Durante o evento ?Virada de Página - A nova era dos jornais?, realizado pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), os presidentes da entidade, Nelson Sirotsky, e da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), Orlando Lopes, falaram da intenção de criar um conselho de auto-regulamentação para o jornalismo. A iniciativa está na pauta da ANJ para este ano e conta com o apoio da associação de anunciantes.
"A indústria da comunicação já se reuniu em torno de um código de ética que funciona plenamente para avaliar a publicidade", disse Sirotsky, referindo-se ao Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária). "Podemos fazer o mesmo com o jornalismo, para garantir a liberdade de expressão editorial e comercial", completou. Trata-se de uma resposta da ANJ ao Conselho Federal de Jornalismo, projeto da Fenaj (Federação Nacional de Jornalismo) e sindicatos, que saiu da pauta do Governo Federal no ano passado.
O evento da associação ocorreu ontem em São Paulo e teve seu encerramento no final da tarde. O quarto e último painel, ?O futuro do jornal no País - Falando francamente?, tratou de minimizar os efeitos da mídia Internet. "Acho o avanço da internet uma falsa questão", disse o presidente da Folha de S.Paulo, Luís Frias: "Nunca vi um País em que o jornal tenha tanto poder de formar opinião como o Brasil". Participaram ainda do debate, moderado pelo diretor-comercial da DPZ, Daniel Bárbara, o diretor das Organizações Globo de Mídia Impressa e Rádio, Luiz Eduardo Vasconcelos; o sócio e conselheiro de O Estado de S.Paulo, Roberto Mesquita; e o presidente do Diário Lance, Walter de Mattos Júnior.