Gokan o ambiente seja totalmente climatizado), favorecendo (para mim, assim como favoreceu na meia estação e no inverno) a degustação (este é o termo a empregar com as delícias do Gokan) de seus produtos. E também degustar, por que não, de seu ambiente e atendimento, sempre de primeiríssima. O segredo? Vá conhecer! E apaixone-se pelo sushi do Gokan. Almoço (exceto aos domingos) e jantar: www.gokan.com.br.

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