Aberje divulga pesquisa "Mulher na Comunicação Corporativa"

Estudo aponta que as mulheres estão muito otimistas

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Pesquisa Databerje, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), divulgou pelo segundo ano consecutivo a pesquisa de opinião "Mulher na Comunicação Corporativa". Este ano foram ouvidas 101 profissionais, de 101 empresas de todas as regiões, classificadas entre as 1.000 maiores empresas do País. O estudo apontou que a área de comunicação se destaca como a segunda que mais apresenta mulher em cargos de diretoria, com 40,4% das empresas consultadas, sendo Recursos Humanos a deter o maior índice feminino no comando (49,1%).


O levantamento mostrou que quase metade das entrevistadas (42,6%) é graduada em jornalismo, seguidas de 25,7% de profissionais de relações públicas. O estudo confirmou que a maioria das empresas brasileiras (43,6%) ainda não tem mulheres no quadro de diretoria, apesar de a perspectiva ser positiva, pois 55% das entrevistadas acreditam que a participação feminina irá aumentar. A maioria absoluta (87,1%) considera que tem a mesma competência que os homens, no entanto, 68,3% concordam que o ambiente de negócios é masculino.


Entre as características femininas que mais ajudam na gestão, a sensibilidade teve o maior índice de citações, 31,7%. Segundo a diretora do Databerje, Suzel Figueiredo, a conclusão é de que as mulheres estão muito otimistas. "A maioria das empresas não tem nenhuma mulher em suas diretorias, apesar disso muitas entrevistadas acham que é possível chegar à presidência. Surpreende também a revelação de que elas gostam de poder tanto quanto os homens. Tudo indica que quando consideram que homens e mulheres são igualmente competentes, elas sinalizam que pode ser tomando conta da casa ou da empresa", relata.


Sobre política, 48,5% das entrevistadas avaliaram como regular a comunicação do governo federal, enquanto 24,8% atribuíram um julgamento positivo. Para o Brasil, 55,4% desejam um país com melhor distribuição de renda e oportunidades para todos. Para 60,4%, as mulheres são diferentes dos homens na política, por julgarem ser mais sensíveis, humanas e preocupadas com o social. Na explicação das 34,7% que julgam homens e mulheres iguais na política, a afirmação de que competência, integridade, caráter e princípios morais independem de gênero. Quando questionadas sobre quais são as mulheres consideradas referência no Brasil, 37,6% das citações foram para mulheres na política, com destaque para Heloisa Helena, Marta Suplicy, Dilma Roussef, Marina Silva e Denise Frossard.

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