O Sindicato dos Publicitários, Agenciadores de Propaganda e Trabalhadores em Empresas de Publicidade do Rio Grande do Sul (Sinpaptep-RS) e o Sindicato das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul (Sinapro-RS) definiram as cláusulas que irão compor a Convenção Coletiva de Trabalho 2016. Entre os termos acordados, estão o aumento de salário e vale-refeição, além da manutenção de outros benefícios já conhecidos da categoria.
Conforme o acordo, os salários até R$ 3.600,00 serão reajustados em 9,5%. Os profissionais com remuneração entre R$ 3.600,01 a R$ 5.100,00 terão aumento de 8%. Já os salários a partir de R$ 5.100,01 receberão incremento de 6,5%. Para o auxílio-alimentação ou refeição, o valor diário passa de R$ 20,25 para R$ 22. Para profissionais da área técnica (na área de criação, planejamento, mídia, atendimento, produção gráfica e eletrônica, web design, tráfego, arte final ou montagem, coordenação, supervisão, entre outros), o piso salarial passa a ser de R$ 1.600,00.
O documento ainda precisa ser assinado pelo Sinapro e homologado no Tribunal Regional do Trabalho para que entre em vigência. Após os últimos ajustes nas cláusulas, a entidade representativa das agências decidiu assinar a convenção apenas em 1º de novembro, uma vez que muitas agências associadas já fecharam a folha de pagamento. Assim que oficializado o acordo, os reajustes serão retroativos a partir de 1º de maio de 2016, data-base da categoria.
Para o presidente do Sinapro, Fernando Silveira, a entidade não poderia colocar suas agências sob o risco de multa. "Vamos assinar o acordo em 1º de novembro e os salários (reajustados) serão pagos dentro da folha do mês. De certa forma, as equipes terão um final de ano bem "gordo", com o retroativo desde maio. Quanto ao conteúdo da negociação, chegamos a um denominador comum bom para as duas equipes", relatou ao Coletiva.net.
Segundo ele, a intenção é que no próximo ano a rodada de negociação comece antes, para que as agências tenham maior prazo para organizar os pagamentos. "Foi um ano de muito aprendizado. Infelizmente, houve esse atraso, mas no próximo ano queremos que a negociação comece antes, para que em maio já tenhamos o acordo fechado", concluiu.