AGÊNCIA INTERNACIONAL AVALIA POSIÇÃO DO GRUPO RBS

A Standard & Poor’s Ratings Services reafirmou, na última sexta-feira, o rating “B-” atribuído à RBS Participações S.A. Segundo a agência de risco, em …

A Standard & Poor?s Ratings Services reafirmou, na última sexta-feira, o rating "B-" atribuído à RBS Participações S.A. Segundo a agência de risco, em nota publicada no Tela Viva News, a perspectiva do rating permanece negativa e a posição é atribuída "à estrutura de capital ainda inadequada da empresa, que apresenta uma elevada carga de endividamento em relação à capacidade esperada da empresa para gerar fluxos de caixa, à sua flexibilidade financeira relativamente limitada e o fato de que suas operações dependem muito do volátil mercado publicitário brasileiro". A Standard & Poor?s, entretanto, elogia a posição dominante da RBS em termos de audiência e receita publicitária no Sul do Brasil, "bem como pela boa qualidade de sua programação, pela distribuição do conteúdo de alta qualidade da Rede Globo, pelas economias que devem ser geradas pelo plano de racionalização de despesas e custos recentemente implementado pela empresa e ainda pelo bom histórico de suporte financeiro por parte de seus acionistas".
Conforme dados da S&P, o desempenho operacional e o perfil financeiro da RBS melhoraram nos últimos três trimestres. Porém, o nível de endividamento da empresa continua alto "quando comparado à sua capacidade de pagamento de longo prazo", especialmente em relação a vencimentos de US$ 125 milhões em 2007. A dívida bruta total do Grupo RBS era de US$ 178 milhões em abril de 2004, afirma a agência de risco. A S&P diz ainda que a reestruturação do grupo em 2003 deu resultados positivos e elogiou a injeção de US$ 20 milhões por parte dos acionistas. "A empresa vem conseguindo gradualmente melhorar suas margens EBITDA consolidadas, que aumentou para 15,9% em 2003, ante 13,2% em 2002".
Segundo a agência, a geração interna de caixa voltou a ser positiva em 2003, e é destacado ainda o fato de a RBS ter chegado a um acordo com seus principais bancos para alongar o perfil de dívida de seus vencimentos de curto prazo. "A empresa renegociou dívidas de curto prazo que somavam cerca de US$ 40 milhões, por meio de novas linhas com condições mais favoráveis de preço, prazo de três anos, carência de um ano, garantidas por recebíveis do negócio de publicação de jornais da RBS. Além disso, a venda das participações de seus acionistas na TV Gazeta, combinadas com a venda gradual das ações que a RBS possui no capital da Net Serviços, renderam à RBS aproximadamente US$ 13 milhões de caixa adicional", explica a S&P.

Comentários