Anik Suzuki explica o papel do jornalista na comunicação corporativa

Gerente executiva de Comunicação Corporativa do Grupo RBS esteve na Semana do Jornalista, na ESPM, nesta quarta-feira

O terceiro dia de atividades da Semana do Jornalista, na ESPM, prossegue nesta quarta-feira, 10, sob a temática 'Comunicação Corporativa'. Quem abre o bate-papo é a gerente executiva de Comunicação Corporativa do Grupo RBS, Anik Suzuki, que fala para cerca de 30 estudantes sobre a inserção do jornalista na área corporativa. Professora na instituição, Rosângela Florczak deu início à palestra com uma breve apresentação das convidadas e com um dado importante: "Hoje, 40% dos jornalistas no mercado estão inseridos na comunicação corporativa".
Por que um jornalista na Comunicação Corporativa? Para Anik, a área não necessariamente precisa ser gerida por um jornalista, afirmando que profissionais como relações-públicas ou publicitários também podem obter sucesso frente à comunicação institucional. No entanto, cita algumas competências que podem fazer a diferença, como a capacidade de comunicação, defesa de ideias com públicos interno e final, e também a intermediação.
A confusão entre imagem corporativa e marketing é citada pela jornalista como um dos principais desafios para as organizações. "Uma área que trabalha com reputação e imagem não é a mesma que trabalha com receita", diz Anik, que acredita que o Brasil ainda engatinha nesta área. Outro desafio envolve a medição do trabalho em tese subjetiva, pois "jornalistas não sabem fazer métrica", afirma. O perfil profissional também deve ser diferenciado, sendo empatia, postura, comportamento e relacionamento características primordiais: "Quem não tem relacionamento não se dá bem com isso. É pré-requisito. A tarefa não é ser vitrine, mas trabalhar pela imagem do outro".
Para manter a reputação de uma empresa, é preciso, segundo a jornalista, lidar corretamente com as crises que, no caso de uma empresa jornalística, podem ser instauradas desde comentários realizados por jornalistas esportivos a charges polêmicas (citando o caso do chargista Marco Aurélio). Anik finalizou a conversa no auditório da ESPM citando brevemente outros casos que afetaram diretamente o trabalho da comunicação corporativa do Grupo RBS, como troca de diretoria, tragédia de Santa Maria e a necessidade de transferência do última edição do Planeta Atlântida, identificando a multidisciplinariedade de acontecimentos.
O painel sob a temática 'Comunicação corporativa' prossegue com a palestra de Karen Mendes, da Difere Comunicação e Sustentabilidade, também com cobertura de Coletiva.net.

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