Você prefere quantidade ou qualidade?

Depende, né? Essa é a primeira resposta que deve vir à cabeça de muita gente. E se formos pensar na resposta para comunicação? Aí depende também. Varia conforme a necessidade de cada informação, do objetivo proposto, da razão de existir da notícia. E também do perfil dos profissionais e de cada cliente, claro.

Utilidade pública, no meu entendimento, é um bom exemplo de quanto mais presença na mídia, melhor. Confesso que não me veio - assim de bate pronto - outro tipo de notícia na cabeça que justifique a busca pela quantidade. Talvez por isso que, se tiver que optar, eu prefiro trabalhar com a qualidade. Primeiro, porque a busca pela exclusividade dos colunistas e dos veículos, já é uma realidade há tempos. - "Ah, mas eu queria estar em todos", uma vez um cliente me disse. Então, vamos criar uma pauta para cada um, eu respondi. É possível? Se sim, daí é gol daqueles típicos de final de Mundial (dá-lhe Grêmio!). Se não rola desta vez, não vamos forçar a barra nem a amizade, né?

Jornalismo é, entre outras coisas, relacionamento. É saber o jeitinho de cada um que está lá trabalhando para repassar a informação (e que recebe milhares de sugestões por dia) e preparar algo que seja a cara dele e de seus leitores/ouvintes. É fidelizar, mas com a liberdade de agradar a todos, cada um do seu modo. Os jornais, por exemplo, têm editorias semelhantes. Nós, assessores e assessorados, temos como sugerir pautas boas e diferentes. Claro que exige muito mais do que um e-mail com cópia oculta para uma quantidade enorme de redações. Clama por dedicação, conhecimento e confiança. Mais difícil, porém mais assertivo.

Diz aí, quando você vai a um churrasco, prefere comer um monte de carne meia-boca ou degustar um corte diferenciado? Para beber? A cerveja que desce quadrada ou redonda? O vinho que enjoa ou que deixa um gostinho de quero mais? Chocolate? Ah, melhor bastante e de qualidade, essa eu admito. Estão vindo tantos exemplos na minha cabeça que eu terminaria esse texto com mais uns dois parágrafos, ao menos. Melhor parar por aqui e seguir sempre em busca das melhores escolhas.

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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