O jornalista André Machado se despede nesta quarta-feira, 25, do microfone da Rádio Gaúcha para investir na carreira política. Será candidato a deputado federal, pelo PCdoB, e deve ter o mesmo número utilizado por Manuela D'Ávila nos últimos dois pleitos. Em entrevista ao Coletiva.net, reafirmou o gosto pela política, área que sempre fez parte do seu dia a dia, desde criança. "Sempre tive essa vontade. No trabalho com política, a gente critica, observa. Acho que chegou a hora de ir para o outro lado do balcão, botar a cara, e eu vou fazer isso", afirmou.
O envolvimento com a política está atrelado à família, já que o pai de André, o também jornalista Dilamar Machado, atuou na política como vereador, deputado estadual e secretário do governo do Estado. "Ainda menino, distribuí santinhos, em uma campanha do Ibsen Pinheiro, quando tinha oito anos de idade", contou. Enquanto candidato, a reforma política será uma das questões levantadas por ele. "Em parte, quero dar continuidade à bandeira da Manuela, em Brasília. Também pretendo sobreviver nesse processo. Brasília está cheia de tubarões e está na hora dos golfinhos chegarem. Quero mostrar que a política pode ter tempos melhores", diz, destacando que, na sua percepção, deixar de se candidatar seria considerado uma omissão.
A decisão de concorrer foi comunicada à direção da Rádio Gaúcha, cumprindo o que prevê o Guia de Ética do Grupo RBS. André destaca que ainda não se filiou ao PCdoB, mas deve fazer isso nesta semana. "A função (política) é incompatível com a atividade jornalística. O Grupo RBS tem isso muito claro em seu código de ética, que também é o código de ética da minha vida", disse.
Na apresentação do Gaúcha Atualidade, atividade que André exerce ao lado das colegas Rosane de Oliveira e Carolina Bahia, assumirá o jornalista Daniel Scola. No Gaúcha Repórter, comandado por Scola e Milena Schoeller, entra Leandro Staudt.