"Quero exaltar tudo que for bonito", diz Rosane Marchetti

Jornalista volta ao trabalho após nove meses em tratamento de um câncer de mama

Desde esta segunda-feira, 14, Rose Marchetti está de volta às suas atividades na RBS TV. A jornalista, que estava afastada do trabalho havia nove meses para tratar um câncer de mama, diz estar começando uma nova vida. "Não estou retomando, mas sim começando de novo. A gente nunca volta do mesmo jeito que partiu." Ao Coletiva.net, Rosane disse que o tempo afastada foi dedicado exclusivamente à sua sobrevivência e que o carinho de amigos e colegas foi fundamental. "Costumo dizer que metade do meu tratamento foi a medicina, a outra metade a força que recebi de todos, até mesmo de desconhecidos", comentou, agradecida.
A jornalista garantiu que está confiante na alta do tratamento. "Agora, tomo uma injeção específica para o meu caso, a cada 21 dias, até dezembro. Como diz um oncologista: primeiro a gente corta, depois envenena e, no final, queima", brincou, em referência às etapas que envolveram cirurgia, quimio e radioterapia. Engajada na luta contra o câncer, Rosane quer auxiliar mulheres que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), já que o tipo de doença que teve atinge 25% das mulheres gaúchas. "Tive um tipo de tumor que está mapeado geneticamente. Esta vacina que eu tomo, por exemplo, custa R$ 9 mil cada uma. Então, mulheres em situação financeira difícil precisam recorrer à justiça para ter o tratamento", lamentou.
Como repórter especial do Núcleo da Rede Globo no Rio Grande do Sul, Rosane revelou que vai continuar produzindo reportagens para um Globo Repórter especial, projeto que foi interrompido quando ficou doente. "Não posso dar muitos detalhes, mas terá muitas aventuras e a presença da fauna e da flora", antecipou. A jornalista disse que quer mostrar coisas bonitas, que possam ser inspiradoras. "Quero exaltar tudo que for bonito. Acho que merecemos isso." Segundo ela, mesmo que não descarte a possibilidade, ainda não pretende fazer reportagens específicas sobre o câncer, apenas tem sugerido pautas para programas segmentados. "Estar envolvida com o Instituto da Mana (Imama), por exemplo, é uma militância pessoal", concluiu.
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