Windows do celular

Toda unanimidade acaba por ser burra, é verdade. Mas em alguns casos, a diversidade pode atrapalhar, ao menos para aqueles, como eu, desprovidos de …

Toda unanimidade acaba por ser burra, é verdade. Mas em alguns casos, a diversidade pode atrapalhar, ao menos para aqueles, como eu, desprovidos de grande brilho intelectual.
Acabo de trocar de celular. Estava acostumado com o sistema de navegação(o que equivale ao Windows, ao Linux ou até mesmo ao Explorer e ao Netscape) de um fabricante. Já estava craque. Sabia fazer de tudo, mandar mensagens, até os joguinhos do meu celular eu já havia entendido. Via chamadas, editava nomes, tudo. Como mudei de fabricante, mudou o sistema de navegação. Vivo dias de sombras. Me sinto um Homem de Neanderthal. O celular está me dando aulas. Ele toca, fico tenso. O que será que quer dizer aquele toque? Aí, consigo atender. Falo! Tento armazenar o telefone da pessoa que me ligou. Mas erro e termino mudando o idioma para espanhol. Continuo tentando e acabo por configurar meu celular para acessar a rede da Nasa.
Bom, brincadeiras à parte, entendo que há necessidade de criarmos alguma homogeneidade nos sistemas de navegação dos celulares, sob pena de termos cada vez mais uma legião de analfabetos de telefonia móvel.
A padronização se impõe como algo indispensável neste caso. Assim como ocorreu com a Internet e microcomputadores(mesmo tendo mais de uma alternativa, os micros falam entre si), assim como ocorreu com a própria tecnologia dos celulares(CDMA, GSM, TDMA, que funcionam no mundo todo), é preciso que também ocorra com os navegadores de celular.
Caso isto não aconteça, o resultado é um só: clientes feito doidos para entenderem seus novos celulares, usando 10% dos recursos que estes oferecem. Assim, as grandes fabricantes, que gastam milhões de dólares desenvolvendo sofisticados recursos, estariam jogando seu dinheiro fora, pois os clientes utilizariam uma pequena parte destes, a ponta do iceberg.
Além deste prejuízo, há o prejuízo (possível) da marca das empresas fabricantes. Se eu não consigo usar um produto que adquiri em sua plenitude, ver esta empresa ou como uma organização que fabrica produtos excessivamentes complexos(e que não tornarei a adquirir) ou como uma empresa que não se preocupa de fato comigo(usuário). Qualquer uma das duas é desastrosa.
Já há tecnófobos demais. Gente que se assusta e foge de novas tecnologias. Não estou neste grupo. Acho que há tecnologias maravilhosas ao nosso dispor. Mas também entendo que há limites. Não acho que só o tecnológico é ótimo, "tá ligado?"(como diriam os maiores usuários de celular de hoje, os teens). Acho que o ótimo é o tecnológico acessível. O Windows do celular.
Amor e ódio do celular
Sobre o tema (celulares), vale a pena ler a matéria publicada pelo IDG Now!, fazendo referência a uma pesquisa do MIT sobre o sentimento que celulares (e outros elementos da vida cotidiana moderna) despertam nas pessoas. O celular é o campeão de ódio. Para ler a matéria, clique aqui .
Dicas de livros
Bookman
A Bookman acaba de lançar no mercado brasileiro um dos melhores títulos de marketing esportivo existentes:
Marketing Esportivo, de Bernard Mullin, Stephen Hardy e William Sutton. É um grande (também de tamanho, pois tem um grande formato e mais de 330 páginas) livro, abordando em profundidade todos os aspectos do marketing esportivo, como comportamento do consumidor, segmentação de mercado, produto esportivo, estratégias de determinação de preço, relações públicas, mídia eletrônica, licenciamento de produtos, entre outros. Recomendo!



Elsevier-Campus
A Elsevier-Campus traz um título instigante:
Orgulho, de Jon Katzenbach. O autor, nas 201 páginas do livro, aborda o tema que, no seu entendimento, é a maior força de motivação dos colaboradores de uma organização: o orgulho. Segundo seus estudos, o autor destaca que as empresas ainda estão muito atreladas ao modelo de incentivo (exclusivamente) pelo dinheiro ou pela intimidação, e que isto é um erro. O orgulho constrói uma força motivadora de forma sólida e indestrutível. Uma leitura instigante e atual.

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