Anatel exige das prestadoras mais qualidade na telefonia celular

Agência quer reduzir os índices de interrupções e reclamações quanto à qualidade do serviço

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promoveu uma reunião com os presidentes das prestadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP) com o objetivo de reduzir os índices de interrupções e reclamações quanto à qualidade do serviço. Segundo o portal da Anatel, para isso, a Superintendência de Serviços Privados (SPV) identificará os problemas de cada prestadora com vistas a encontrar uma solução planejada para o Sistema de Telecomunicações Brasileiro.


O presidente da Anatel, Ronaldo Mota Sardenberg, disse que se verifica um número crescente de interrupções e de problemas com a qualidade do serviço na telefonia celular. Como exemplo, citou problemas como dificuldades de conexão, quedas de ligações e mau atendimento aos usuários. Sardenberg ressaltou que a Agência vai tomar todas as medidas previstas no arcabouço regulatório e legal para melhorar os índices de qualidade. Entre as ações propostas, está a criação de dois grupos de trabalho: um operacional de qualidade e outro estratégico.


Números


O Brasil conta, hoje, com mais de 152 milhões de celulares, dos quais 124 milhões (81,59%) são pré-pagos e 28 milhões (18,41%), pós-pagos. O Sistema de Coleta de Informações (SICI) da Anatel totalizou, em março de 2009, 1.352 interrupções - número que, em janeiro de 2007, era de 998 casos. O crescimento de interrupções foi de 35% entre esses registros - o que significa uma média de 45 interrupções por dia.


Outro indicador que preocupa a Agência é o SMP12, do Sistema de Gerenciamento de Indicadores de Qualidade (SGIQ), que avalia a quantidade de falhas e defeitos. Segundo o sistema, entre 2007 e 2008 foram verificadas mais de 1.700 falhas e defeitos com tempo de recuperação superior a 48 horas, o que significa que diversas áreas ficaram sem o serviço por mais de dois dias.

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